Correlação entre o perfil epidemiológico, clínico e social de indivíduos em situação de rua e a prevalência de lesões tissulares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Bianca Campos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25080
Resumo: Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico, clínico e social dos indivíduos em situação de rua de Niterói e a correlação com a prevalência de lesões tissulares. Material e Método: Pesquisa de métodos mistos, do tipo paralelo convergente, com abordagem quanti-qualitativa, realizada no município de Niterói. O período de coleta foi de setembro de 2021 a janeiro de 2022. A amostra foi constituída de 101 pessoas em situação de rua. Os dados foram coletados por dois protocolos adaptados, de acordo com a literatura, e, como técnica complementtar, utilizou-se do diário de campo. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina, conforme protocolo n° 4.563.245, de 26 de fevereiro de 2021. Os dados quantitativos foram analisados no Excel 2010, por meio da estatística descritiva, e os dados qualitativos pela análise temática de conteúdo, sendo criadas as categorias temáticas: “Quem sou eu?”; “O cotidiano da rua”; “O ir e vir sem muito paradeiro”; “Meu lugar é a rua e meu refúgio é a droga”; “Pandemia, mais invisível que o vírus”; e “Saúde e cicatrizes da vida”. Resultados e Discussão: A maioria dos entrevistados era do sexo masculino (72%), mediana de idade de 42 anos, sendo, em maioria, da raça preta (48%) e separado/divorciado (50%). Quanto ao tempo em que o indivíduo vivia em situação de rua, houve mediana de cinco anos, sendo o tempo mínimo de 15 dias e tempo máximo de 60 anos. A violência foi relatada por 50% dos entrevistados, bem como o impedimento de entrarem em determinados locais. Os principais motivos de ida para a rua foram o conflito com familiares, seguido do desemprego e uso de drogas. As drogas mais utilizadas foram maconha (45%), seguido da cocaína (34%), do crack (13%). No contexto da pandemia, 22% dos entrevistados relataram que a pandemia os trouxe para rua, e mais da metade da população em situação de rua (65%) já havia se vacinado. No que tange às doenças de base, 43% apresentaram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e epilepsia. No tocante à integridade da pele, 32% relataram não ter ferida ou cicatriz, 59% referiram presença de cicatriz e 9% de lesões abertas, sendo as cicatrizes de lesões traumáticas, decorrentes principalmente de armas brancas e traumas do cotidiano da rua, bem como lesões como úlcera venosa, mordida de ratos, furúnculo e traumas. A chance de um morador de rua que sofre violência ter lesão aberta é 9,5 vezes maior. O que não tem ocupação é de 5,2 vezes maior de ter lesão aberta. Quanto ao uso de substâncias ilícitas, estima-se que a chance de um morador de rua que é etilista ter lesão de pele é 4,1 vezes maior. Enquanto, que usa maconha ter lesão de pele é 3,1 vezes maior. Comparando as estatísticas, observa-se que as pessoas que têm lesões de pele vivem na rua há um tempo significativamente maior do que as pessoas que não têm lesão de pele, a diferença na média é de 5,5 anos. Tais determinantes epidemiológicos, sociais e clínicos, são apontados nas categorias temáticas, que emergiram da análise dos dados qualitativos, tais categorias foram: “Quem sou eu?”; “O cotidiano da rua”; “O ir e vir sem muito paradeiro”; “Meu lugar é a rua e meu refúgio é a droga”; “Pandemia, mais invisível que o vírus”; e “Saúde e cicatrizes da vida”. Conclusão: Os achados do presente estudo demonstram população adulta, majoritariamente masculina, apresentando cicatrizes, com histórico de lesões traumáticas, decorrentes do período em que se encontram nas ruas. Essa temática é multifatorial e necessita de estudos acerca dos determinantes sociais de saúde que fortaleçam as discussões na academia e sociedade.
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Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina, conforme protocolo n° 4.563.245, de 26 de fevereiro de 2021. Os dados quantitativos foram analisados no Excel 2010, por meio da estatística descritiva, e os dados qualitativos pela análise temática de conteúdo, sendo criadas as categorias temáticas: “Quem sou eu?”; “O cotidiano da rua”; “O ir e vir sem muito paradeiro”; “Meu lugar é a rua e meu refúgio é a droga”; “Pandemia, mais invisível que o vírus”; e “Saúde e cicatrizes da vida”. Resultados e Discussão: A maioria dos entrevistados era do sexo masculino (72%), mediana de idade de 42 anos, sendo, em maioria, da raça preta (48%) e separado/divorciado (50%). Quanto ao tempo em que o indivíduo vivia em situação de rua, houve mediana de cinco anos, sendo o tempo mínimo de 15 dias e tempo máximo de 60 anos. A violência foi relatada por 50% dos entrevistados, bem como o impedimento de entrarem em determinados locais. Os principais motivos de ida para a rua foram o conflito com familiares, seguido do desemprego e uso de drogas. As drogas mais utilizadas foram maconha (45%), seguido da cocaína (34%), do crack (13%). No contexto da pandemia, 22% dos entrevistados relataram que a pandemia os trouxe para rua, e mais da metade da população em situação de rua (65%) já havia se vacinado. No que tange às doenças de base, 43% apresentaram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e epilepsia. No tocante à integridade da pele, 32% relataram não ter ferida ou cicatriz, 59% referiram presença de cicatriz e 9% de lesões abertas, sendo as cicatrizes de lesões traumáticas, decorrentes principalmente de armas brancas e traumas do cotidiano da rua, bem como lesões como úlcera venosa, mordida de ratos, furúnculo e traumas. A chance de um morador de rua que sofre violência ter lesão aberta é 9,5 vezes maior. O que não tem ocupação é de 5,2 vezes maior de ter lesão aberta. Quanto ao uso de substâncias ilícitas, estima-se que a chance de um morador de rua que é etilista ter lesão de pele é 4,1 vezes maior. Enquanto, que usa maconha ter lesão de pele é 3,1 vezes maior. Comparando as estatísticas, observa-se que as pessoas que têm lesões de pele vivem na rua há um tempo significativamente maior do que as pessoas que não têm lesão de pele, a diferença na média é de 5,5 anos. Tais determinantes epidemiológicos, sociais e clínicos, são apontados nas categorias temáticas, que emergiram da análise dos dados qualitativos, tais categorias foram: “Quem sou eu?”; “O cotidiano da rua”; “O ir e vir sem muito paradeiro”; “Meu lugar é a rua e meu refúgio é a droga”; “Pandemia, mais invisível que o vírus”; e “Saúde e cicatrizes da vida”. Conclusão: Os achados do presente estudo demonstram população adulta, majoritariamente masculina, apresentando cicatrizes, com histórico de lesões traumáticas, decorrentes do período em que se encontram nas ruas. Essa temática é multifatorial e necessita de estudos acerca dos determinantes sociais de saúde que fortaleçam as discussões na academia e sociedade.Objective: To analyze the epidemiological, clinical and social profile of homeless persons in Niterói and the correlation with the prevalence of tissue injuries. Material and Method: This is a mixed methods research, with a convergent, parallel, quantitative-qualitative approach. The research was carried out in the city of Niterói. The data collection period was from September 2021 to January 2022. The sample consisted of 101 homeless persons. Data were collected through two protocols adapted according to the literature and using the field diary as a complementary technique. This study was approved by the Research Ethics Committee of the Faculty of Medicine, under protocol No. 4,563,245 on February 26, 2021. Quantitative data were analyzed in Excel 2010, using descriptive statistics (median and interquartile range) and qualitative data through thematic content analysis. The following thematic categories were created: “Who am I?”; “The daily life on the streets”; “Coming and going withou whereabouts”; “My place is the street and my refuge is drugs”; “Pandemic, more invisible than the virus” and “Health and scars of life”. Results and Discussion: Most respondents were male (72%), the median age was 42 years, most participants were black (48%) and separated/divorced (50%). As for the time that these individuals live on the streets, there was a median of 5 years, with a minimum time of 15 days and a maximum time of 60 years. Violence was reported by 50% of respondents, as well as being prevented from entering certain places. The main reasons for living in the streets were conflicts with family members, followed by unemployment and drug use. The most used drugs were marijuana (45%), followed by cocaine (34%), and crack (13%). In the context of the pandemic, 22% of respondents reported that the pandemic brought them to the streets, and more than half of the homeless population (65%) had already been vaccinated. Regarding the underlying diseases, 43% had systemic arterial hypertension, diabetes mellitus, and epilepsy. Regarding skin integrity, 32% reported having no wounds or scars, 59% reported the presence of scars and 9% open injuries. The scars were caused by traumatic injuries, mainly resulting from bladed weapons and trauma from everyday life on the streets, as well as injuries such as venous ulcers, rat bites, boils, and trauma. The chance of a homeless person who suffers violence to have an open wound is 9.5 times greater. What has no occupation is 5,2 times greater than having an open lesion. Regarding the use of illicit substances, it is estimated that the chance of a homeless person who is an alcoholic to have a skin lesion is 4,1 times greater. Those who use illicit drugs have skin lesions 3,2 times higher. While those who use marijuana have skin lesions 3,1 times higher. Comparing the statistics, it is observed that people who have skin lesions have lived on the street for a significantly longer time than people who do not have skin lesions, the difference on average is 5,5 years. Such epidemiological, social and clinical determinants are pointed out in the thematic categories, which emerged from the analysis of qualitative data, such categories were: “Who am I?”; “The daily life on the streets”; “Coming and going withou whereabouts”; “My place is the street and my refuge is drugs”; “Pandemic, more invisible than the virus” and “Health and scars of life”. Conclusion: The findings of the present study demonstrate an adult population, mostly male, with scars and a history of traumatic injuries resulting from the period in which they live in the streets. This theme is multifactorial and requires studies on the social determinants of health to strengthen discussions in academia and society.160 p.Oliveira, Beatriz Guitton Renaud Baptista dehttp://lattes.cnpq.br/5825896654509091Farah, Beatriz Franciscohttp://lattes.cnpq.br/9381626151864695Daher, Donizete Vagohttp://lattes.cnpq.br/6800822152435035Koopmans, Fabiana Ferreirahttp://lattes.cnpq.br/9168755811161766Senna, Mônica de Castro Maiahttp://lattes.cnpq.br/6254529022390636http://lattes.cnpq.br/6433203217021240Oliveira, Bianca Campos2022-05-24T17:46:42Z2022-05-24T17:46:42Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Bianca Campos. 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description Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico, clínico e social dos indivíduos em situação de rua de Niterói e a correlação com a prevalência de lesões tissulares. Material e Método: Pesquisa de métodos mistos, do tipo paralelo convergente, com abordagem quanti-qualitativa, realizada no município de Niterói. O período de coleta foi de setembro de 2021 a janeiro de 2022. A amostra foi constituída de 101 pessoas em situação de rua. Os dados foram coletados por dois protocolos adaptados, de acordo com a literatura, e, como técnica complementtar, utilizou-se do diário de campo. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina, conforme protocolo n° 4.563.245, de 26 de fevereiro de 2021. Os dados quantitativos foram analisados no Excel 2010, por meio da estatística descritiva, e os dados qualitativos pela análise temática de conteúdo, sendo criadas as categorias temáticas: “Quem sou eu?”; “O cotidiano da rua”; “O ir e vir sem muito paradeiro”; “Meu lugar é a rua e meu refúgio é a droga”; “Pandemia, mais invisível que o vírus”; e “Saúde e cicatrizes da vida”. Resultados e Discussão: A maioria dos entrevistados era do sexo masculino (72%), mediana de idade de 42 anos, sendo, em maioria, da raça preta (48%) e separado/divorciado (50%). Quanto ao tempo em que o indivíduo vivia em situação de rua, houve mediana de cinco anos, sendo o tempo mínimo de 15 dias e tempo máximo de 60 anos. A violência foi relatada por 50% dos entrevistados, bem como o impedimento de entrarem em determinados locais. Os principais motivos de ida para a rua foram o conflito com familiares, seguido do desemprego e uso de drogas. As drogas mais utilizadas foram maconha (45%), seguido da cocaína (34%), do crack (13%). No contexto da pandemia, 22% dos entrevistados relataram que a pandemia os trouxe para rua, e mais da metade da população em situação de rua (65%) já havia se vacinado. No que tange às doenças de base, 43% apresentaram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e epilepsia. No tocante à integridade da pele, 32% relataram não ter ferida ou cicatriz, 59% referiram presença de cicatriz e 9% de lesões abertas, sendo as cicatrizes de lesões traumáticas, decorrentes principalmente de armas brancas e traumas do cotidiano da rua, bem como lesões como úlcera venosa, mordida de ratos, furúnculo e traumas. A chance de um morador de rua que sofre violência ter lesão aberta é 9,5 vezes maior. O que não tem ocupação é de 5,2 vezes maior de ter lesão aberta. Quanto ao uso de substâncias ilícitas, estima-se que a chance de um morador de rua que é etilista ter lesão de pele é 4,1 vezes maior. Enquanto, que usa maconha ter lesão de pele é 3,1 vezes maior. Comparando as estatísticas, observa-se que as pessoas que têm lesões de pele vivem na rua há um tempo significativamente maior do que as pessoas que não têm lesão de pele, a diferença na média é de 5,5 anos. Tais determinantes epidemiológicos, sociais e clínicos, são apontados nas categorias temáticas, que emergiram da análise dos dados qualitativos, tais categorias foram: “Quem sou eu?”; “O cotidiano da rua”; “O ir e vir sem muito paradeiro”; “Meu lugar é a rua e meu refúgio é a droga”; “Pandemia, mais invisível que o vírus”; e “Saúde e cicatrizes da vida”. Conclusão: Os achados do presente estudo demonstram população adulta, majoritariamente masculina, apresentando cicatrizes, com histórico de lesões traumáticas, decorrentes do período em que se encontram nas ruas. Essa temática é multifatorial e necessita de estudos acerca dos determinantes sociais de saúde que fortaleçam as discussões na academia e sociedade.
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