Manifestações clínicas da Chikungunya congênita em neonatos: uma revisão narrativa da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Regonati, Yumi Honda
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28136
Resumo: A febre chikungunya, doença debilitante que já foi identificada em 94 países incluindo o Brasil, tem como vetor principal o mosquito Aedes aegypti. Entretanto, uma forma menos difundida de transmissão da doença é a vertical. Em 2005, na Ilha Reunião, um território francês no Oceano Índico, foi realizado o primeiro relato de transmissão vertical e suas repercussões ao neonato. A literatura é escassa em relação à chikungunya congênita e, especialmente às suas manifestações clínicas que possam causar danos nos neonatos que apresentaram a doença, o que motivou a realização deste estudo. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura disponível, com a finalidade de reunir as melhores evidências acerca das manifestações clínicas nos neonatos expostos a infecção congênita do vírus chikungunya. Além disso, foi abordado o que se sabe sobre a patogenia dessa infecção e detalhes da transmissão vertical. Nos neonatos filhos de mães infectadas no período periparto, os sinais e sintomas são febre, edema, exantema, dor generalizada e irritabilidade. Manifestações mais graves como sepse, desconforto respiratório, dermatite bolhosa e encefalopatia também são recorrentes, representam um risco a vida aos neonatos, e demandam internação para cuidados intensivos. Também, há relatos de atraso no neurodesenvolvimento em longo prazo, podendo gerar incapacidades por toda a vida. Assim, o conhecimento das manifestações e de sua possível gravidade é um alerta para pediatras se atentarem a esse diagnóstico diferencial, principalmente, durante surtos e em locais susceptíveis, sendo relevante para uma valorização de sua profilaxia, para um diagnóstico precoce, para um correto manejo, e consequentemente redução de morbidade.
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