Percurso do conceito de sujeito na gramaticografia brasileira do português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Angelici, Karoline Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13016
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo explicitar o modo como o sujeito é tratado na gramaticografia do PB. Para isso, foram selecionadas para compor o corpus deste trabalho gramáticas publicadas nos séculos XIX e XX, representativas de sua época e amplamente utilizadas no ensino do vernáculo. Assim, tencionamos, na análise do corpus, demonstrar o modo como cada autor concebe a noção de sujeito, considerando a abordagem das vozes verbais, do anacoluto, dos sujeitos indeterminado, oracional e impessoal, de sorte que, ao fim desta pesquisa, se possa ter uma visão ao mesmo tempo geral e pormenorizada do tratamento do sujeito nas gramáticas focalizadas. A categorização tradicional, ainda pautada em critérios oriundos de reflexões filosóficas sobre a linguagem, estabelece um conjunto de condições necessárias e suficientes para que um elemento seja enquadrado na categoria Sujeito. Nesse sentido, as definições amplamente difundidas em gramáticas e livros didáticos, a saber, “ser sobre o qual se declara algo” e “aquele que pratica a ação”, dão conta apenas dos exemplares mais prototípicos, os quais condensam os planos perpassados pela noção de sujeito – o sintático, o semântico e o discursivo. Assim, exemplares mais periféricos da categoria, isto é, aqueles em que não há confluência entre os três planos supracitados constituem um problema para a análise e a definição; necessitando-se, por vezes, de arremedos teóricos para que, então, possam ser examinados. Objetivamos demonstrar o modo como os autores das gramáticas que compõem nosso corpus lidam com essas definições, bem como suas concepções de língua, de sintaxe e da categoria Sujeito, à luz do período linguístico no qual suas obras foram publicadas, a fim de que se possa averiguar em que medida refletem ou se afastam da visão de língua e de sintaxe que se tinha à época. Como objetivo geral, pretendemos explicitar a necessidade de se avançar nos estudos referentes ao sujeito numa perspectiva sintática, que vise à delimitação dos três planos, os quais perpassa a noção de sujeito, considerando a constante confluência entre eles
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A categorização tradicional, ainda pautada em critérios oriundos de reflexões filosóficas sobre a linguagem, estabelece um conjunto de condições necessárias e suficientes para que um elemento seja enquadrado na categoria Sujeito. Nesse sentido, as definições amplamente difundidas em gramáticas e livros didáticos, a saber, “ser sobre o qual se declara algo” e “aquele que pratica a ação”, dão conta apenas dos exemplares mais prototípicos, os quais condensam os planos perpassados pela noção de sujeito – o sintático, o semântico e o discursivo. Assim, exemplares mais periféricos da categoria, isto é, aqueles em que não há confluência entre os três planos supracitados constituem um problema para a análise e a definição; necessitando-se, por vezes, de arremedos teóricos para que, então, possam ser examinados. Objetivamos demonstrar o modo como os autores das gramáticas que compõem nosso corpus lidam com essas definições, bem como suas concepções de língua, de sintaxe e da categoria Sujeito, à luz do período linguístico no qual suas obras foram publicadas, a fim de que se possa averiguar em que medida refletem ou se afastam da visão de língua e de sintaxe que se tinha à época. Como objetivo geral, pretendemos explicitar a necessidade de se avançar nos estudos referentes ao sujeito numa perspectiva sintática, que vise à delimitação dos três planos, os quais perpassa a noção de sujeito, considerando a constante confluência entre elesCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis research aims to explain how the subject is treated in BP grammar. For this, grammars published in the nineteenth and twentieth centuries, representative of their time and widely used in the teaching of the vernacular, have been selected to compose the corpus of this work. Thus, we intend, in the corpus analysis, to demonstrate how each author conceives the notion of subject, considering the approach of verbal voices, anacoluthon, indeterminate, orational and impersonal subjects, so that, at the end of this research, we can have both a general and detailed view of the subject's treatment of the focused grammars. Traditional categorization, still based on criteria derived from philosophical reflections on language, establishes a set of necessary and sufficient conditions for an element to fall into the Subject category. In this sense, the widespread definitions in grammars and textbooks, namely “being about which one declares something” and “one who practices action”, account only for the most prototypical examples, which condense the planes permeated by the notion. of subject - syntactic, semantic and discursive ones. Thus, more peripheral examples of the category, that is, those in which there is no confluence between the three above-mentioned planes constitute a problem for analysis and definition; sometimes they need theoretical input so that they can then be examined. We aim to demonstrate how the authors of the grammars that make up our corpus deal with these definitions, as well as their conceptions about language, syntax and the Subject category, in the light of the linguistic period in which their works were published, so that one can see to what extent they reflect or depart from the language and syntax vision at the time. As a general objective, we intend to clarify the need of further studies regarding the subject in a syntactic perspective, aiming at the delimitation of the three planes, which permeates the notion of subject, considering the constant confluence among them164 f.Cavaliere, Ricardo StavolaSilva, Edila Vianna daSchlee, Magda BahiaAngelici, Karoline Silva2020-03-06T13:34:19Z2020-03-06T13:34:19Z2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/13016CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-01-20T23:12:18Zoai:app.uff.br:1/13016Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:07:04.631942Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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description Esta pesquisa tem por objetivo explicitar o modo como o sujeito é tratado na gramaticografia do PB. Para isso, foram selecionadas para compor o corpus deste trabalho gramáticas publicadas nos séculos XIX e XX, representativas de sua época e amplamente utilizadas no ensino do vernáculo. Assim, tencionamos, na análise do corpus, demonstrar o modo como cada autor concebe a noção de sujeito, considerando a abordagem das vozes verbais, do anacoluto, dos sujeitos indeterminado, oracional e impessoal, de sorte que, ao fim desta pesquisa, se possa ter uma visão ao mesmo tempo geral e pormenorizada do tratamento do sujeito nas gramáticas focalizadas. A categorização tradicional, ainda pautada em critérios oriundos de reflexões filosóficas sobre a linguagem, estabelece um conjunto de condições necessárias e suficientes para que um elemento seja enquadrado na categoria Sujeito. Nesse sentido, as definições amplamente difundidas em gramáticas e livros didáticos, a saber, “ser sobre o qual se declara algo” e “aquele que pratica a ação”, dão conta apenas dos exemplares mais prototípicos, os quais condensam os planos perpassados pela noção de sujeito – o sintático, o semântico e o discursivo. Assim, exemplares mais periféricos da categoria, isto é, aqueles em que não há confluência entre os três planos supracitados constituem um problema para a análise e a definição; necessitando-se, por vezes, de arremedos teóricos para que, então, possam ser examinados. Objetivamos demonstrar o modo como os autores das gramáticas que compõem nosso corpus lidam com essas definições, bem como suas concepções de língua, de sintaxe e da categoria Sujeito, à luz do período linguístico no qual suas obras foram publicadas, a fim de que se possa averiguar em que medida refletem ou se afastam da visão de língua e de sintaxe que se tinha à época. Como objetivo geral, pretendemos explicitar a necessidade de se avançar nos estudos referentes ao sujeito numa perspectiva sintática, que vise à delimitação dos três planos, os quais perpassa a noção de sujeito, considerando a constante confluência entre eles
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