Estudo da ocorrência de enteroparasitoses em crianças pré-escolares da cidade de Patrocínio - MG, e análise de contaminação subungueal e elementos sanitários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ana Cláudia Oliveira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6800
Resumo: A ocorrência de parasitoses intestinais na infância, especialmente em idade escolar e pré-escolar, consiste em um fator agravante da subnutrição, podendo levar à morbidade nutricional, geralmente acompanhada de diarreia crônica, refletindo no rendimento escolar, promovendo a incapacitação física e intelectual dessas crianças infectadas. A imaturidade imunitária desta população, sua dependência de cuidados alheios, nível socioeconômico familiar, hábitos de higiene não suficientemente consolidados entre outros fatores, a torna mais suscetível à infecção por parasitos intestinais . Diferentes formas de transmissão estão constantemente sendo descritas, tornando-se necessário reconhecer e valorizar a participação dos mais diversos objetos que possam estar envolvidos diretamente na disseminação das enteroparasitoses, como por exemplo, o material subungueal e elementos de sanitários, uma vez que se é conhecido a resistência de ovos de helmintos e cistos de protozoários em condições ambientais. As condutas de tratamento e profilaxia capazes de abranger expressivos grupos populacionais são mais viáveis após pesquisas epidemiológicas. Desta forma objetivou-se neste trabalho determinar a ocorrência de enteroparasitoses em crianças frequentadoras de cinco pré-escolas públicas do município de Patrocínio-MG, verificar a presença de estruturas enteroparasitárias no material subungueal e nos elementos sanitários, manuseados pelas mesmas, e traçar o perfil sócio-econômico-sanitário da população atendida pelas instituições estudadas. No período de janeiro à abril de 2010,265 crianças tiveram as fezes coletadas e processadas pelas técnicas de centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco, termohidrotropismo e de sedimentação espontânea, observando-se 53,58% de positividade para algum enteroparasito, sendo Griardia duodenalis o mais frequente, com 51,87%. De 291 amostras analisadas de material subungueal, obtido pela raspagem e corte das unhas e processadas por centrifugo-sedimentação, 4,47% delas foram positivas para estruturas enteroparasitárias, sendo ovos de ancilostomídeos os mais frequentes, 71, 43%. Foi observado, de 87 elementos de sanitários (descarga , registro de torneira , pia e assento do vaso sanitário, local da troca de fralda e de banho no berçário), 16,10% deles contaminados por estruturas enteroparasitárias, sendo que as amostras dos mesmos foram obtidos pelo método da fita adesiva transparente sobre lâmina de vidro. Nos elementos sanitários positivos, 92,86% deles estavam contaminados com ovos de estrongilídeos e 7, 14% com larva de nematódeo, sendo o assento do vaso sanitário o mais contaminado. A população atendida é carente onde 62,23% vive com até 1 salário mínimo e 31,42% dos pais tem apenas o nível fundamental incompleto. As residências das crianças estudadas apresentam quanto ao saneamento básico, 100% de coleta de lixo pelo serviço da prefeitura, 98,45% receberm água encanada e tratada pelo Departamento de Água e Esgoto da cidade, e apenas 1,56% retiram água de poço artesiano. Os funcionários destas instituições estudadas devem ser constantemente instruídos quanto ao cuidado adequado que deve ser indispensável às crianças e ao ambiente em que se encontram, voltado para tentar diminuir ao máximo o rosco de contaminação de superfícies e infecções enteroparasitárias entre eles. Além disso , a orientação dos pais e o envolvimento de profissionais e administradores de saúde s~]ao necessários para a existência de bons programas de prevenção e controle de infecções
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