Monitoramento da contaminação viral de fômites de banheiros de unidades de ensino e saúde da cidade de Niterói, Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Medeiro, Cinthia Melo de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31896
• topic: Vírus; Superfície; Banheiro.; Adenovírus humano, Trato gastrointestinal, Vírus, Higiene; Virus; fomite; restroom; toilet.

Fômites contaminados de banheiros compartilhados são vias de transmissão de patógenos virais, especialmente quando não são adotadas práticas de higiene e protocolos adequados de limpeza. Os adenovírus humanos (HAdV) são agentes etiológicos de gastrenterites, quadros respiratórios e conjuntivite e são apontados como possíveis indicadores virais de contaminação do ambiente por serem resistentes às condições ambientais, excretados em altas concentrações pelas fezes e vômitos de indivíduos infectados ao longo de todo ano e terem baixa dose infecciosa. Esse projeto teve como objetivo avaliar a contaminação por HAdV de banheiros compartilhados de unidades de ensino e atendimento de saúde na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, antes e após procedimentos de limpeza. Para isso, no período de julho a dezembro de 2022, amostras de assento sanitário, descarga, parede lateral, maçanetas interna e externa, torneira e dispenser de sabão foram obtidas utilizando um swab embebido em meio DMEM, antes e depois da limpeza de dois banheiros situados em blocos de ensino e saúde de uma instituição de ensino da cidade de Niterói/RJ. O DNA viral foi extraído com uso de kit comercial e a detecção de HAdV foi realizada por PCR em tempo real. Oitenta e oito amostras foram obtidas dos banheiros estudados, das quais 31,8% apresentaram contaminação por HAdV, em concentrações que variaram de 2,4E+02 a 2,3E+04 cópias genômicas (CG)/fômite. Vírus foram encontrados em todos os fômites estudados, exceto na maçaneta externa do banheiro da unidade de saúde, e antes (26,7%) e depois (43,3%) da limpeza. Os resultados demonstraram que há contaminação viral de fômites de banheiros compartilhados da instituição e que os protocolos de limpeza não removeram completamente partículas virais desses ambientes, o que representa uma possível fonte de infecção para usuários do espaço.