O conceito de liberdade em Spinoza e Vigotski: educar para emancipação ou para subalternidade?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/33517 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo apresentar, analisar e discutir o conceito de liberdade, tendo por base o pensamento de Baruch Spinoza e Lev Vigotski. Cada autor desenvolveu suas reflexões em um locus, ou seja, numa sociedade específica, porém, é possível sustentar que suas ideias possibilitam o questionamento e o diálogo com parâmetros estabelecidos pela sociedade contemporânea, em especial, no campo educacional. Refletir sobre o conceito de liberdade, no âmbito desta tese, significa compreender as limitações e o alcance de ideias dos dois pensadores para pensar sobre o contexto escolar de duas escolas localizadas em um bairro da cidade do Rio de Janeiro. Não se trata somente de explicitar o conceito, mas de estudá-lo na relação com o cotidiano escolar. Para a realização deste trabalho buscou-se, além de apresentar brevemente o contexto histórico, político e cultural em que viveram os dois teóricos, destacar suas contribuições para pensar o conceito de liberdade, na filosofia, com Spinoza, e, na psicologia, com Vigotski. Spinoza apresenta estudos sobre os gêneros de conhecimento, a teoria da afetividade e o conceito de conatus; Vigotski, por sua vez, contribui com ideias sobre a tomada de consciência e o autodomínio. O intuito é compreender como ocorre a passagem da passividade para a atividade, em Spinoza, ou como se desenvolve a conquista do autocontrole, em Vigotski, para pensar a educação para a liberdade por meio do conhecimento e de uma educação dos afetos. Ao final do trabalho, com o intuito de investigar como o conceito liberdade se transforma e se desenvolve a partir do conhecimento das causas e do surgimento dos afetos ativos, são apresentadas atividades desenvolvidas com os alunos que tiveram como foco discutir ideias do pensamento dos dois autores. Além de descrever o contexto da localidade em que estão as escolas e suas especificidades, apresentamos trechos de registros de alunos do terceiro ano do Ensino Médio Regular e da modalidade Educação de Jovens e Adultos com o objetivo de observar e refletir sobre o que pensam, sentem, imaginam a respeito do que é ser livre no contexto contemporâneo. Mas do que oferecer ao leitor uma resposta ou solução, esta tese propõe uma reflexão sobre o tema. |
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Para a realização deste trabalho buscou-se, além de apresentar brevemente o contexto histórico, político e cultural em que viveram os dois teóricos, destacar suas contribuições para pensar o conceito de liberdade, na filosofia, com Spinoza, e, na psicologia, com Vigotski. Spinoza apresenta estudos sobre os gêneros de conhecimento, a teoria da afetividade e o conceito de conatus; Vigotski, por sua vez, contribui com ideias sobre a tomada de consciência e o autodomínio. O intuito é compreender como ocorre a passagem da passividade para a atividade, em Spinoza, ou como se desenvolve a conquista do autocontrole, em Vigotski, para pensar a educação para a liberdade por meio do conhecimento e de uma educação dos afetos. Ao final do trabalho, com o intuito de investigar como o conceito liberdade se transforma e se desenvolve a partir do conhecimento das causas e do surgimento dos afetos ativos, são apresentadas atividades desenvolvidas com os alunos que tiveram como foco discutir ideias do pensamento dos dois autores. Além de descrever o contexto da localidade em que estão as escolas e suas especificidades, apresentamos trechos de registros de alunos do terceiro ano do Ensino Médio Regular e da modalidade Educação de Jovens e Adultos com o objetivo de observar e refletir sobre o que pensam, sentem, imaginam a respeito do que é ser livre no contexto contemporâneo. Mas do que oferecer ao leitor uma resposta ou solução, esta tese propõe uma reflexão sobre o tema.The present work aims to present, analyze, and discuss the concept of freedom, based on the thinking of Baruch Spinoza and Lev Vygotsky. Each author developed their reflections in a locus, that is, in a specific society. However, it is possible to argue that their ideas enable questioning and dialogue with parameters established by contemporary society, especially in the educational field. Reflecting on the concept of freedom, within the scope of this doctoral thesis, means understanding the limitations and scope of ideas of the two thinkers to think about the school context of two schools located in a neighborhood in Rio de Janeiro. It is not just about explaining the concept, but is also about studying it concerning everyday school life. To carry out this work, in addition to briefly presenting the historical, political, and cultural context in which the two theorists lived, there were efforts made to highlight their contributions to thinking about the concept of freedom, in philosophy, with Spinoza, and, in psychology, with Vygotsky. Spinoza presents studies on kind of knowledge, the theory of affect, and the concept of conatus; Vygotsky, in turn, contributes ideas about consciousness and self- regulation. The aim is to understand how the transition from passivity to activity occurs, in Spinoza, or how the achievement of self-regulation develops, in Vygotsky, to think about education for freedom through knowledge and an education of affections. At the end of the work, to investigate how the concept of freedom transforms and develops from the knowledge of the causes and the emergence of active affects, activities developed with students are presented. These activities focused on discussing ideas from the two authors' thoughts. In addition to describing the context of the locality where the schools are located and their specificities, we present excerpts from records of students in the third year of Regular High School and Youth and Adult Education in order to observe and reflect on what they think, feel, imagine what it means to be free in the contemporary context. But rather than offering the reader an answer or solution, this thesis proposes a reflection on the topic.218 p.Prestes, ZoiaWerner Júnior, JairoSepúlveda, José Antonio MirandaFaria, Adriana Miana deFuhr, Ingrid LilianAraujo, Erondina Santos de2024-07-23T11:37:23Z2024-07-23T11:37:23Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfARAUJO, Erondina Santos de. O conceito de liberdade em Spinoza e Vigotski: educar para emancipação ou para subalternidade? 2024. 218f. 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