Avaliação temporal da chuva de sementes em plantios de restauração de floresta inundável de restinga no município do Rio de Janeiro, RJ

• Autor(a) principal: Pimentel, Julia Fleming
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29494
• topic: Ecossistemas tropicais, Monitoramento a longo prazo, Regeneração, Síndrome de dispersão, Trajetória sucessional; Restinga, Restauração, Comunidade vegetal; Dispersal syndromes, Long-term monitoring, Regeneration, Successional trajectory, Tropical ecosystems

O plantio de mudas de espécies nativas é uma estratégia que tem se mostrado eficaz para a restauração ecológica de ecossistemas tropicais que perderam a capacidade de regeneração. Porém, são ainda escassos os trabalhos envolvendo o monitoramento a longo prazo das áreas restauradas, sobretudo restingas, dificultando a execução de novos projetos de restauração. O Projeto Flora do Litoral realizou plantios de restauração em restingas degradadas no município do Rio de Janeiro, entre os anos de 1998 e 2002, utilizando diferentes metodologias. A presente monografia avaliou a chuva de sementes em nove áreas de florestas inundáveis de restinga no Parque Natural Municipal de Marapendi, onde ocorreram esses plantios há quase 20 anos, entre os anos de 2016, 2017, e 2018, comparando-as com três áreas de referência. A densidade da chuva de sementes foi de 1.008,84, 1.031,22 e 1.357,44 sementes.m-2.ano-1, em 2016, 2017 e 2018, respectivamente. Foram amostrados 74 táxons, sendo que 13 espécies utilizadas nos plantios foram identificadas na chuva de sementes e seis delas estão entre as dez mais abundantes, sendo portanto, a origem autóctone provavelmente responsável por 76% da abundância. A zoocoria foi a síndrome de dispersão predominante, padrão esperado para florestas tropicais bem conservadas e Ficus clusiifolia Schott manteve o maior número de sementes amostradas durante os três anos analisados. Embora tenham sido encontradas algumas diferenças entre características da chuva de sementes entre as áreas, a riqueza, abundância diversidade, equabilidade e similaridade entre as chuvas de sementes das áreas de plantio e das áreas de referência permite concluir que as ações de restauração implantadas estão permitindo que este processo esteja seguindo adequadamente a trajetória sucessional esperada para este tipo de comunidade vegetal.