Estado, segurança e paramilitarismo na Colômbia: a desmobilização das AUC durante o Governo Uribe

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Osorio, Flávia Matilde Seidel
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26155
Resumo: Desde a criação do Estado Nacional na Colômbia, as guerras civis têm permeado o cotidiano de sua população em todo o território nacional. A partir do estudo da Colômbia contemporânea e das diversas ondas de violência que assolaram o país durante o século XX, este trabalho ater-se-á à discussão da emergência do paramilitarismo, variado dos grupos de autodefesa e da contrainsurgência, e a desmobilização das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) durante o governo de Álvaro Uribe Vélez (2002-2010). Os grupos de autodefesa existentes na Colômbia entre o início do século XX e a primeira década dos anos 2000, nem sempre foram tratados conceitualmente de grupos paramilitares. É importante entender, entretanto, que ater-se a um conceito engessado de "paramilitares", concentrando-se na questão da contrainsurgência, reduz a possibilidade de assumir como paramilitares, unidades armadas com certo grau de institucionalização e hierarquia dos mais diversos matizes que surgiram no país nesse ínterim. Para tanto, assumir-se-á como ápice e consolidação do paramilitarismo na Colômbia, o surgimento ou a emergência das Autodefensas Unidas de Colombia (AUC) entre meados e fim dos anos 1990, que coincide com a ascensão política de Álvaro Uribe Vélez na Colômbia. Quando eleito para a presidência do país, o governo do presidente Uribe propõe e leva a cabo uma desmobilização paramilitar que, com seus prós e contras, aumenta a popularidade do governo e dá nova dinâmica à atuação do Estado no país. Destarte, esta dissertação propõe analisar, mediante as proveniências e as emergências do paramilitarismo, como a desmobilização das AUC tornou possível o fortalecimento do Estado colombiano frente ao conflito interno.
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É importante entender, entretanto, que ater-se a um conceito engessado de "paramilitares", concentrando-se na questão da contrainsurgência, reduz a possibilidade de assumir como paramilitares, unidades armadas com certo grau de institucionalização e hierarquia dos mais diversos matizes que surgiram no país nesse ínterim. Para tanto, assumir-se-á como ápice e consolidação do paramilitarismo na Colômbia, o surgimento ou a emergência das Autodefensas Unidas de Colombia (AUC) entre meados e fim dos anos 1990, que coincide com a ascensão política de Álvaro Uribe Vélez na Colômbia. Quando eleito para a presidência do país, o governo do presidente Uribe propõe e leva a cabo uma desmobilização paramilitar que, com seus prós e contras, aumenta a popularidade do governo e dá nova dinâmica à atuação do Estado no país. Destarte, esta dissertação propõe analisar, mediante as proveniências e as emergências do paramilitarismo, como a desmobilização das AUC tornou possível o fortalecimento do Estado colombiano frente ao conflito interno.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorSince the establishment of the National State in Colombia, civil wars have permeated the daily life of the population throughout the country. From studies of contemporary Colombia and the variety of waves of violence that ravaged the country during the twentieth century, this work will stick to the discussion of the emergence of paramilitarism, ranged from self-defense and counterinsurgency groups, and the demobilization of the United Self-Defense Forces of Colombia (AUC) during the government of Álvaro Uribe Vélez (2002-2010). The existing self-defense groups in Colombia, between the beginning of 20th century and the first decade of the 2000’s, were not always treated conceptually as paramilitary groups. It is important to understand, however, that adhering to an embedded concept of "paramilitaries", concentrating on the issue of counterinsurgency, reduces the possibility of assuming as paramilitaries, armed units with a certain degree of institutionalization and hierarchy of the most diverse shades that have emerged in the country in the interim. To this end, the emergence of the United Self-Defense Forces of Colombia (AUC) between the mid and late 1990s, coinciding with the political rise of Álvaro Uribe Vélez in Colombia, will be assumed as the apex and consolidation of paramilitarism in Colombia. When elected to the presidency of the country, the government of President Uribe proposed and carried out a paramilitary demobilization which, with its pros and cons, increased the government's popularity, changing the dynamics of the Colombian State in the country. Thus, this work proposes, by analyzing proveniences and the emergence of the paramilitaries, how the demobilization of the United Self-Defense of Colombia (AUC) turned possible the strengthening of the Colombian State against internal conflict.177 p.Rodrigues, Thiago Moreira de Souzahttp://lattes.cnpq.br/7161863911197127Passetti, Gabrielhttp://lattes.cnpq.br/3574629602417736Dario, Diogo Monteirohttp://lattes.cnpq.br/8960748458692956http://lattes.cnpq.br/4982773724786781Osorio, Flávia Matilde Seidel2022-08-24T14:02:46Z2022-08-24T14:02:46Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOSORIO, Flávia Matilde Seidel. Estado, segurança e paramilitarismo na Colômbia: a desmobilização das AUC durante o Governo Uribe. 2016. 177 f. 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