Análise de efeito idade-período-coorte na mortalidade por doenças cerebrovasculares em Maceió e Florianópolis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/11223 http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2019.m.11865348775 |
Resumo: | No Brasil, em 2016 as doenças cardiovasculares (DCV) representaram a principal causa de morte (27,6%). Entre as DCV estão as doenças cerebrovasculares (DCBV) que ocuparam o segundo lugar e 28,4% dessas doenças estão entre as mais negligenciadas no país, apesar da alta incidência e mortalidade. A análise da evolução da mortalidade de uma doença permite acompanhar as mudanças no perfil epidemiológico de uma população, por meio dos aspectos da sua estrutura, dos níveis e da sua tendência. Essa tendência sofre a ação de alguns efeitos que devem ser considerados em sua análise: os efeitos idade, período e coorte (Holford, 1991). Os modelos chamados de APC (do inglês: Age-Period-Cohort) possibilitam separar os três efeitos (idade, período calendário e coorte de nascimento), identificando-se qual deles teve maior impacto na evolução das taxas de mortalidade das doenças ou agravos à saúde (Holford, 1991). O objetivo principal é analisar a tendência da mortalidade por DCBV em Maceió e Florianópolis no período ente 1981 a 2015, incorporando o modelo APC. As informações foram extraídas do Sistema de Informação Sobre Mortalidade e foram corrigidas e ajustadas por meio da redistribuição proporcional dos registros como sexo e idade causas mal definidas e também se realizou a correção do sub-registro de morte. O APC foi calculado pelo modelo de regressão de Poisson, utilizando-se funções estimáveis. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o APC Web Tool (Biostatistics Branch, Instituto Nacional do Câncer, Bethesda, MD). Concluiu-se que a mortalidade por DCBV está diminuindo tanto para homens quanto para mulheres, em Maceió e Florianópolis. O efeito da idade é muito mais evidente em Florianópolis, indicando que o acúmulo de fatores de risco nos indivíduos em Maceió é maior e se expressa mais precocemente. Houve um efeito de coorte e período para os quatro grupos analisados, ou seja, influência do momento em que os indivíduos nascem e morrem, respectivamente. O efeito coorte foi maior que o efeito período para os quatro grupos analisados, o que pode indicar que a mudança nos fatores de risco que cada coorte carreou consigo, exerceu maior influência na queda da mortalidade por DCBV, que as variáveis que aturam no momento da morte (efeito período). A diferença na tendência de queda em Florianópolis é praticamente a mesma entre homens e mulheres. Em Maceió, as mulheres apresentaram maior queda do que os homens, deixando mais evidente a vulnerabilidade dos homens |
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No Brasil, em 2016 as doenças cardiovasculares (DCV) representaram a principal causa de morte (27,6%). Entre as DCV estão as doenças cerebrovasculares (DCBV) que ocuparam o segundo lugar e 28,4% dessas doenças estão entre as mais negligenciadas no país, apesar da alta incidência e mortalidade. A análise da evolução da mortalidade de uma doença permite acompanhar as mudanças no perfil epidemiológico de uma população, por meio dos aspectos da sua estrutura, dos níveis e da sua tendência. Essa tendência sofre a ação de alguns efeitos que devem ser considerados em sua análise: os efeitos idade, período e coorte (Holford, 1991). Os modelos chamados de APC (do inglês: Age-Period-Cohort) possibilitam separar os três efeitos (idade, período calendário e coorte de nascimento), identificando-se qual deles teve maior impacto na evolução das taxas de mortalidade das doenças ou agravos à saúde (Holford, 1991). O objetivo principal é analisar a tendência da mortalidade por DCBV em Maceió e Florianópolis no período ente 1981 a 2015, incorporando o modelo APC. As informações foram extraídas do Sistema de Informação Sobre Mortalidade e foram corrigidas e ajustadas por meio da redistribuição proporcional dos registros como sexo e idade causas mal definidas e também se realizou a correção do sub-registro de morte. O APC foi calculado pelo modelo de regressão de Poisson, utilizando-se funções estimáveis. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o APC Web Tool (Biostatistics Branch, Instituto Nacional do Câncer, Bethesda, MD). Concluiu-se que a mortalidade por DCBV está diminuindo tanto para homens quanto para mulheres, em Maceió e Florianópolis. O efeito da idade é muito mais evidente em Florianópolis, indicando que o acúmulo de fatores de risco nos indivíduos em Maceió é maior e se expressa mais precocemente. Houve um efeito de coorte e período para os quatro grupos analisados, ou seja, influência do momento em que os indivíduos nascem e morrem, respectivamente. O efeito coorte foi maior que o efeito período para os quatro grupos analisados, o que pode indicar que a mudança nos fatores de risco que cada coorte carreou consigo, exerceu maior influência na queda da mortalidade por DCBV, que as variáveis que aturam no momento da morte (efeito período). A diferença na tendência de queda em Florianópolis é praticamente a mesma entre homens e mulheres. Em Maceió, as mulheres apresentaram maior queda do que os homens, deixando mais evidente a vulnerabilidade dos homens |
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