A literatura e as memórias inventadas: infância, afeto e natureza
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27346 |
Resumo: | Esta pesquisa buscou trazer novas formas de se trabalhar as questões ambientais, promovendo práticas pedagógicas capazes de unir a literatura, escritas e memórias à narrativas em educação ambiental. Trago a literatura como aliada no processo de ensino-aprendizagem, enriquecendo e tecendo outros caminhos pelos quais os discursos de educação ambiental (ou "educações ambientais", dado a existência de rede multifacetada de discursos) são perpetuados. Trago ainda a expressão “memórias inventadas”, nos remetendo a obra do Manoel de Barros e fazendo-nos movimentar nosso pensamento sobre esta expressão. Utilizei por metodologia uma oficina pedagógica, realizada numa turma de 2° ano do ensino médio técnico em meio ambiente da escola Helber Vignoli Muniz (FAETEC), em Saquarema. Essa oficina foi dividida em 3 dias. Em todos eles, começamos o encontro com leitura e discussão de algum texto do poeta Manoel de Barros. No primeiro dia discutimos o texto " O apanhador de desperdícios" e os alunos foram ao pátio da escola para fotografar os seres "desimportantes", no segundo dia partimos da discussão do texto "Borboletas" e os alunos foram convidados a escolher uma fotografia da atividade anterior e escrever pequenas poesias, como se vissem o mundo pelo olhar daquele ser. Com esses textos e as fotografias correspondentes foi montado um mural. No último dia de oficina, começamos com o texto " Manoel por Manoel" e houve o momento das escritas das memórias de infância dos alunos, onde eles descreveram memórias de quando brincaram e inventaram com algum ser não humano. Em seguida, desenharam sobre a memória de outro colega, sem que tenha sido revelada a identidade do autor da memória. As discussões da produção dos alunos, traz um olhar brincante da pesquisadora, onde se permite inventar e criar com os resultados, conversando com os autores citados ao longo da pesquisa. Evidenciando todas as narrativas que brotaram do encontro multiespécies |
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Essa oficina foi dividida em 3 dias. Em todos eles, começamos o encontro com leitura e discussão de algum texto do poeta Manoel de Barros. No primeiro dia discutimos o texto " O apanhador de desperdícios" e os alunos foram ao pátio da escola para fotografar os seres "desimportantes", no segundo dia partimos da discussão do texto "Borboletas" e os alunos foram convidados a escolher uma fotografia da atividade anterior e escrever pequenas poesias, como se vissem o mundo pelo olhar daquele ser. Com esses textos e as fotografias correspondentes foi montado um mural. No último dia de oficina, começamos com o texto " Manoel por Manoel" e houve o momento das escritas das memórias de infância dos alunos, onde eles descreveram memórias de quando brincaram e inventaram com algum ser não humano. Em seguida, desenharam sobre a memória de outro colega, sem que tenha sido revelada a identidade do autor da memória. As discussões da produção dos alunos, traz um olhar brincante da pesquisadora, onde se permite inventar e criar com os resultados, conversando com os autores citados ao longo da pesquisa. Evidenciando todas as narrativas que brotaram do encontro multiespéciesThis research sought to bring new ways of working on environmental issues, promoting pedagogical practices capable of joining literature, writings, and memories to narratives in environmental education. I bring literature as an ally in the teaching-learning process, enriching and exploring other paths through which the discourses of environmental education (or "environmental educations", given the existence of a multifaceted network of discourses) are perpetuated. I also bring the expression "Memórias inventadas" (“invented memories”), referring to the work of Manoel de Barros and making us move our thoughts onto that expression. I used a pedagogical workshop in the environment course as methodology, held in a 2nd-year class of a technical high school, Helber Vignoli Muniz (FAETEC), Saquarema. This workshop was divided into 3 days. In all of them, we began the meeting with a reading and discussion of some text by the poet Manoel de Barros. On the first day, we discussed the text “O apanhador de desperdícios” (“The waste catcher"), and the students went to the schoolyard to photograph the "unimportant" beings, on the second day we started the discussion of the text “Borboletas” ("Butterflies"), and the students were invited to choose a photograph of the previous activity and write small poetry as if they saw the world by the look of that being. With these texts and the respective photographs, a mural was mounted. On the last day of the workshop, we started with the text "Manoel por Manoel" (“Manoel by Manoel”), and there was the moment the writings of the students' childhood memories, where they described memories of when they played and invented with some non-human being. The discussions of the students' creations show the researcher’s playful look, making it possible to invent and create with the results, relating to the authors cited throughout the research. Evidencing all the narratives that spouted from the multispecies encounter85 p.Sampaio, Shaula Maíra Vicentini dehttp://lattes.cnpq.br/9742373808121966Salomão, Simone Rochahttp://lattes.cnpq.br/5938392928150882Pereira, Ana Paula Vallehttp://lattes.cnpq.br/2890636374025425Amaral, Marise Bassohttp://lattes.cnpq.br/9955355880865022http://lattes.cnpq.br/7391816302388467Rodrigues, Rafaela Loureiro2022-12-20T20:11:28Z2022-12-20T20:11:28Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfRODRIGUES, Rafaela Loureiro. A literatura e as memórias inventadas: infância, afeto e natureza. 2022. 85 f. 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