Tapeçarias infinitas: a alegoria no conto de cinema de Julio Cortázar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8190 |
Resumo: | O presente trabalho pretende analisar os contos de Julio Cortázar sob o viés da alegoria benjaminiana, na qual jogo e luto estão intrincados. O movimento da narrativa assume a forma alegórica: aberta, fragmentária e melancólica, marcada pela presença da morte, da ironia e da destruição. A escrita alegórica na obra de Cortázar encontra afinidades com a linguagem cinematográfica em sua capacidade de remeter à decifração de algo que nunca está plenamente dado e à montagem de fragmentos de significantes. A escrita de Cortázar, que em nossa pesquisa chamamos de “cinematográfica”, obedece ao princípio formal de Serguei Eisenstein de montagem, compondo uma narrativa-mosaico. A obra literária se transforma num lúdico quebra-cabeça, capaz de abalar o automatismo cotidiano. Tal configuração envolve o leitor num movimento de busca infinita de sentidos, provocando a reordenação da escrita pela participação do leitor, que, na dinâmica de montagem dos fragmentos, organiza múltiplas possibilidades de leitura. Para ilustrar o tema da melancolia, a tese apresenta uma análise da última versão filmada da obra de Cortázar, o longametragem Mentiras piedosas (2009), de Diego Sabanés. Para essa análise, realizamos a comparação entre o conto "A saúde dos doentes" e sua recente adaptação fílmica, empreendendo um estudo do processo de transcodificação operado entre conto e filme |
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Tapeçarias infinitas: a alegoria no conto de cinema de Julio CortázarJulio CortázarWalter BenjaminAlegoriaFantásticoDuploCinemaAlegoria (Literatura)Realismo fantástico (Literatura)Adaptação para o cinemaAlegoríaFantásticoDobleCineO presente trabalho pretende analisar os contos de Julio Cortázar sob o viés da alegoria benjaminiana, na qual jogo e luto estão intrincados. O movimento da narrativa assume a forma alegórica: aberta, fragmentária e melancólica, marcada pela presença da morte, da ironia e da destruição. A escrita alegórica na obra de Cortázar encontra afinidades com a linguagem cinematográfica em sua capacidade de remeter à decifração de algo que nunca está plenamente dado e à montagem de fragmentos de significantes. A escrita de Cortázar, que em nossa pesquisa chamamos de “cinematográfica”, obedece ao princípio formal de Serguei Eisenstein de montagem, compondo uma narrativa-mosaico. A obra literária se transforma num lúdico quebra-cabeça, capaz de abalar o automatismo cotidiano. Tal configuração envolve o leitor num movimento de busca infinita de sentidos, provocando a reordenação da escrita pela participação do leitor, que, na dinâmica de montagem dos fragmentos, organiza múltiplas possibilidades de leitura. Para ilustrar o tema da melancolia, a tese apresenta uma análise da última versão filmada da obra de Cortázar, o longametragem Mentiras piedosas (2009), de Diego Sabanés. Para essa análise, realizamos a comparação entre o conto "A saúde dos doentes" e sua recente adaptação fílmica, empreendendo um estudo do processo de transcodificação operado entre conto e filmeCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESEste trabajo pretende analizar los cuentos de Julio Cortázar bajo el prisma de la alegoría de Walter Benjamin, en la cual el juego y el luto están entrelazados. El movimiento de la narrativa adquiere la forma alegórica: abierta, fragmentaria y melancólica, marcada por la presencia de la muerte, de la ironía y de la destrucción. La escritura alegórica en la obra de Cortázar encuentra afinidades con el lenguaje cinematográfico en su capacidad de remitir a descifrar algo que nunca aparece completamente resuelto y al montaje de pedazos de significantes. La escritura de Cortázar, que en nuestro trabajo llamamos "cinematográfica", obedece al principio formal de montaje de Serguei Eisenstein y compone una narrativamosaico. La obra literaria se transforma en un lúdico rompecabezas capaz de sacudir el automatismo cotidiano. Tal configuración envuelve al lector en un movimiento de búsqueda infinita de sentido, provocando la reconstrucción de la escritura gracias a la participación del lector, que, en la dinámica de montaje de fragmentos, organiza múltiples posibilidades de lecturas. Para ilustrar el tema de la melancolía, en la tesis se presenta un análisis de la última versión filmada de la obra de Cortázar, el largometraje, Mentiras piadosas (2009), de Diego Sabanés. Para este análisis, realizamos la comparación entre el cuento "La salud de los enfermos" y su reciente adaptación fílmica, emprendiendo un estudio del proceso de transcodificación que se produce entre el cuento y la películaLages, Susana KampffDias, Angela MariaTeixeira, Livia Maria de Freitas ReisDiogo, Rita de CássiaKrause, Gustavo BernardoSilva, Fabiana Cristina de Camargo e2019-01-15T12:35:59Z2019-01-15T12:35:59Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/8190openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-12-16T19:31:39Zoai:app.uff.br:1/8190Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:10:06.811014Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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