Deposição atmosférica do nitrogênio inorgânico em áreas de Floresta Atlântica Montana nas vertentes oceânica e continental da Serra dos Órgãos, RJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/4833 |
Resumo: | Atualmente, vem sendo observado em regiões tropicais, um aumento da entrada atmosférica de N em áreas de florestas preservadas próximas aos grandes centros urbanos gerado pelas emissões antrópicas de N motivadas pelo crescente avanço urbano e industrial. O presente trabalho apresenta um estudo sobre o aporte atmosférico de N inorgânico dissolvido (NID=NO2- + NO3- + NH4+) realizado em áreas de Floresta Atlântica Montana no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) e o Vale Cuiabá, localizadas respectivamente nas vertentes oceânica e continental da Serra dos Órgãos, Região Serrana do Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial do NID no que tange às influências das emissões antrópicas da Região Metropolitana do Rio do Janeiro (RMRJ). Para isso, amostras de precipitação total foram coletadas semanalmente durante o período de julho a outubro de 2014. O íon NH4+ foi analisado através do método espectrofotométrico Azul de Indofenol; o íon NO2- através do método espectrofotométrico de diazotação; e o íon NO3- foi inicialmente reduzido a NO2- por meio da passagem por uma coluna de Cd/Cu, e em seguida analisado pelo método de diazotação. Os valores das concentrações médias ponderadas pelo volume encontradas para o NID variaram significativamente entre as duas áreas de amostragem, compreendendo 18,3 mol N L-1 no PARNASO e 77,8 mol N L-1 no Vale Cuiabá. Este comportamento reflete os efeitos da diluição da concentração de N ocasionada pela diferença entre o regime de chuvas nas áreas de estudo. Por sua vez, os fluxos de deposição de NID acumulados para o período estudado no PARNASO (1,1 Kg N ha-1 3 meses-1) foi o dobro do obtido no Vale Cuiabá (0,5 Kg N ha-1 3 meses-1). Embora este trabalho tenha sido realizado em um curto período de tempo, estes resultados indicam que a vertente oceânica da Serra dos Órgãos, devido a sua localização geográfica, aliada à influência dos ventos que sopram da costa em direção ao interior do continente, atua como um forte receptor de N proveniente das emissões atmosféricas da RMRJ. Em contrapartida, a poluição gerada na RMRJ parece exercer pouca influência sobre a deposição de N no sobre a vertente continental da Serra dos Órgãos (Vale Cuiabá) |
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O presente trabalho apresenta um estudo sobre o aporte atmosférico de N inorgânico dissolvido (NID=NO2- + NO3- + NH4+) realizado em áreas de Floresta Atlântica Montana no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) e o Vale Cuiabá, localizadas respectivamente nas vertentes oceânica e continental da Serra dos Órgãos, Região Serrana do Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial do NID no que tange às influências das emissões antrópicas da Região Metropolitana do Rio do Janeiro (RMRJ). Para isso, amostras de precipitação total foram coletadas semanalmente durante o período de julho a outubro de 2014. O íon NH4+ foi analisado através do método espectrofotométrico Azul de Indofenol; o íon NO2- através do método espectrofotométrico de diazotação; e o íon NO3- foi inicialmente reduzido a NO2- por meio da passagem por uma coluna de Cd/Cu, e em seguida analisado pelo método de diazotação. Os valores das concentrações médias ponderadas pelo volume encontradas para o NID variaram significativamente entre as duas áreas de amostragem, compreendendo 18,3 mol N L-1 no PARNASO e 77,8 mol N L-1 no Vale Cuiabá. Este comportamento reflete os efeitos da diluição da concentração de N ocasionada pela diferença entre o regime de chuvas nas áreas de estudo. Por sua vez, os fluxos de deposição de NID acumulados para o período estudado no PARNASO (1,1 Kg N ha-1 3 meses-1) foi o dobro do obtido no Vale Cuiabá (0,5 Kg N ha-1 3 meses-1). Embora este trabalho tenha sido realizado em um curto período de tempo, estes resultados indicam que a vertente oceânica da Serra dos Órgãos, devido a sua localização geográfica, aliada à influência dos ventos que sopram da costa em direção ao interior do continente, atua como um forte receptor de N proveniente das emissões atmosféricas da RMRJ. Em contrapartida, a poluição gerada na RMRJ parece exercer pouca influência sobre a deposição de N no sobre a vertente continental da Serra dos Órgãos (Vale Cuiabá)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoNowadays, it has been observed in tropical regions an increase in atmospheric N input in areas of preserved forests next to urban cities as a result of anthropogenic emissions of N motivated by the growing urban and industrial advancement. This paper presents a study of the atmospheric input of dissolved inorganic nitrogen (NID; NO2- + NO3- + NH4+) conducted in Atlantic Forest sites in Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) and in Vale Cuiabá. The aim of this study was to evaluate the spacial variability of NID in Serra dos Órgãos with respect to the influence of anthropogenic emissions from the Metropolitan Region of Rio de Janeiro) (RMRJ). For this, bulk depositions samples were collected weekly from July to October 2014. Amonium (NH4+) was determined by Indophenol Blue spectrophotometric method; nitrite (NO2-) was determined by diazotization spectrophotometric method; and nitrate (NO3-) was analyzed by cadimium reduction followed by diazotization method. The volume-weighted mean bulk concentrations of NID varied significantly between the two sampling areas, comprising 18,3 mol N L-1 in PARNASO and 77,8 mol N L-1 in the Vale Cuiabá. This behavior reflects a dilution effect in the N concentration due to different rainfall patterns. The accumulated precipitation in PARNASO was 423 mm, seven times higher than Vale Cuiabá. Bulk deposition of NID in PARNASO (1.1 kg N ha-1 3 months-1) was twice that the bulk deposition in Vale Cuiabá (0.5 kg N ha-1 3 months-1). Although this work has been done in a short period, these results, as in previous studies in this area, indicate that the oceanic hillside of Serra dos Órgãos, due to its geographic location and due to the influence of the winds that blow from the coast towards the interior of the continent, acts as a strong N receiver from atmospheric emissions in RMRJ. However, the pollution generated in RMRJ seems to have a little influence on the N deposition in the continental hillside of Serra dos Órgãos (Vale Cuiabá)Mello, Willian Zamboni deAraripe, Denise RolãoSilveira, Carla SemiramisSouza, Patrícia AlexandreLemos, Marcela Viegas Portella2017-10-09T21:18:37Z2017-10-09T21:18:37Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/4833http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-27T22:42:23Zoai:app.uff.br:1/4833Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:50:24.976358Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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Atualmente, vem sendo observado em regiões tropicais, um aumento da entrada atmosférica de N em áreas de florestas preservadas próximas aos grandes centros urbanos gerado pelas emissões antrópicas de N motivadas pelo crescente avanço urbano e industrial. O presente trabalho apresenta um estudo sobre o aporte atmosférico de N inorgânico dissolvido (NID=NO2- + NO3- + NH4+) realizado em áreas de Floresta Atlântica Montana no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) e o Vale Cuiabá, localizadas respectivamente nas vertentes oceânica e continental da Serra dos Órgãos, Região Serrana do Rio de Janeiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial do NID no que tange às influências das emissões antrópicas da Região Metropolitana do Rio do Janeiro (RMRJ). Para isso, amostras de precipitação total foram coletadas semanalmente durante o período de julho a outubro de 2014. O íon NH4+ foi analisado através do método espectrofotométrico Azul de Indofenol; o íon NO2- através do método espectrofotométrico de diazotação; e o íon NO3- foi inicialmente reduzido a NO2- por meio da passagem por uma coluna de Cd/Cu, e em seguida analisado pelo método de diazotação. Os valores das concentrações médias ponderadas pelo volume encontradas para o NID variaram significativamente entre as duas áreas de amostragem, compreendendo 18,3 mol N L-1 no PARNASO e 77,8 mol N L-1 no Vale Cuiabá. Este comportamento reflete os efeitos da diluição da concentração de N ocasionada pela diferença entre o regime de chuvas nas áreas de estudo. Por sua vez, os fluxos de deposição de NID acumulados para o período estudado no PARNASO (1,1 Kg N ha-1 3 meses-1) foi o dobro do obtido no Vale Cuiabá (0,5 Kg N ha-1 3 meses-1). Embora este trabalho tenha sido realizado em um curto período de tempo, estes resultados indicam que a vertente oceânica da Serra dos Órgãos, devido a sua localização geográfica, aliada à influência dos ventos que sopram da costa em direção ao interior do continente, atua como um forte receptor de N proveniente das emissões atmosféricas da RMRJ. Em contrapartida, a poluição gerada na RMRJ parece exercer pouca influência sobre a deposição de N no sobre a vertente continental da Serra dos Órgãos (Vale Cuiabá) |
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