Diversidade de anfíbios anuros e répteis Squamata de uma área de elevada altitude no município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/32202 |
Resumo: | A Mata Atlântica é o bioma brasileiro onde ocorre a maior diversidade de anfíbios e a segunda maior de répteis. Ambos grupos ocupam diferentes habitats e microhabitats e variam de forma ampla ao longo do bioma. No entanto, a vida em elevada altitude pode ser desafiadora para estes animais ectotérmicos, uma vez que múltiplos fatores abióticos podem limitar sua biologia e a faixa de distribuição, além de promover o desenvolvimento de linhagens evolutivas únicas e a ocorrência de uma variedade de táxons endêmicos. No estado do Rio de Janeiro, parâmetros ecológicos básicos e aspectos de história natural de anfíbios e répteis Squamata são incipientes para altitudes acima de 1.000 m. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade e a história natural de anfíbios anuros e répteis Squamata em uma área de altitude elevada da Mata Atlântica, no município de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados em atividades de campo entre maio de 2015 e fevereiro de 2016 em uma área pertencente ao Instituto Vital Brazil e ao Parque Estadual dos Três Picos. Amostragens foram realizadas em 1.100 - 1.400 m a.s.l. utilizando Procura Visual Limitada por Tempo, Armadilha de interceptação e queda interligada por cerca-guia, Encontro Ocasional e Coleta por terceiros. Foram registrados 317 indivíduos e 37 espécies de anfíbios anuros e répteis Squamata na área de estudo em São Lourenço. Os táxons mais ricos foram anuros (n = 21), serpentes (n = 13) e lagartos (n = 3). A família de anuros mais rica foi Hylidae (n = 8) e as espécies mais abundantes foram Ischnocnema sp. (gr. guentheri) e Proceratophrys cf. melanopogon. Para serpentes a família mais rica foi Dipsadidae (n = 10) e para os lagartos a família mais rica foi Leiosauridae (n = 2). As espécies mais abundantes foram Enyalius perditus e Bothrops jararaca. São 19 (51%) espécies de anuros endêmicas da Mata Atlântica, sendo duas (5,4%) endêmicas do estado do Rio de Janeiro. Para os répteis Squamata, oito (21,62%) são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Para anfíbios, a Procura Visual Limitada por Tempo por tempo foi o método de amostragem mais representativo, enquanto que para répteis Squamata foi o Encontro Ocasional. Este estudo fornece os primeiros subsídios para viabilizar a transformação do remanescente de floresta na área do Instituto Vital Brazil em uma Unidade de Conservação. |
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Diversidade de anfíbios anuros e répteis Squamata de uma área de elevada altitude no município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, BrasilHerpetofauna; Serra do Mar; Mata Atlântica; ElevaçãoVertebrados, Biodiversidade, Ecossistema, Floresta tropicalHerpetofauna; Serra do Mar; Atlantic Forest; ElevationA Mata Atlântica é o bioma brasileiro onde ocorre a maior diversidade de anfíbios e a segunda maior de répteis. Ambos grupos ocupam diferentes habitats e microhabitats e variam de forma ampla ao longo do bioma. No entanto, a vida em elevada altitude pode ser desafiadora para estes animais ectotérmicos, uma vez que múltiplos fatores abióticos podem limitar sua biologia e a faixa de distribuição, além de promover o desenvolvimento de linhagens evolutivas únicas e a ocorrência de uma variedade de táxons endêmicos. No estado do Rio de Janeiro, parâmetros ecológicos básicos e aspectos de história natural de anfíbios e répteis Squamata são incipientes para altitudes acima de 1.000 m. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade e a história natural de anfíbios anuros e répteis Squamata em uma área de altitude elevada da Mata Atlântica, no município de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados em atividades de campo entre maio de 2015 e fevereiro de 2016 em uma área pertencente ao Instituto Vital Brazil e ao Parque Estadual dos Três Picos. Amostragens foram realizadas em 1.100 - 1.400 m a.s.l. utilizando Procura Visual Limitada por Tempo, Armadilha de interceptação e queda interligada por cerca-guia, Encontro Ocasional e Coleta por terceiros. Foram registrados 317 indivíduos e 37 espécies de anfíbios anuros e répteis Squamata na área de estudo em São Lourenço. Os táxons mais ricos foram anuros (n = 21), serpentes (n = 13) e lagartos (n = 3). A família de anuros mais rica foi Hylidae (n = 8) e as espécies mais abundantes foram Ischnocnema sp. (gr. guentheri) e Proceratophrys cf. melanopogon. Para serpentes a família mais rica foi Dipsadidae (n = 10) e para os lagartos a família mais rica foi Leiosauridae (n = 2). As espécies mais abundantes foram Enyalius perditus e Bothrops jararaca. São 19 (51%) espécies de anuros endêmicas da Mata Atlântica, sendo duas (5,4%) endêmicas do estado do Rio de Janeiro. Para os répteis Squamata, oito (21,62%) são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Para anfíbios, a Procura Visual Limitada por Tempo por tempo foi o método de amostragem mais representativo, enquanto que para répteis Squamata foi o Encontro Ocasional. Este estudo fornece os primeiros subsídios para viabilizar a transformação do remanescente de floresta na área do Instituto Vital Brazil em uma Unidade de Conservação.Atlantic Forest is the brazilian biome where the most diverse amphibian fauna and the second most diverse reptile fauna are to be found. These two groups occur in different habitats and microhabitats and vary widely throughout the biome. Nonetheless, for these ectothermic animals life can be challenging in high altitude, once multiple variables that can limit their biology and distribution, beyond promoting the development of unique evolutionary lineages and the occurrence of a variety of endemic taxa. In Rio de Janeiro State, basic ecological parameters and aspects of natural history about amphibians and reptiles is incipiente in high altitude areas above 1.000 m a.s.l. The aim of this study was to analyze the biological diversity and natural history of anuran amphibians and Squamata reptiles in a high altitude area of the Atlantic Forest, in the municipality of Nova Friburgo, Rio de Janeiro State. The obtained data was gathered from fieldwork activities between May 2015 and February 2016 in na área belonging to Vital Brazil Institute and Três Picos State Park. Samplings were carried out at 1.100 to 1.400 m a.s.l using four methods: Time-constrained visual encounter surveys, pit-fall traps with drift fences, occasional encounters and collection by collaborators. A total of 317 individuals and 37 species of anuran amphibians and Squamata reptiles were recorded in the study area in São Lourenço. The richest taxa were anurans (n = 21), snakes (n = 13) and lizards (n = 3). The richest anuran family was Hylidae (n = 8) and the most abundant species were Ischnocnema sp. (gr. guentheri) and Proceratophrys cf. melanopogon. For snakes the richest family was Dipsadidae (n = 10) and for lizards the richest family was Leiosauridae (n = 2). The most abundant species were Enyalius perditus and Bothrops jararaca. There are 19 (51%) species of frogs endemic to the Atlantic Forest, with two (5.4%) endemic to the state of Rio de Janeiro. For Squamata reptiles, 8 (21.62%) are considered endemic to the Atlantic Forest. For amphibians, Time-constrained visual encounters surveys was the most representative sampling method, while for Squamata reptiles it was the occasional encounter. This study provides the first subsidies to enable the transformation of the remaining forest in the area of the Vital Brazil Institute into a Conservation Unit.56 p.Kiefer, Mara CíntiaSouza, Breno Hamdan deCosta, Paulo Nogueira daVrcibradic, DavorSouza, Guilherme JonesGuimarães, Mariana Rocha Santos2024-02-05T18:43:46Z2024-02-05T18:43:46Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfGUIMARÃES, Mariana Rocha Santos. Diversidade de anfíbios anuros e répteis Squamata de uma área de elevada altitude no município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. 2022. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.http://app.uff.br/riuff/handle/1/32202CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2024-02-05T18:43:50Zoai:app.uff.br:1/32202Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:20:17.882688Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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A Mata Atlântica é o bioma brasileiro onde ocorre a maior diversidade de anfíbios e a segunda maior de répteis. Ambos grupos ocupam diferentes habitats e microhabitats e variam de forma ampla ao longo do bioma. No entanto, a vida em elevada altitude pode ser desafiadora para estes animais ectotérmicos, uma vez que múltiplos fatores abióticos podem limitar sua biologia e a faixa de distribuição, além de promover o desenvolvimento de linhagens evolutivas únicas e a ocorrência de uma variedade de táxons endêmicos. No estado do Rio de Janeiro, parâmetros ecológicos básicos e aspectos de história natural de anfíbios e répteis Squamata são incipientes para altitudes acima de 1.000 m. O objetivo deste trabalho foi analisar a diversidade e a história natural de anfíbios anuros e répteis Squamata em uma área de altitude elevada da Mata Atlântica, no município de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados em atividades de campo entre maio de 2015 e fevereiro de 2016 em uma área pertencente ao Instituto Vital Brazil e ao Parque Estadual dos Três Picos. Amostragens foram realizadas em 1.100 - 1.400 m a.s.l. utilizando Procura Visual Limitada por Tempo, Armadilha de interceptação e queda interligada por cerca-guia, Encontro Ocasional e Coleta por terceiros. Foram registrados 317 indivíduos e 37 espécies de anfíbios anuros e répteis Squamata na área de estudo em São Lourenço. Os táxons mais ricos foram anuros (n = 21), serpentes (n = 13) e lagartos (n = 3). A família de anuros mais rica foi Hylidae (n = 8) e as espécies mais abundantes foram Ischnocnema sp. (gr. guentheri) e Proceratophrys cf. melanopogon. Para serpentes a família mais rica foi Dipsadidae (n = 10) e para os lagartos a família mais rica foi Leiosauridae (n = 2). As espécies mais abundantes foram Enyalius perditus e Bothrops jararaca. São 19 (51%) espécies de anuros endêmicas da Mata Atlântica, sendo duas (5,4%) endêmicas do estado do Rio de Janeiro. Para os répteis Squamata, oito (21,62%) são consideradas endêmicas da Mata Atlântica. Para anfíbios, a Procura Visual Limitada por Tempo por tempo foi o método de amostragem mais representativo, enquanto que para répteis Squamata foi o Encontro Ocasional. Este estudo fornece os primeiros subsídios para viabilizar a transformação do remanescente de floresta na área do Instituto Vital Brazil em uma Unidade de Conservação. |
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