A e PARA : uso e desuso : uma comparação entre o galego e o português popular brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/10080 |
Resumo: | A presente pesquisa se insere em um projeto maior (Variação e mudança no sistema linguístico histórico galego-português: primeiros encontros para uma comparação entre o galego e o português popular brasileiro) e tem como objetivo comparar as variedades faladas do galego e do português do Brasil, no que diz respeito ao uso das preposições a e para, em contextos de verbos de transferência e de comunicação. Segundo Castilho (2010), as preposições possuem um sentido de base, de localização espacial ou temporal, e atuam como operadores de predicação, ou seja, atribuem propriedades semânticas às palavras com que se relacionam. No entanto, é também Castilho que chama a atenção para o fato de que quanto mais as preposições se tornam opacas em sua tarefa de localização espacial ou temporal, mais abstrato se torna seu papel predicador. É nesse sentido que Mollica (1998) demonstra que as preposições desprovidas de funcionalidade e com função especificamente gramatical tendem a ser suprimidas ou substituídas por outras com o traço [+ carga semântica]. No que se refere ao uso da preposição para em substituição à preposição a, analisado do ponto de vista do Funcionalismo Linguístico, defendemos a ocorrência do processo de regramaticalização, apontado por Castilho como responsável pela integração de significados, a qual ocorre quando uma preposição simples combina-se com outra preposição – no caso de nossa pesquisa, as formas latinas ad e per – tornando-a multifuncional. A comparação entre as variedades linguísticas apresentadas objetiva, em última análise, trazer para a história do português brasileiro elementos que permitam ampliar os limites de comparação com as variedades ibéricas que influíram em sua formação |
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A e PARA : uso e desuso : uma comparação entre o galego e o português popular brasileiroPreposiçõesUsoRegramaticalizaçãoLíngua portuguesaGalegoGramáticaVariação (Linguística)PreposiçãoPrepositionsUseRegrammaticalizationA presente pesquisa se insere em um projeto maior (Variação e mudança no sistema linguístico histórico galego-português: primeiros encontros para uma comparação entre o galego e o português popular brasileiro) e tem como objetivo comparar as variedades faladas do galego e do português do Brasil, no que diz respeito ao uso das preposições a e para, em contextos de verbos de transferência e de comunicação. Segundo Castilho (2010), as preposições possuem um sentido de base, de localização espacial ou temporal, e atuam como operadores de predicação, ou seja, atribuem propriedades semânticas às palavras com que se relacionam. No entanto, é também Castilho que chama a atenção para o fato de que quanto mais as preposições se tornam opacas em sua tarefa de localização espacial ou temporal, mais abstrato se torna seu papel predicador. É nesse sentido que Mollica (1998) demonstra que as preposições desprovidas de funcionalidade e com função especificamente gramatical tendem a ser suprimidas ou substituídas por outras com o traço [+ carga semântica]. No que se refere ao uso da preposição para em substituição à preposição a, analisado do ponto de vista do Funcionalismo Linguístico, defendemos a ocorrência do processo de regramaticalização, apontado por Castilho como responsável pela integração de significados, a qual ocorre quando uma preposição simples combina-se com outra preposição – no caso de nossa pesquisa, as formas latinas ad e per – tornando-a multifuncional. A comparação entre as variedades linguísticas apresentadas objetiva, em última análise, trazer para a história do português brasileiro elementos que permitam ampliar os limites de comparação com as variedades ibéricas que influíram em sua formaçãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis research is inserted in a wider project (Variation and change on the galician-portuguese historical linguistic system: first encounters for a comparison between galician and popular brazilian portuguese) and aims to compare galician and brazilian portuguese spoken variety towards the use of the prepositions a and para on the contexts of transference and communication verbs. According to Castilho (2002), the prepositions have meanings of base, of space or temporal localization and act as predicative operators, that is, they assign semantic properties to the words they are related to. However, it’s also Castilho who calls attention to the fact that the more opaque the prepositions become on their space or temporal localization duty, the more abstract their predicative roll becomes. Mollica (1998) demonstrates on this direction that the prepositions that lack functionality but have a particular grammatical function tend to be suppressed or substituted by others that carry this feature. Concerning the use of the preposition para in substitution to the preposition a, analyzed from the perspective of Linguistic Functionalism, we defend the occurrence of the regrammaticalization process of the preposition para, indicated by Castilho as responsible for an integration of meanings that occurs when a simple preposition combines with another one – in this research’s case, the latin forms ad and per – making it multifunctional. The comparison between the linguistic varieties presented intends to bring to the history of brazilian portuguese elements that allow the expansion of the limits of iberian variety comparison that have influenced on its formation107 f.Abraçado, JussaraDiez, Xoán Carlos LagaresSilveira, Eliete Figueira Batista daBlanco, Rosario AlvarezSouza, Melina Célia e2019-06-24T15:33:41Z2019-06-24T15:33:41Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/10080http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-02-08T22:03:04Zoai:app.uff.br:1/10080Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:05:05.191527Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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A presente pesquisa se insere em um projeto maior (Variação e mudança no sistema linguístico histórico galego-português: primeiros encontros para uma comparação entre o galego e o português popular brasileiro) e tem como objetivo comparar as variedades faladas do galego e do português do Brasil, no que diz respeito ao uso das preposições a e para, em contextos de verbos de transferência e de comunicação. Segundo Castilho (2010), as preposições possuem um sentido de base, de localização espacial ou temporal, e atuam como operadores de predicação, ou seja, atribuem propriedades semânticas às palavras com que se relacionam. No entanto, é também Castilho que chama a atenção para o fato de que quanto mais as preposições se tornam opacas em sua tarefa de localização espacial ou temporal, mais abstrato se torna seu papel predicador. É nesse sentido que Mollica (1998) demonstra que as preposições desprovidas de funcionalidade e com função especificamente gramatical tendem a ser suprimidas ou substituídas por outras com o traço [+ carga semântica]. No que se refere ao uso da preposição para em substituição à preposição a, analisado do ponto de vista do Funcionalismo Linguístico, defendemos a ocorrência do processo de regramaticalização, apontado por Castilho como responsável pela integração de significados, a qual ocorre quando uma preposição simples combina-se com outra preposição – no caso de nossa pesquisa, as formas latinas ad e per – tornando-a multifuncional. A comparação entre as variedades linguísticas apresentadas objetiva, em última análise, trazer para a história do português brasileiro elementos que permitam ampliar os limites de comparação com as variedades ibéricas que influíram em sua formação |
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