A fotografia como artefato da memória social: a obra de Augusto Malta na Belle Époque carioca

• Autor(a) principal: Souza, Wanessa Rodrigues de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23303
• topic: Memória social; Fotografia; Augusto Malta; Belle Époque; Fotografia; Memória social; Belle Époque; Social Memory; Photography; Augusto Malta; Belle Époque

Para modernizar o Rio de Janeiro e apagar os traços coloniais que ainda eram perpetuados, a então capital do Distrito Federal, passou por um intenso processo de modernização no início do século XX, conhecido como “bota-abaixo”, que foi responsável pela perda de importantes memórias da cidade. Hoje, só é possível ter conhecimento dessa parte do passado através dos registros feitos pelos fotógrafos da época. Presente na maioria das instituições denominadas “lugares de memória”, a fotografia, dentre todos os seus usos na sociedade, apresenta-se como um importante recurso na construção da memória social. Sendo assim, a presente pesquisa tem como objetivo refletir sobre a fotografia como ferramenta nessa (re)construção e ressaltar a sua importância no cenário arquivístico e social. Para tanto, aborda os conceitos de memória social, o surgimento da fotografia e apresenta um caso em que a fotografia pode ser usada na reconstrução do passado, considerando não só a memória oficial, mas também a memória de grupos marginalizados pela sociedade. Demonstra através das fotografias de Augusto Malta, encarregado de documentar a grande reforma urbana do Rio de Janeiro durante o período que ficou conhecido como a belle époque carioca, como a modernização impactou a população da cidade e corroborou com os estigmas sociais que ainda persistem até os dias de hoje.