A Coordenação do cuidado na atenção primária em saúde: percepção das equipes de Niterói/RJ no cuidado aos pacientes hipertensos em reabilitação por acidente vascular cerebral (AVC)
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/23487 http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.10858683709 |
Resumo: | Com o aumento das cargas de doenças crônicas e envelhecimento populacional, torna-se necessário que os pacientes percorram outros níveis de atenção com maior frequência. Tais fatos impõe desafios crescentes sobre o sistema de saúde e sobre os profissionais para coordenar o cuidado entre esses diferentes níveis de atenção. O elemento essencial da coordenação do cuidado é a continuidade, que por sua vez é alcançada por meio do acompanhamento e comunicação centralizada na equipe de saúde. Através dela há uma melhora na prestação de serviços, acesso oportuno, atendimento integral e continuidade da atenção. Entretanto, um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde é a fragmentação do sistema que interfere nas potencialidades da coordenação do cuidado. Para que se possa atingir uma coordenação eficiente e efetiva com uma resposta integral aos problemas dos usuários precisa além de uma Atenção Primária em Saúde robusta, abrangente e fortalecida, também de práticas integradas entre os profissionais, enfatizando a qualidade dos recursos humanos com a tarefa de acolher, resolver e garantir o acesso. Nesse sentido, devido ao papel central dos profissionais de saúde, os objetivos desse estudo são: analisar a coordenação do cuidado em pacientes hipertensos em reabilitação por AVC, descrever a percepção das equipes de saúde sobre a coordenação do cuidado desses pacientes, identificar as dificuldades percebidas por estes profissionais e discutir as estratégias utilizadas pelos profissionais que facilitam a coordenação do cuidado. Para atender a esses objetivos, foram realizados três grupos focais com equipes de saúde da família, em três unidades de PMF no município de Niterói/RJ em maio e junho de 2019. Este grupo focal foi mediado por um roteiro de debates. Todos os participantes assinaram os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise desses dados foi através da análise temática de conteúdo. Com a elaboração de categorias com destaque às regularidades e aos significados atribuídos à experiencia de acesso, longitudinalidade, integralidade e coordenação do cuidado na visão dos profissionais. Nos resultados encontrados podemos observar que a coordenação do cuidado em usuários em reabilitação por AVC é um grande desafio para os profissionais da APS, isso acontece devido as dificuldades encontradas pelos usuários como o longo tempo de espera de encaminhamentos e exames, rotatividade dos pacientes no território, pacientes referenciados para locais distantes, desvalorização da APS como porta de entrada e as referências e contra referências. Apesar dessas dificuldades, os profissionais ainda criam algumas estratégias para superação do modelo que os foi imposto como valorização do papel dos ACS, a utilização de meios informais para prestação de cuidado, gestão compartilhada entre os níveis de atenção e a rede informal complementar como as clínicas populares e a rede privada. Coordenar o cuidado no atual contexto da saúde o qual estamos inseridos de desmonte do SUS, com medidas de austeridade fiscal e novas formas de financiamento da ESF se torna um desafio constante. Portanto, para que APS se expanda e consiga prover a assistência de qualidade, integral com uma coordenação do cuidado fortalecida é necessário investimentos em serviços, com implantação de um prontuário único em todo o município incluindo os sistemas públicos e privados da saúde, melhora do fluxo de atendimentos com redução das filas de espera e investimentos em recursos humanos, com incentivos aos profissionais de todos os níveis de saúde, educação em saúde permanente e integração dos profissionais das redes |
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Através dela há uma melhora na prestação de serviços, acesso oportuno, atendimento integral e continuidade da atenção. Entretanto, um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde é a fragmentação do sistema que interfere nas potencialidades da coordenação do cuidado. Para que se possa atingir uma coordenação eficiente e efetiva com uma resposta integral aos problemas dos usuários precisa além de uma Atenção Primária em Saúde robusta, abrangente e fortalecida, também de práticas integradas entre os profissionais, enfatizando a qualidade dos recursos humanos com a tarefa de acolher, resolver e garantir o acesso. Nesse sentido, devido ao papel central dos profissionais de saúde, os objetivos desse estudo são: analisar a coordenação do cuidado em pacientes hipertensos em reabilitação por AVC, descrever a percepção das equipes de saúde sobre a coordenação do cuidado desses pacientes, identificar as dificuldades percebidas por estes profissionais e discutir as estratégias utilizadas pelos profissionais que facilitam a coordenação do cuidado. Para atender a esses objetivos, foram realizados três grupos focais com equipes de saúde da família, em três unidades de PMF no município de Niterói/RJ em maio e junho de 2019. Este grupo focal foi mediado por um roteiro de debates. Todos os participantes assinaram os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise desses dados foi através da análise temática de conteúdo. Com a elaboração de categorias com destaque às regularidades e aos significados atribuídos à experiencia de acesso, longitudinalidade, integralidade e coordenação do cuidado na visão dos profissionais. Nos resultados encontrados podemos observar que a coordenação do cuidado em usuários em reabilitação por AVC é um grande desafio para os profissionais da APS, isso acontece devido as dificuldades encontradas pelos usuários como o longo tempo de espera de encaminhamentos e exames, rotatividade dos pacientes no território, pacientes referenciados para locais distantes, desvalorização da APS como porta de entrada e as referências e contra referências. Apesar dessas dificuldades, os profissionais ainda criam algumas estratégias para superação do modelo que os foi imposto como valorização do papel dos ACS, a utilização de meios informais para prestação de cuidado, gestão compartilhada entre os níveis de atenção e a rede informal complementar como as clínicas populares e a rede privada. Coordenar o cuidado no atual contexto da saúde o qual estamos inseridos de desmonte do SUS, com medidas de austeridade fiscal e novas formas de financiamento da ESF se torna um desafio constante. Portanto, para que APS se expanda e consiga prover a assistência de qualidade, integral com uma coordenação do cuidado fortalecida é necessário investimentos em serviços, com implantação de um prontuário único em todo o município incluindo os sistemas públicos e privados da saúde, melhora do fluxo de atendimentos com redução das filas de espera e investimentos em recursos humanos, com incentivos aos profissionais de todos os níveis de saúde, educação em saúde permanente e integração dos profissionais das redesWith the increase in the burden of chronic diseases and population aging, patients must visit other levels of care more frequently. Such facts impose increasing challenges on the health system and on professionals to coordinate care between these different levels of care. The essential element of care coordination is continuity, achieved through monitoring and centralized communication in the health team. Through it, there is an improvement in the provision of services, timely access, comprehensive care, and continuity of care. However, one of the significant challenges of the Unified Health System is the fragmentation of the system that interferes with the potential of care coordination. To achieve efficient and effective coordination with a comprehensive response to users' problems, in addition to robust, comprehensive, and strengthened Primary Health Care, integrated practices among professionals are also needed, emphasizing the quality of human resources with the task of welcome, resolve and guarantee access. In this sense, due to the central role of health professionals, the objectives of this study are: to analyze the coordination of care in hypertensive patients undergoing stroke rehabilitation, to describe the perception of health teams about the coordination of care for these patients, to identify the perceived difficulties by these professionals and discuss the strategies used by the professionals that facilitate the coordination of care. Three focus groups were held with family health teams, in three PMF units in the city of Niterói/RJ in May and June 2019. A script of debates mediated this focus group. All participants signed the Free and Informed Consent Terms. The analysis of these data was through thematic content analysis. We manifolded the following categories emphasizing regularities and the meanings attributed to the experience of access, continuity, integrality, and coordination of care in the view of professionals. In the results found, we can observe that the coordination of care in users undergoing rehabilitation due to stroke is a significant challenge for PHC professionals, this is due to the difficulties encountered by users such as the long waiting time for referrals and exams, patient turnover in the territory, patients referred to distant locations, devaluation of PHC as the gateway and referrals and against referrals. Despite these difficulties, professionals still create some strategies to overcome the model that was imposed on them as valuing the role of CHWs, the use of informal means to provide care, management shared between levels of care, and the complementary informal network such as clinics and the private network. Coordinating care in the current context of health, which we are involved in dismantling the SUS, with fiscal austerity measures and new forms of ESF financing, is a constant challenge. Therefore, for PHC to expand and be able to provide quality, comprehensive care with strengthened care coordination, investments in services are required. Participants recommended the implementation of a single medical record throughout the municipality, including public and private health systems, improved flow assistance with reduced queues and investments in human resources, with incentives for professionals at all levels of health, permanent health education, and integration of network professionals88 f.NiteróiBorges, Fabiano Tonacohttp://lattes.cnpq.br/7723635805593001http://lattes.cnpq.br/18845314238414400Macedo, Fabiana de Gusmão Cunto Heeren2021-10-06T00:42:04Z2021-10-06T00:42:04Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMACEDO, Fabiana de Gusmão Cunto Heeren. A Coordenação do cuidado na atenção primária em saúde: percepção das equipes de Niterói/RJ no cuidado aos pacientes hipertensos em reabilitação por acidente vascular cerebral (AVC). 2020. 88 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.https://app.uff.br/riuff/handle/1/23487Aluno de mestradohttp://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.10858683709http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-04-20T19:17:27Zoai:app.uff.br:1/23487Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:46:49.265548Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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Com o aumento das cargas de doenças crônicas e envelhecimento populacional, torna-se necessário que os pacientes percorram outros níveis de atenção com maior frequência. Tais fatos impõe desafios crescentes sobre o sistema de saúde e sobre os profissionais para coordenar o cuidado entre esses diferentes níveis de atenção. O elemento essencial da coordenação do cuidado é a continuidade, que por sua vez é alcançada por meio do acompanhamento e comunicação centralizada na equipe de saúde. Através dela há uma melhora na prestação de serviços, acesso oportuno, atendimento integral e continuidade da atenção. Entretanto, um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde é a fragmentação do sistema que interfere nas potencialidades da coordenação do cuidado. Para que se possa atingir uma coordenação eficiente e efetiva com uma resposta integral aos problemas dos usuários precisa além de uma Atenção Primária em Saúde robusta, abrangente e fortalecida, também de práticas integradas entre os profissionais, enfatizando a qualidade dos recursos humanos com a tarefa de acolher, resolver e garantir o acesso. Nesse sentido, devido ao papel central dos profissionais de saúde, os objetivos desse estudo são: analisar a coordenação do cuidado em pacientes hipertensos em reabilitação por AVC, descrever a percepção das equipes de saúde sobre a coordenação do cuidado desses pacientes, identificar as dificuldades percebidas por estes profissionais e discutir as estratégias utilizadas pelos profissionais que facilitam a coordenação do cuidado. Para atender a esses objetivos, foram realizados três grupos focais com equipes de saúde da família, em três unidades de PMF no município de Niterói/RJ em maio e junho de 2019. Este grupo focal foi mediado por um roteiro de debates. Todos os participantes assinaram os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido. A análise desses dados foi através da análise temática de conteúdo. Com a elaboração de categorias com destaque às regularidades e aos significados atribuídos à experiencia de acesso, longitudinalidade, integralidade e coordenação do cuidado na visão dos profissionais. Nos resultados encontrados podemos observar que a coordenação do cuidado em usuários em reabilitação por AVC é um grande desafio para os profissionais da APS, isso acontece devido as dificuldades encontradas pelos usuários como o longo tempo de espera de encaminhamentos e exames, rotatividade dos pacientes no território, pacientes referenciados para locais distantes, desvalorização da APS como porta de entrada e as referências e contra referências. Apesar dessas dificuldades, os profissionais ainda criam algumas estratégias para superação do modelo que os foi imposto como valorização do papel dos ACS, a utilização de meios informais para prestação de cuidado, gestão compartilhada entre os níveis de atenção e a rede informal complementar como as clínicas populares e a rede privada. Coordenar o cuidado no atual contexto da saúde o qual estamos inseridos de desmonte do SUS, com medidas de austeridade fiscal e novas formas de financiamento da ESF se torna um desafio constante. Portanto, para que APS se expanda e consiga prover a assistência de qualidade, integral com uma coordenação do cuidado fortalecida é necessário investimentos em serviços, com implantação de um prontuário único em todo o município incluindo os sistemas públicos e privados da saúde, melhora do fluxo de atendimentos com redução das filas de espera e investimentos em recursos humanos, com incentivos aos profissionais de todos os níveis de saúde, educação em saúde permanente e integração dos profissionais das redes |
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