O avanço da fronteira agrícola moderna e a precarização das práticas espaciais Guarani e Kaiowa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/29054 |
Resumo: | Ao longo da história de colonização do sul do então estado do Mato Grosso políticas agrárias e indigenistas foram sendo instaladas no início do século XX sob a lógica desenvolvimentista de ocupação dos ditos “espaços vazios”. Em 1910 foi criado o SPILTN (Serviço Nacional de Proteção aos Índios e de Localização dos Trabalhadores Nacionais) que deu início a criação de reservas indígenas e, assim, 8 abrindo espaço para instalação de novas frentes econômicas. O avanço da fronteira agrícola em território Guarani e Kaiowa contribui fortemente para a precarização das práticas espaciais destes povos originários. A exploração da força de trabalho indígena na região se deu em várias frentes agroextrativistas que cruzaram seu território: no extrativismo da erva-mate e da madeira, no desmate para a abertura de fazendas, na limpeza dos campos de grãos e, mais recente, no corte da cana. Os povos Guarani e Kaiowa, como hipótese, ressignificaram tais atividades não só inserindo-as em sua economia, mas também em sua estratégia de resistência à lógica que avançava e alterava consideravelmente a materialidade espacial e a organização socioespacial destes povos. A geograficidade e, por extensão, a territorialidade dos Guarani e Kaiowa presentes no Cone Sul do Mato Grosso do Sul, precisam ser consideradas se o que se pretende aqui é fazer uma Geografia Indígena. Como via de apreensão da espacialidade destes povos, o presente trabalho visa compreender o que a atividade no corte da cana, entendendo-a como uma prática espacial que fala sobre sua espacialidade, significa para os povos Guarani e Kaiowa. São de fundamental importância as seguintes leituras Martins (1997), Hannerz (1997), Ortiz (1940), Pacheco de Oliveira (1998), Viveiros de Castro (2002), Thomaz de Almeida & Mura (2002), Thomaz de Almeida (2001), Souza (2013), Schaden (1954), Lima (1992), Haesbaert (2004, 2014), dentre outros. Foi realizado trabalho de campo na área de estudo para busca de dados primários e também feito uso de banco de dados para a coleta de dados secundários em fotos, documentos oficiais e reportagens, tendo como fonte principal órgãos como: CIMI, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho, ISA, dentre outras fontes. |
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O avanço da fronteira agrícola moderna e a precarização das práticas espaciais Guarani e KaiowaGuaraniKaiowaCanavialFronteiraMato Grosso do SulTerritorialidade humanaÍndio Guarani KaiowáTrabalho indígenaFronteiraGuaraniKaiowaCane cultivationBorderMato Grosso do SulAo longo da história de colonização do sul do então estado do Mato Grosso políticas agrárias e indigenistas foram sendo instaladas no início do século XX sob a lógica desenvolvimentista de ocupação dos ditos “espaços vazios”. Em 1910 foi criado o SPILTN (Serviço Nacional de Proteção aos Índios e de Localização dos Trabalhadores Nacionais) que deu início a criação de reservas indígenas e, assim, 8 abrindo espaço para instalação de novas frentes econômicas. O avanço da fronteira agrícola em território Guarani e Kaiowa contribui fortemente para a precarização das práticas espaciais destes povos originários. A exploração da força de trabalho indígena na região se deu em várias frentes agroextrativistas que cruzaram seu território: no extrativismo da erva-mate e da madeira, no desmate para a abertura de fazendas, na limpeza dos campos de grãos e, mais recente, no corte da cana. Os povos Guarani e Kaiowa, como hipótese, ressignificaram tais atividades não só inserindo-as em sua economia, mas também em sua estratégia de resistência à lógica que avançava e alterava consideravelmente a materialidade espacial e a organização socioespacial destes povos. A geograficidade e, por extensão, a territorialidade dos Guarani e Kaiowa presentes no Cone Sul do Mato Grosso do Sul, precisam ser consideradas se o que se pretende aqui é fazer uma Geografia Indígena. Como via de apreensão da espacialidade destes povos, o presente trabalho visa compreender o que a atividade no corte da cana, entendendo-a como uma prática espacial que fala sobre sua espacialidade, significa para os povos Guarani e Kaiowa. São de fundamental importância as seguintes leituras Martins (1997), Hannerz (1997), Ortiz (1940), Pacheco de Oliveira (1998), Viveiros de Castro (2002), Thomaz de Almeida & Mura (2002), Thomaz de Almeida (2001), Souza (2013), Schaden (1954), Lima (1992), Haesbaert (2004, 2014), dentre outros. Foi realizado trabalho de campo na área de estudo para busca de dados primários e também feito uso de banco de dados para a coleta de dados secundários em fotos, documentos oficiais e reportagens, tendo como fonte principal órgãos como: CIMI, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho, ISA, dentre outras fontes.Throughout the history of colonization of the south of the then state of Mato Grosso agrarian and indigenist policies were being installed in the early twentieth century under the developmentalist logic of occupation of the so-called "empty spaces." In 1910, SPILTN (National Service for Protection of Indians and Localization of National Workers) was created, which initiated the creation of indigenous reserves and, thus, 9 opening space for the installation of new economic fronts. The advance of the agricultural frontier in Guarani and Kaiowa territory contributes strongly to the precariousness of the spatial practices of these native peoples. The exploitation of the indigenous labor force in the region took place on several agro-extractive fronts that crossed its territory: in the extractivism of the yerba mate and the wood, in the deforestation for the opening of farms, in the cleaning of the grain fields and, more recently, in the cane cut As a hypothesis, the Guarani and Kaiowa peoples re-signified these activities not only by inserting them into their economy, but also in their strategy of resistance to logic that advanced and considerably altered the spatial materiality and socio-spatial organization of these peoples. The geography and, by extension, the territoriality of the Guarani and Kaiowa present in the Southern Cone of Mato Grosso do Sul, need to be considered if the intention here is to make an Indigenous Geography. As a way of apprehending the spatiality of these peoples, the present work aims to understand what the activity in the cane cutting, understanding it as a spatial practice that talks about its spatiality, means for the Guarani and Kaiowa peoples. It is of fundamental importance the following readings Martins (1997), Hannerz (1997), Ortiz (1940), Pacheco de Oliveira (1998), Viveiros de Castro (2002), Thomaz de Almeida & Mura (2002), Thomaz de Almeida ), Souza (2013), Schaden (1954), Lima (1992), Haesbaert (2004, 2014), among others. Fieldwork was carried out in the area of study to search for primary data and also made use of database for the collection of secondary data in photos, official documents and reports, having as main source organs such as: CIMI, Federal Public Ministry, Ministry Labor Public, Ministry of Labor, ISA, among other sources.133 p.Moreira, RuyCosta, Rogério Haesbaert daArruzzo, Roberta CarvalhoCunha, Lívia Domiciano2023-06-05T16:33:11Z2023-06-05T16:33:11Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCUNHA, Lívia Domiciano. O avanço da fronteira agrícola moderna e a precarização das práticas espaciais Guarani e Kaiowa. 2017. 133 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2017.http://app.uff.br/riuff/handle/1/29054CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-06-05T16:33:14Zoai:app.uff.br:1/29054Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:16:44.680173Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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CUNHA, Lívia Domiciano. O avanço da fronteira agrícola moderna e a precarização das práticas espaciais Guarani e Kaiowa. 2017. 133 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2017. |
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