Corpos penetrantes e masculindades: um estudo crítico às práticas patri(viri)arcais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25940 |
Resumo: | A dissertação objetiva refletir questões referentes à produção das masculinidades no regime patriarcal. Uma preocupação recorrente, na qual em mais de 90% dos casos são realizadas por homens, foi a pedra de toque para o estudo: os casos de estupro ocorridos no Brasil, e sua crescente e importante problematização nos levou a observar cuidadosamente os espaços anteriores a esta ação, ou seja, compreender quais eram as fontes de exercício disciplinar que fomentam tal ato realizado em sua maioria por homens. Quando se fala sobre a violência sexual, se entende qualquer ato contra a dignidade sexual de outrem, por isso, o estupro ocorre na objetificação do corpo do outro para a satisfação do gozo próprio, e deste modo, o estupro não ocorre somente com a penetração vagina-pênis, mas envolve questões subjetivas e de reconhecimentos – ou seja, o estupro é uma violência produzida contra a subjetividade, acrescida a uma violência contra os corpos. O crescente número desse tipo de violência leva a buscar compreender quais os mecanismos que possibilitam a emergência da violência feita por homens; principalmente no Brasil que mesmo em tantas frentes de questionamento o patriarcado vem se afirmando, e sendo “tolerado”. Para isso, o estudo se propôs ao levantamento bibliográfico e com ele buscou-se a excitação de questionamentos e a criação de ferramentas de combate, principalmente no campo teórico. Isso nos levou a buscar perspectivas materialistas, abdicando do essencialismo presente em algumas perspectivas. E por primar pela compreensão da realidade como um processo histórico, foi salientado alguns apontamentos do feminismo que forneceram as bases para a apropriação do conceito gênero. A partir deste, apontamos os debates e como o tema de masculinidades foi sendo construído nos últimos 50 anos, aproximadamente, de forma crítica. A partir disso, foi compreendido como as masculinidades se configuram dentro de um quadro de relações de poder, e por isso, se primou não elidir da teoria de permanência do patriarcado, mesmo compreendendo as questões que colocam em foco a aplicabilidade desse sistema, por isso, se realizou uma perspectiva histórica e apresentou-se um quadro dinâmico para o patriarcado, entendendo que este, atualmente, aglutina um quadro heternormativo e androcêntrico que chamamos de Patri(viri)arcado. O estudo busca possibilitar a aplicação de ferramentas de combate ao patriarcado e de localização dos núcleos essenciais de ataque para mudanças de paradigmas. |
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