Ocorrência e investigação de marcadores de virulência de patotipos intestinais de Escherichia coli isolados de produtos cárneos de origem mista e suína.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6330 |
Resumo: | Os patotipos de E.coli têm ganhado cada vez mais destaque em se tratando de doenças transmitidas por alimentos. Havendo poucos relatos recentes de investigação dessas cepas em produtos cárneos no Brasil, este estudo buscou avaliar a ocorrência de patotipos de E.coli em produtos cárneos. No período de janeiro de 2009 a maio de 2012 foram analisadas 120 amostras de produtos cárneos (60 linguiças e 60 hamburgueres) na cidade de Niterói-RJ. Da análise molecular por PCR dessas amostras visando a investigação de marcadores de virulência de EPEC, STEC, ETEC e EIEC, observou-se maior ocorrência de EPEC nos dois grupos de alimentos trabalhados. Nas amostras de linguiças obteve-se 41,6% de EPEC seguida por ETEC (13,3%) e STEC (11,6%). Nove (15%) das amostras apresentaram mais de um patotipo. Cinco amostras apresentaram simultaneamente EPEC e STEC e quatro EPEC e ETEC. Nenhuma amostra de lingüiça e hambúrguer apresentou gene para o marcador de virulência ipaH de EIEC. Três cepas, sendo duas EPEC e uma STEC foram recuperadas de amostras de hambúrgueres, enquanto 24 cepas foram isoladas de amostras de linguiças sendo três STEC e 21 EPEC. Quatro cepas EPEC apresentaram o gene bfp sendo consideradas tEPEC. Não foram detectados os subtipos , e dos genes eae e espB, enquanto para o gene tir, foi detectado apenas o subtipo das cepas STEC apresentaram apenas o tipo 1 de stx e o gene eae ocorreu em apenas 2 cepas, sendo uma delas também positiva para toxB. Nenhuma cepa foi subtipada para os alelos , e de eae, tir e espB. Quanto a filotipagem, a maioria das cepas foram classificadas no grupo B1. O dendograma construído após ensaios de RAPD-PCR agrupou cepas em 3 tipos (I a III). O tipo I agrupou a maioria das cepas de aEPEC e STEC com similaridade superior a 75%, enquanto os tipos II e III apresentaram apenas uma cepa cada, sendo uma aEPEC e uma tEPEC, respectivamente. Com base nos resultados obtidos conclui-se que EPEC e STEC geneticamente relacionadas ocorrem em hambúrgueres e linguiças crus de origem bovina e suína, comercializados no município de Niterói. O monitoramento e periódica atualização na descrição do perfil genético e de virulência destas cepas são importantes para o esclarecimento da sua cadeia de transmissão e para o estabelecimento de medidas eficazes de controle e prevenção. |
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Os patotipos de E.coli têm ganhado cada vez mais destaque em se tratando de doenças transmitidas por alimentos. Havendo poucos relatos recentes de investigação dessas cepas em produtos cárneos no Brasil, este estudo buscou avaliar a ocorrência de patotipos de E.coli em produtos cárneos. No período de janeiro de 2009 a maio de 2012 foram analisadas 120 amostras de produtos cárneos (60 linguiças e 60 hamburgueres) na cidade de Niterói-RJ. Da análise molecular por PCR dessas amostras visando a investigação de marcadores de virulência de EPEC, STEC, ETEC e EIEC, observou-se maior ocorrência de EPEC nos dois grupos de alimentos trabalhados. Nas amostras de linguiças obteve-se 41,6% de EPEC seguida por ETEC (13,3%) e STEC (11,6%). Nove (15%) das amostras apresentaram mais de um patotipo. Cinco amostras apresentaram simultaneamente EPEC e STEC e quatro EPEC e ETEC. Nenhuma amostra de lingüiça e hambúrguer apresentou gene para o marcador de virulência ipaH de EIEC. Três cepas, sendo duas EPEC e uma STEC foram recuperadas de amostras de hambúrgueres, enquanto 24 cepas foram isoladas de amostras de linguiças sendo três STEC e 21 EPEC. Quatro cepas EPEC apresentaram o gene bfp sendo consideradas tEPEC. Não foram detectados os subtipos , e dos genes eae e espB, enquanto para o gene tir, foi detectado apenas o subtipo das cepas STEC apresentaram apenas o tipo 1 de stx e o gene eae ocorreu em apenas 2 cepas, sendo uma delas também positiva para toxB. Nenhuma cepa foi subtipada para os alelos , e de eae, tir e espB. Quanto a filotipagem, a maioria das cepas foram classificadas no grupo B1. O dendograma construído após ensaios de RAPD-PCR agrupou cepas em 3 tipos (I a III). O tipo I agrupou a maioria das cepas de aEPEC e STEC com similaridade superior a 75%, enquanto os tipos II e III apresentaram apenas uma cepa cada, sendo uma aEPEC e uma tEPEC, respectivamente. Com base nos resultados obtidos conclui-se que EPEC e STEC geneticamente relacionadas ocorrem em hambúrgueres e linguiças crus de origem bovina e suína, comercializados no município de Niterói. O monitoramento e periódica atualização na descrição do perfil genético e de virulência destas cepas são importantes para o esclarecimento da sua cadeia de transmissão e para o estabelecimento de medidas eficazes de controle e prevenção. |
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