Efeitos do risco soberano na estrutura a termo da taxa de juros: evidências para o caso brasileiro comparando o risco obtido das agências de classificação de risco obtido de instrumentos financeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, João Pedro Neves
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34471
Resumo: Como os mercados financeiros são sensíveis a mudanças no risco soberano, e a estrutura a termo das taxas de juros (ETTJ) desempenha um papel importante como mecanismo de transmissão da política monetária, pode-se esperar reações do mercado financeiro por meio da ETTJ devido a mudanças no risco soberano. No entanto, existem diferentes medidas de risco soberano: algumas obtidas de instrumentos financeiros (como CDSs e EMBI), e aquelas obtidas de informações emitidas por agências de classificação de risco (CRAs). Por sua vez, existem diferenças no comportamento dessas medidas, revelando um comportamento mais conservador por parte dos CRAs. Assim, a dissertação tem como principal objetivo investigar as reações da ETTJ a diferentes medidas de risco soberano. O objetivo é verificar se a ETTJ responde de forma diferente e com intensidades diferentes a cada uma das medidas de risco soberano; e, assim, identificar quais as medidas de risco soberano que mais afetam a ETTJ, as obtidas no mercado ou as obtidas junto das CRAs. O trabalho utiliza o Brasil como estudo de caso, e o período analisado vai de março de 2004 a agosto de 2019. Os resultados mostram que um risco soberano maior pode levar a taxas de juros mais altas para diferentes vencimentos. Os resultados também indicam que, como as CRAs possuem um viés conservador na emissão de suas informações de risco soberano, a ETTJ é mais sensível às informações fornecidas pelas CRAs, demonstrando a capacidade dessas agências de afetar a economia por meio do mercado de crédito doméstico.
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