Epidemiologia da mortalidade materna segundo cor ou raça na região Norte Brasil, 2006 a 2014

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Édria Aparecida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3471
Resumo: Segundo a Organização Mundial da Saúde foram estimados 303.000 óbitos maternos para o ano de 2015. Destaca-se, ainda, que em 2015, 99% (302.000) das mortes maternas registradas ocorreram nos países em desenvolvimento. Dessa forma, o cálculo das Razões de Mortalidade Materna revela-se um indicador que permite evidenciar falhas do sistema de saúde, mas também expõe as condições socioeconômicas precárias a que certas populações são submetidas e a desigualdade social entre elas. O Brasil, sendo um país em desenvolvimento ainda apresenta elevadas RMM, principalmente, quando consideramos o aspecto étnico-racial. Algumas pesquisas evidenciam que os piores indicadores de mortalidade, no tocante à mortalidade materna, encontram-se entre mulheres pretas e indígenas, ressaltando também a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e tratamento para estes grupos em especial. Dessa forma, é importante a realização de pesquisas que utilizem em suas análises categorias de cor ou raça. Objetiva-se, então, com este trabalho: Descrever o perfil epidemiológico da Mortalidade Materna, segundo categorias de cor ou raça na Região Norte do Brasil, no período de 2006 a 2014. Os dados sobre as mortes de mulheres foram coletados no DATASUS, divididos em triênios e tabulados no Excel. Os resultados demonstraram que mulheres pretas e indígenas apresentam, valores mais elevados para as razões de mortalidade materna específica. O perfil demográfico das mulheres que mais morrem, indica uma baixa escolaridade e solteiras. Persiste como principais causas de mortalidade materna, as causas relacionadas aos transtornos hipertensivos e complicações do trabalho de parto. Tal fato, evidencia a importância dos investimentos em atenção pré-natal, acolhimento da gestante e manejo dos agravos. Sabe-se, portanto, que a redução da Mortalidade materna requer uma responsabilidade dos governantes em estabelecer uma sociedade mais equânime e justa, além de fornecer serviços de saúde mais resolutivos e que prezem pela integralidade das ações.
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Algumas pesquisas evidenciam que os piores indicadores de mortalidade, no tocante à mortalidade materna, encontram-se entre mulheres pretas e indígenas, ressaltando também a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e tratamento para estes grupos em especial. Dessa forma, é importante a realização de pesquisas que utilizem em suas análises categorias de cor ou raça. Objetiva-se, então, com este trabalho: Descrever o perfil epidemiológico da Mortalidade Materna, segundo categorias de cor ou raça na Região Norte do Brasil, no período de 2006 a 2014. Os dados sobre as mortes de mulheres foram coletados no DATASUS, divididos em triênios e tabulados no Excel. Os resultados demonstraram que mulheres pretas e indígenas apresentam, valores mais elevados para as razões de mortalidade materna específica. O perfil demográfico das mulheres que mais morrem, indica uma baixa escolaridade e solteiras. Persiste como principais causas de mortalidade materna, as causas relacionadas aos transtornos hipertensivos e complicações do trabalho de parto. Tal fato, evidencia a importância dos investimentos em atenção pré-natal, acolhimento da gestante e manejo dos agravos. Sabe-se, portanto, que a redução da Mortalidade materna requer uma responsabilidade dos governantes em estabelecer uma sociedade mais equânime e justa, além de fornecer serviços de saúde mais resolutivos e que prezem pela integralidade das ações.According to the World Health Organization (WHO), 303,000 maternal deaths for the year 2015. It is also worth noting that in 2015, 99% (302,000) of the deaths. Thus, the calculation of the Maternal Mortality Ratios is an indicator that reveals failures of the health system, but also exposes the precarious socioeconomic conditions to which certain populations are subjected and a social inequality between them. Brazil, being a developing country, still presents high RMM, especially when we consider the ethnic-racial aspect. Some research shows that indicators of mortality, maternal non-mortality, health difficulties and health care. In this way, it is important to carry out research that uses color or race categories in their analysis. The objective of this study was to describe the epidemiological profile of maternal mortality according to color or race categories in the northern region of Brazil from 2006 to 2014. Data on how deaths of women were collected were not DATASUS, divided In triennials and tabulations in Excel. The results showed that black and indigenous women present higher values for the reasons of specific maternal mortality. The demographic profile of the women who die the most indicates low schooling and unmarried women. It persists as the main causes of maternal mortality, as causes related to hypertensive disorders and complications of labor. This fact evidences the importance of investments in prenatal care, maternity care and the management of diseases. It is known, therefore, that the reduction of maternal Mortality requires a responsibility of the governors to establish a more equitable and just society, besides providing health services more resolutive and that they cherish for the integrality of the actions.Tavares, Felipe GuimarãesMarinho, GersonPereira, Audrey VidalFerreira, Édria Aparecida2017-05-08T17:47:45Z2017-05-08T17:47:45Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfFerreira, Édria Aparecida. Epidemiologia da mortalidade materna segundo cor ou raça na Região Norte Brasil, 2006 a 2014. 2016. 53 f. 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