Química elementar na carapaça de Cibicidoides (Foraminifera) e geoquímica sedimentar da margem equatorial brasileira durante os últimos 40 mil anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Luísa Jaeger
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32021
Resumo: A região da plataforma continental do Nordeste do Brasil é uma área chave para o entendimento da circulação e do clima mundial, uma vez que as massas d’águas e correntes superficiais presentes no local são muito sensíveis a variações na circulação termohalina que envolve a Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC). A partir da utilização de foraminíferos e de análises sedimentares, é possível visualizar eventos paleoclimáticos e paleoceanográficos que no passado afetaram a região. Durante os últimos 40 mil anos, eventos como o Younger Dryas (YD), Último Máximo Glacial (LGM) e quatro eventos Heinrich Stadials (HS) ocorreram. Portanto, o objetivo deste trabalho é a análise do testemunho sedimentar coletado na bacia Potiguar a partir do estudo da taxa de sedimentação, da granulometria e da química elementar de foraminíferos bentônicos, todos visando o registro destes eventos. Os resultados encontrados a partir da análise de porcentagem de areia mostram um aumento na hidrodinâmica do ambiente durante os Stadials H1, H2 e principalmente durante o H3. Já o estudo dos elementos terrígenos (Al, Si e Fe) presentes na testa dos foraminíferos sugerem uma entrada de material vinda do continente durante o LGM, HS2 e o HS3. Muito provavelmente a entrada de material continental na bacia Potiguar se deu a partir do deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ITCZ), o que levou ao aumento das taxas de precipitação no Nordeste do Brasil.
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