Análise espacial da mortalidade infantil em dois momentos políticos do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Camila Mattos dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14463
Resumo: Ao longo do tempo o Brasil sofreu diversas mudanças em seus indicadores sociais, que, consequentemente, interferiram no coeficiente de mortalidade infantil (CMI), que é um indicador tanto socioeconômico como de saúde. O objetivo geral do trabalho é avaliar espacialmente a mortalidade infantil e variáveis associadas, em dois períodos distintos: ao fim do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e ao fim do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula). Os objetivos específicos são: classificar os municípios quanto à qualidade dos dados dos sistemas de informação; analisar a dependência espacial do CMI em diferentes níveis de agregação; ajustar um modelo de regressão espacial múltipla para 2002 e 2010; ajustar um modelo de regressão espacial múltipla para a diferença do CMI entre 2002 e 2010. Através das análises exploratórias espaciais pôde-se perceber que a qualidade dos dados municipais é ruim, sendo a maior parte dos municípios considerados parcialmente adequados: em 2002, foram 76,4% e, em 2010, 74%. Foi observado através do I de Moran que os municípios são espacialmente correlacionados de maneira fraca. Por isso, fez-se necessário repensar o nível de agregação a utilizar. Pôde-se perceber que houve redução no CMI de 2002 para 2010, onde a maior parte dos municípios tinha CMI acima de 17,8 crianças mortas por mil nascidos vivos em 2002 e em 2010 grande parte dos municípios possuíam CMI abaixo de 17,8 óbitos por mil nascidos vivos. Analisando os estados, pôde-se observar o mesmo resultado. Considerando o nível de agregação por microrregiões, foi confirmada a correlação espacial, tanto através da matriz de proximidade por contiguidade quanto por vizinho mais próximos. Os modelos espaciais de 2002 e 2010 incluíram as seguintes variáveis: taxa de desemprego, taxa de analfabetismo, PIB per capita e índice de Gini. Pôde-se verificar menor influência das variáveis taxa de desemprego e taxa de analfabetismo no ano de 2010. Para a diferença entre as variáveis de 2002 e 2010, também foi observada correlação espacial, de maneira mais fraca. As variáveis explicativas do modelo espacial para esta diferença foram taxa de analfabetismo, taxa de natalidade e proporção de domicílios com coleta de lixo inadequada. Foi possível observar que, no período de 2002 a 2010, houve mudança no CMI e nas variáveis que a influenciaram, além de mudanças na disposição de correlação espacial entre as microrregiões, municípios e estados. Portanto, os resultados deste trabalho ajudaram na identificação espacial das piores condições de mortalidade infantil, apontando os grupos de microrregiões que sofrem influências de seus vizinhos. Desta forma, áreas prioritárias para investimento foram identificadas.
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