A cidade pós-humana: interferências digitais no urbano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/23801 |
Resumo: | Neste momento de rápido desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como as chamadas ‘redes digitais’ e nossas experiências nos espaços urbanos se relacionam? O que essa evolução significa para a cidade e as práticas sociais às quais ela dá suporte, principalmente a interação nos espaços públicos? A presente dissertação investiga a possibilidade de que, diferentemente do que possa parecer ao primeiro olhar, a evolução das comunicações digitais não significa a morte da cidade como locus da sociabilidade ou seriam prejudiciais à interação social nos espaços urbanos. A dissertação pretende verificar o quanto as novas possibilidades de comunicação proporcionadas por tais inovações tecnológicas podem gerar novas ou renovadas formas de interagir, potencializando ou não a cidade e seus espaços como espaços de contato. Inicialmente, olharei para como diferentes comentaristas, teóricos, e filósofos compreendem a forma como a tecnologia impacta a sociedade e como essas visões se relacionam com dois modelos diferentes de ‘espaços digitais’: o modelo da ‘realidade virtual’ (um espaço digital imersivo, separado cognitivamente do mundo físico em sua totalidade) e o modelo da ‘realidade aumentada’ (um espaço digital que se sobrepõe ao espaço urbano e o expande, como uma extensão). Em seguida, analisarei algumas das ferramentas digitais contemporâneas (e.g., aplicativos para celular, sites da Internet, etc.) e alguns dos fenômenos surgidos através do desenvolvimento das TIC (manifestações políticas, flash mobs, namoro via Internet, etc.), onde discutirei a condição do modelo da ‘realidade aumentada’ hoje como modelo predominante na concepção de ‘espaço digital’. A dissertação faz então a análise de um desses fenômenos (o namoro via Internet) e uma dessas ferramentas (um aplicativo de encontros chamado happn), a fim de verificar (i) o quanto os espaços digitais criados por ambos substituiriam ou não a cidade como lugar dos encontros sociais; e (ii) o quanto se tratam de fenômenos realmente novos ou se seriam variações das ‘regiões abertas’ de encontro, como define Goffman (1966). Finalmente, através de dois experimentos empíricos na rede de usuários do happn, analisarei como o espaço da cidade e os encontros que ele ocasiona podem interferir nas dinâmicas relacionais de usuários de uma rede social digital, também potencializando-as. |
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A cidade pós-humana: interferências digitais no urbanoEspaço urbanoInovação tecnológicaInterferência digital (Arquitetura)Neste momento de rápido desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como as chamadas ‘redes digitais’ e nossas experiências nos espaços urbanos se relacionam? O que essa evolução significa para a cidade e as práticas sociais às quais ela dá suporte, principalmente a interação nos espaços públicos? A presente dissertação investiga a possibilidade de que, diferentemente do que possa parecer ao primeiro olhar, a evolução das comunicações digitais não significa a morte da cidade como locus da sociabilidade ou seriam prejudiciais à interação social nos espaços urbanos. A dissertação pretende verificar o quanto as novas possibilidades de comunicação proporcionadas por tais inovações tecnológicas podem gerar novas ou renovadas formas de interagir, potencializando ou não a cidade e seus espaços como espaços de contato. Inicialmente, olharei para como diferentes comentaristas, teóricos, e filósofos compreendem a forma como a tecnologia impacta a sociedade e como essas visões se relacionam com dois modelos diferentes de ‘espaços digitais’: o modelo da ‘realidade virtual’ (um espaço digital imersivo, separado cognitivamente do mundo físico em sua totalidade) e o modelo da ‘realidade aumentada’ (um espaço digital que se sobrepõe ao espaço urbano e o expande, como uma extensão). Em seguida, analisarei algumas das ferramentas digitais contemporâneas (e.g., aplicativos para celular, sites da Internet, etc.) e alguns dos fenômenos surgidos através do desenvolvimento das TIC (manifestações políticas, flash mobs, namoro via Internet, etc.), onde discutirei a condição do modelo da ‘realidade aumentada’ hoje como modelo predominante na concepção de ‘espaço digital’. A dissertação faz então a análise de um desses fenômenos (o namoro via Internet) e uma dessas ferramentas (um aplicativo de encontros chamado happn), a fim de verificar (i) o quanto os espaços digitais criados por ambos substituiriam ou não a cidade como lugar dos encontros sociais; e (ii) o quanto se tratam de fenômenos realmente novos ou se seriam variações das ‘regiões abertas’ de encontro, como define Goffman (1966). Finalmente, através de dois experimentos empíricos na rede de usuários do happn, analisarei como o espaço da cidade e os encontros que ele ocasiona podem interferir nas dinâmicas relacionais de usuários de uma rede social digital, também potencializando-as.At a time of rapid development of Information and Communication Technologies (ICT), how does the so-called 'digital network' and our experiences in urban spaces relate? What does those developments mean for the city and social practices supported by it, particularly inte- ractions taking place in public spaces? This dissertation investigates the possibility that, con- trary to what may seem at first glance, the evolution of digital communications does not mean the death of the city as the locus for sociability or that it would be detrimental to social inte- raction in urban spaces. My research intends to check how the new communication possibili- ties offered by such technological innovations can generate new or renewed ways to interact, enhancing or not the city and its spaces as places of contact. Initially, I'll look at how different commentators, theorists, and philosophers understand how technology impacts society and how these views relate to two different models of 'digital spa- ces': the model of 'virtual reality' (an immersive digital space, cognitively separated from the physical world in its entirety) and the model of 'augmented reality' (a digital space that over- laps the urban area and expands it, as an extension). Then, I will analyze some of the contemporary digital tools (e.g., mobile applications, web sites, etc.) and some of the phenomena that have arisen through the development of ICT (po- litical demonstrations, flash mobs, online dating, etc.), through which I’ll discuss the conditi- on of the ’augmented reality' model as the predominant view in the design of 'digital space' today. The dissertation then analysis one of those phenomena (online dating) and one of those tools (a dating app called happn) in order to verify (i) how the digital spaces created by this app may or may not the city as place of social gatherings; and (ii) if they create a new kind of phenomena or just a variation of the the 'open regions’ of encounters, as defined by Goffman (1966). Finally, through two empirical experiments within happn’s network of users, I’ll analyze how the city space and the encounters promoted by this spaces can interfere with the dynamics of users of a digital social network, also potentiating them.101 f.NiteróiMoraes Netto, Vinicius deFerraz, Sônia Maria TaddeiAntoun, HenriqueMacedo, Saulo José Lopes Matuschka2021-12-06T19:19:41Z2021-12-06T19:19:41Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/23801Aluno de MestradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-12-06T19:19:41Zoai:app.uff.br:1/23801Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:13:32.778114Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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Neste momento de rápido desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como as chamadas ‘redes digitais’ e nossas experiências nos espaços urbanos se relacionam? O que essa evolução significa para a cidade e as práticas sociais às quais ela dá suporte, principalmente a interação nos espaços públicos? A presente dissertação investiga a possibilidade de que, diferentemente do que possa parecer ao primeiro olhar, a evolução das comunicações digitais não significa a morte da cidade como locus da sociabilidade ou seriam prejudiciais à interação social nos espaços urbanos. A dissertação pretende verificar o quanto as novas possibilidades de comunicação proporcionadas por tais inovações tecnológicas podem gerar novas ou renovadas formas de interagir, potencializando ou não a cidade e seus espaços como espaços de contato. Inicialmente, olharei para como diferentes comentaristas, teóricos, e filósofos compreendem a forma como a tecnologia impacta a sociedade e como essas visões se relacionam com dois modelos diferentes de ‘espaços digitais’: o modelo da ‘realidade virtual’ (um espaço digital imersivo, separado cognitivamente do mundo físico em sua totalidade) e o modelo da ‘realidade aumentada’ (um espaço digital que se sobrepõe ao espaço urbano e o expande, como uma extensão). Em seguida, analisarei algumas das ferramentas digitais contemporâneas (e.g., aplicativos para celular, sites da Internet, etc.) e alguns dos fenômenos surgidos através do desenvolvimento das TIC (manifestações políticas, flash mobs, namoro via Internet, etc.), onde discutirei a condição do modelo da ‘realidade aumentada’ hoje como modelo predominante na concepção de ‘espaço digital’. A dissertação faz então a análise de um desses fenômenos (o namoro via Internet) e uma dessas ferramentas (um aplicativo de encontros chamado happn), a fim de verificar (i) o quanto os espaços digitais criados por ambos substituiriam ou não a cidade como lugar dos encontros sociais; e (ii) o quanto se tratam de fenômenos realmente novos ou se seriam variações das ‘regiões abertas’ de encontro, como define Goffman (1966). Finalmente, através de dois experimentos empíricos na rede de usuários do happn, analisarei como o espaço da cidade e os encontros que ele ocasiona podem interferir nas dinâmicas relacionais de usuários de uma rede social digital, também potencializando-as. |
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