Autodeclarar-se, uma análise sobre o acesso à universidade por meio de ações afirmativas na UFF

• Autor(a) principal: Santos, Caio Lima dos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22479
• topic: Ações afirmativas; Cotas raciais; Heteroidentificação; Sistemas de informação; Programas de Ação Afirmativa; Ensino superior; Sistema de informação; Affirmative actions; Racial quotas; Heteroidentification; Information systems

Este trabalho apresenta a contextualização da formação da sociedade brasileira com a definitiva contribuição dos negros, bem como as dificuldades que tiveram de acesso à educação desde sua chegada em território brasileiro; suas lutas, reivindicações e introdução do negro à educação básica e ao ensino superior. No Brasil atual, discussões que antes eram definidas como tendo um consenso retornam ao centro das discussões técnico-científicas como controvérsias sobre as quais os mais variados atores discordam ou concordam, o que afeta diretamente a comunidade acadêmica. Ao mesmo tempo, as iniciativas de proposições de softwares para resolver as questões que são levantadas nesses debates contrastam com as poucas iniciativas de compreensão da situação no contexto da formação em Sistemas de Informação. Dessa forma, esta pesquisa tem como objetivos mapear e visualizar as questões relacionadas com o entendimento da autodeclaração racial para ingresso na Universidade Federal Fluminense, a realidade dos ingressantes de ações afirmativas e a evolução da universidade pós-implementação da “Lei de Cotas”. Para isso, elabora uma análise que auxilie no desenvolvimento de mecanismos ou sistemas de apoio para melhoria nos processos de acesso, permanência e graduação de grupos minoritários nas universidades brasileiras, em especial, na Universidade Federal Fluminense, contando com a visão de alguns integrantes da comunidade acadêmica envolvidos no processo de evolução constante de uma universidade que caminhe para uma integração maior à sociedade, ao indivíduo e à tecnologia. Considera-se que a subjetividade no processo de heteroidentificação para ingresso nas universidades não deve ser utilizada como subterfúgio objetivando reduzir ou extinguir políticas de ações afirmativas. Além disso, o aperfeiçoamento dos processos para heteroidentificar indivíduos deve compreender as diversas nuances que formam a sociedade brasileira em sua pluralidade. Ademais, sistemas de informação desenvolvidos com a contribuição dos mais variados atores podem auxiliar na evolução do processo, contribuindo diretamente para a manutenção de políticas de ações afirmativas, fundamentais para a democratização do acesso à educação superior pública