O Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) e os desafios para a construção de novas formas de assentamento: o caso do assentamento Osvaldo de Oliveira em Macaé (RJ)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/5214 |
Resumo: | O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo analisar a organicidade do assentamento Osvaldo de Oliveira, que faz parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, dentro do Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no contexto da Reforma Agrária brasileira. O recém-criado assentamento, em fevereiro de 2014, é uma conquista marcada pela capacidade de mobilização, resistência, ousadia e organização política do MST na disputa pela proposta de uma reforma agrária popular. A nosso ver, a conquista do assentamento representa um passo e um desafio para as famílias na perspectiva da concretização da reforma agrária num contexto marcado pela ofensiva de políticas neoliberais e o avanço hegemônico do agronegócio. Procuramos articular um debate teórico-crítico acerca dos territórios distintos que compõem o paradigma da questão agrária na contemporaneidade: de um lado, o Campesinato e de outro, o latifúndio e o agronegócio que apresentam diferentes modelos de desenvolvimento para o campo de forma conflitante e contraditória numa realidade em que a concentração de terra desencadeia diversas expressões de desigualdades. Procuramos descrever e analisar o Projeto de Desenvolvimento Sustentável, destacando limites, dificuldades, conflitos e potencialidades no processo de organização das famílias, refletindo sobre sua origem e composição, assim como sobre o seu processo organizativo desde o período do acampamento. Analisamos também a atuação do Estado na implementação do assentamento. Assim, realizamos uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo através da técnica de observação-participante nas atividades desenvolvidas pelo Projeto de Extensão “Assessoria interdisciplinar em saúde e cidadania a movimentos populares” (UFF/Rio das Ostras) no período de 2013 a 2014 e de entrevistas aos sujeitos específicos do processo delimitado, famílias assentadas e coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Desta forma, as reflexões impulsionadas a partir da experiência como bolsista na ação de extensão citada, são socializadas neste trabalho que pretende contribuir para evidenciar o protagonismo das lutas e a organicidade do Assentamento Osvaldo de Oliveira. Primeiro do estado nos moldes do Programa de Desenvolvimento Sustentável, este assentamento constitui uma alternativa concreta em consonância com a proposta da reforma agrária popular, dada a sua capacidade de organicidade e resistência. É também inspiração para a multiplicação de investimentos formativos similares e a continuidade de pesquisas para a formação de profissionais comprometidos com a luta da classe trabalhadora |
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O Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) e os desafios para a construção de novas formas de assentamento: o caso do assentamento Osvaldo de Oliveira em Macaé (RJ)Projeto de desenvolvimento sustentávelPDSMSTQuestão agráriaDesenvolvimento sustentávelAssentamento Osvaldo de OliveiraSustainable development projectPDSMSTAgrarian questionO presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo analisar a organicidade do assentamento Osvaldo de Oliveira, que faz parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, dentro do Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no contexto da Reforma Agrária brasileira. O recém-criado assentamento, em fevereiro de 2014, é uma conquista marcada pela capacidade de mobilização, resistência, ousadia e organização política do MST na disputa pela proposta de uma reforma agrária popular. A nosso ver, a conquista do assentamento representa um passo e um desafio para as famílias na perspectiva da concretização da reforma agrária num contexto marcado pela ofensiva de políticas neoliberais e o avanço hegemônico do agronegócio. Procuramos articular um debate teórico-crítico acerca dos territórios distintos que compõem o paradigma da questão agrária na contemporaneidade: de um lado, o Campesinato e de outro, o latifúndio e o agronegócio que apresentam diferentes modelos de desenvolvimento para o campo de forma conflitante e contraditória numa realidade em que a concentração de terra desencadeia diversas expressões de desigualdades. Procuramos descrever e analisar o Projeto de Desenvolvimento Sustentável, destacando limites, dificuldades, conflitos e potencialidades no processo de organização das famílias, refletindo sobre sua origem e composição, assim como sobre o seu processo organizativo desde o período do acampamento. Analisamos também a atuação do Estado na implementação do assentamento. Assim, realizamos uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo através da técnica de observação-participante nas atividades desenvolvidas pelo Projeto de Extensão “Assessoria interdisciplinar em saúde e cidadania a movimentos populares” (UFF/Rio das Ostras) no período de 2013 a 2014 e de entrevistas aos sujeitos específicos do processo delimitado, famílias assentadas e coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Desta forma, as reflexões impulsionadas a partir da experiência como bolsista na ação de extensão citada, são socializadas neste trabalho que pretende contribuir para evidenciar o protagonismo das lutas e a organicidade do Assentamento Osvaldo de Oliveira. Primeiro do estado nos moldes do Programa de Desenvolvimento Sustentável, este assentamento constitui uma alternativa concreta em consonância com a proposta da reforma agrária popular, dada a sua capacidade de organicidade e resistência. É também inspiração para a multiplicação de investimentos formativos similares e a continuidade de pesquisas para a formação de profissionais comprometidos com a luta da classe trabalhadoraThis course conclusion work aims to analyze the organic Osvaldo de Oliveira, which is part of the Landless Rural Workers Movement, under the Program for Sustainable Development (PDS) in the context of the Brazilian agrarian reform settlements. The newly established settlement in February 2014, is an achievement marked by the mobilization capacity, strength, boldness and political organization of the MST in the race for proposing a popular agrarian reform. In our view, the conquest of the settlement is a step and a challenge for families in order to complete the agrarian reform in a context marked by the onslaught of neoliberal policies and the hegemonic advance of agribusiness. We try to articulate a theoretical and critical debate about the different areas that make up the paradigm of the contemporary agrarian question: on one hand, the Peasantry and another landed property and agribusiness that have different models of development for the field so conflicting and contradictory a reality in which the concentration of land triggers various expressions of inequalities. We seek to describe and analyze the Sustainable Development Project, highlighting limits, difficulties, and potential conflicts in the process of organization of families, reflecting on their origin and composition, as well as on its organizational process from the period of the camp. We also analyze the performance of the State in the implementation of the settlement. Thus, we conducted a literature, documentary and field research using the technique of participantobservation in the activities of the Extension Project "Assistance in interdisciplinary health and citizenship to popular movements" (UFF / the Oyster River) in the period 2013-2014 and interviews with subjects of specific delimited process, settled families and state coordination of the Rural Landless Workers Movement. Thus, the reflections driven from the fellowship experience in action cited extension, are socialized in this paper aims to contribute to highlight the role of the struggles and the organic nature of Settlement Osvaldo de Oliveira. First state in the mold of Sustainable Development Program, this settlement represents a concrete alternative in line with the proposal of the popular agrarian reform, given its ability to organicity and endurance. It is also the inspiration for the proliferation of similar training investments and the ongoing research into the training of professionals committed to the struggle of the working classMarro, Kátia ÍrisBrito, FelipeSoares, Maria Raimunda P.Oliveira, Dayse Maria da Silva Caciano de2017-11-13T20:59:28Z2017-11-13T20:59:28Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/5214CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-10T18:43:18Zoai:app.uff.br:1/5214Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:49:27.328086Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo analisar a organicidade do assentamento Osvaldo de Oliveira, que faz parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, dentro do Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no contexto da Reforma Agrária brasileira. O recém-criado assentamento, em fevereiro de 2014, é uma conquista marcada pela capacidade de mobilização, resistência, ousadia e organização política do MST na disputa pela proposta de uma reforma agrária popular. A nosso ver, a conquista do assentamento representa um passo e um desafio para as famílias na perspectiva da concretização da reforma agrária num contexto marcado pela ofensiva de políticas neoliberais e o avanço hegemônico do agronegócio. Procuramos articular um debate teórico-crítico acerca dos territórios distintos que compõem o paradigma da questão agrária na contemporaneidade: de um lado, o Campesinato e de outro, o latifúndio e o agronegócio que apresentam diferentes modelos de desenvolvimento para o campo de forma conflitante e contraditória numa realidade em que a concentração de terra desencadeia diversas expressões de desigualdades. Procuramos descrever e analisar o Projeto de Desenvolvimento Sustentável, destacando limites, dificuldades, conflitos e potencialidades no processo de organização das famílias, refletindo sobre sua origem e composição, assim como sobre o seu processo organizativo desde o período do acampamento. Analisamos também a atuação do Estado na implementação do assentamento. Assim, realizamos uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo através da técnica de observação-participante nas atividades desenvolvidas pelo Projeto de Extensão “Assessoria interdisciplinar em saúde e cidadania a movimentos populares” (UFF/Rio das Ostras) no período de 2013 a 2014 e de entrevistas aos sujeitos específicos do processo delimitado, famílias assentadas e coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Desta forma, as reflexões impulsionadas a partir da experiência como bolsista na ação de extensão citada, são socializadas neste trabalho que pretende contribuir para evidenciar o protagonismo das lutas e a organicidade do Assentamento Osvaldo de Oliveira. Primeiro do estado nos moldes do Programa de Desenvolvimento Sustentável, este assentamento constitui uma alternativa concreta em consonância com a proposta da reforma agrária popular, dada a sua capacidade de organicidade e resistência. É também inspiração para a multiplicação de investimentos formativos similares e a continuidade de pesquisas para a formação de profissionais comprometidos com a luta da classe trabalhadora |
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