ASSOCIAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL E A CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS

• Autor(a) principal: Daher Cardoso, Iago
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24671
• topic: Capacidade funcional, composição corporal, idosos, força muscular, DXA; Capacidade Residual Funcional; Composição corporal; Envelhecimento; Força muscular; idoso; Antropometria; Functional capacity, body composition, elderly, muscle strength, DXA

O Brasil vem sofrendo um envelhecimento populacional, a projeção é que em 2031 ultrapasse 43 milhões de indivíduos nessa faixa etária, e essa mudança tem trazido um predomínio no aumento das doenças crônicas não transmissíveis. O envelhecimento está associado à modificação da composição corporal, incluindo, a diminuição da massa magra (MM) e o aumento da massa gorda (MG) e a diminuição da capacidade funcional. O objetivo desse estudo foi investigar as associações entre os componentes da composição corporal e a capacidade funcional em idosos. Os idosos que aceitaram participar do estudo e atendiam aos critérios de inclusão realizaram avaliações que incluíam antropometria, avaliação da composição corporal pela absorciometria de raio-x de dupla energia (DXA) e a realização de testes funcionais que incluíam a dinamometria, teste da cadeira e teste da caminhada. Foi realizada estatística descritiva para caracterização dos participantes, comparação entre homens e mulheres com teste t de student e análises de correlação de Pearson para investigação da associação entre as variáveis. Foram estudados 192 idosos, sendo 77% mulheres. A classificação do índice de massa corporal médio foi correspondente à classificação de sobrepeso. É importante destacar que, 65,1% dos idosos estavam acima do peso. Em relação à classificação de força muscular, quando avaliados em conjunto, a baixa força muscular acometeu 32,8% dos idosos estudados. Com relação à velocidade de caminhada, foi observado que 32,1% dos idosos estudados apresentaram mobilidade reduzida. Foram observadas associações positivas e significativas entre a força de preensão manual (FPM) de ambas as mãos com a MM total e do braço. A FPM se associou de forma negativa e significativa com a massa gorda total relativa (MG%). Em relação aos demais testes, foi observada uma associação negativa e significativa entre a velocidade de caminhada e a MG% em todos os indivíduos. Nos homens apenas o tempo de realização do teste da cadeira se associou de forma positiva e significativa com a MG%. Já nas mulheres não foram observadas associações entre os demais testes funcionais e os componentes da CC. Os resultados do estudo apontam para uma alta prevalência de sobrepeso nos idosos estudados, além de uma capacidade funcional reduzida em uma parte dessa população. Adicionalmente, nossos resultados sugerem que os componentes da composição corporal se associam à capacidade funcional de forma diferente, sendo a MM total e regional associadas diretamente à força muscular e o MG% associado a prejuízos na força muscular, flexibilidade e mobilidade dos idosos estudados.