Síntese e aplicação de polímero molecularmente impresso na extração de cafeína de amostras de cocaína

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Taíssa da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12786
Resumo: A cocaína é uma das drogas mais antigas da humanidade, sendo o principal alcaloide presente nas folhas da planta Erytroxylon coca, encontrada no leste dos Andes. Atualmente, essa droga pode ser encontrada sob diversas formas (pó, crack e merla). Embora a cocaína seja produzida quase que totalmente pura, antes de chegar ao consumidor final ela sofre etapas de adulteração/diluição. Esses processos são realizados com a finalidade de aumentar os ganhos econômicos na venda desse produto. Para isso os traficantes fazem uso de duas classes de espécies: os chamados diluentes, espécies químicas que não tem nenhuma ação farmacológica e atuam apenas na diluição do teor de cocaína no produto, e os chamados adulterantes, espécies químicas que tem a função de potencializar ou mimetizar os efeitos da cocaína, na tentativa de mascarar os efeitos de sua diluição. Nesse sentido, a composição química da cocaína constitui uma informação importante na elucidação da origem geográfica de produção e das rotas de distribuição dessa droga. O principal adulterante encontrado em todas as amostras de cocaína no Brasil é a cafeína. Neste trabalho foi proposta uma metodologia analítica para a identificação e quantificação da cafeína presente em amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Foi necessário fazer uma extração da cafeína das amostras de cocaína, e isso foi possível através da técnica de extração em fase sólida, utilizando para tal um polímero molecularmente impresso de cafeína como sorvente. Com o objetivo de atingir condições experimentais ótimas que permitissem a determinação direta e sensível da cafeína com eletrodo de carbono vítreo utilizando as técnicas voltamétricas foram realizados estudos preliminares acerca do potencial e tempo de deposição, potencial e tempo de limpeza, amplitude e velocidade de varredura. Com as melhores condições experimentais definidas foi possível estabelecer os parâmetros analíticos de mérito, onde obteve-se faixa linear de concentração de 0,8-2,4 mg.L-1, limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ) iguais a 0,2 mg.L-1 e 0,80 mg.L-1, respectivamente. A metodologia foi aplicada em amostras de cocaína, onde não foi possível a obtenção de um sinal voltamétrico condizente com o observado para a cafeína. A partir disso, realizaram-se medidas no espectrofotômetro UV-visível a fim de quantificar e verificar a presença de cafeína, obtendo-se a faixa linear de 4,0- 48,70 mg.L-1 de concentração, LD e LQ iguais a 0,057 mg.L-1 e 0,188 mg.L-1, respectivamente
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Para isso os traficantes fazem uso de duas classes de espécies: os chamados diluentes, espécies químicas que não tem nenhuma ação farmacológica e atuam apenas na diluição do teor de cocaína no produto, e os chamados adulterantes, espécies químicas que tem a função de potencializar ou mimetizar os efeitos da cocaína, na tentativa de mascarar os efeitos de sua diluição. Nesse sentido, a composição química da cocaína constitui uma informação importante na elucidação da origem geográfica de produção e das rotas de distribuição dessa droga. O principal adulterante encontrado em todas as amostras de cocaína no Brasil é a cafeína. Neste trabalho foi proposta uma metodologia analítica para a identificação e quantificação da cafeína presente em amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Foi necessário fazer uma extração da cafeína das amostras de cocaína, e isso foi possível através da técnica de extração em fase sólida, utilizando para tal um polímero molecularmente impresso de cafeína como sorvente. Com o objetivo de atingir condições experimentais ótimas que permitissem a determinação direta e sensível da cafeína com eletrodo de carbono vítreo utilizando as técnicas voltamétricas foram realizados estudos preliminares acerca do potencial e tempo de deposição, potencial e tempo de limpeza, amplitude e velocidade de varredura. Com as melhores condições experimentais definidas foi possível estabelecer os parâmetros analíticos de mérito, onde obteve-se faixa linear de concentração de 0,8-2,4 mg.L-1, limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ) iguais a 0,2 mg.L-1 e 0,80 mg.L-1, respectivamente. A metodologia foi aplicada em amostras de cocaína, onde não foi possível a obtenção de um sinal voltamétrico condizente com o observado para a cafeína. A partir disso, realizaram-se medidas no espectrofotômetro UV-visível a fim de quantificar e verificar a presença de cafeína, obtendo-se a faixa linear de 4,0- 48,70 mg.L-1 de concentração, LD e LQ iguais a 0,057 mg.L-1 e 0,188 mg.L-1, respectivamenteCocaine is one of the oldest drugs in mankind. It is the main alkaloid present in the leaves of the Erytroxylon coca plant, found in the eastern Andes. The use of this drug is dated from the pre-columbian period by the Incas and its obtainment through synthetic means occurred in century XIX. Currently, cocaine can be found in various forms (powder, crack and merla). Although cocaine is produced almost totally pure, before it reaches the final consumer it undergoes adulteration / dilution steps. These processes are carried out with the purpose of increasing the economic gains in the sale of this product. For this, the traffickers use two classes of chemical: the so-called diluents, that are chemical species that do not have any pharmacological action, act only in the dilution of the cocaine content in the product, and the so-called adulterants, chemical species that has the function of potentiate or mimic the effects of cocaine, in an attempt to mask the effects of its dilution. In this sense, the chemical composition of cocaine constitutes an important information in the elucidation of the geographical origin of production and the routes of distribution of this drug. The main adulterant found in all cocaine samples in Brazil is caffeine. In this work, an analytical methodology was proposed for the identification and quantification of caffeine present in cocaine samples seized by the Civil Police of the State of Rio de Janeiro. It was necessary to extract caffeine from the cocaine samples, and this was possible through the solid phase extraction technique using a molecularly printed caffeine polymer as the solid phase. In order to reach optimal experimental conditions that allowed the direct and sensitive determination of the caffeine with glassy carbon electrode using the voltammetric techniques, preliminary studies on the potential and time of deposition, potential and cleaning time, amplitude and speed of sweeping were carried out. With the best defined experimental conditions, it was possible to establish the analytical parameters of merit, where the linear concentration range was 0.8-2.4 mg L-1, LOD and LOQ equal to 0.2 mg L-1 and 0.8 mg L-1, respectively. The methodology was applied in samples of cocaine, where it was not possible to obtain a voltammetric signal consistent with that observed for caffeine. From this, measurements were made on the UV-visible spectrophotometer in order to quantify and verify the presence of caffeine, obtaining a linear range of 4.0 - 48.70 mg L-1 concentration and LOD and LOQ equal to 0.057 mg L-1 and 0.188 mg L-1, respectivelyPacheco, Wagner FelippeLepri, Fábio GrandisRobaina, Nicolle FigueiraCabral, Taíssa da Silva2020-02-07T12:26:17Z2020-02-07T12:26:17Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfCABRAL, Taísa da Silva. Síntese e aplicação de polímero molecularmente impresso na extração de cafeína de amostras de cocaína. 2018. 82 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Química Industrial) - Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.https://app.uff.br/riuff/handle/1/12786http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-29T17:01:51Zoai:app.uff.br:1/12786Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-09-29T17:01:51Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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description A cocaína é uma das drogas mais antigas da humanidade, sendo o principal alcaloide presente nas folhas da planta Erytroxylon coca, encontrada no leste dos Andes. Atualmente, essa droga pode ser encontrada sob diversas formas (pó, crack e merla). Embora a cocaína seja produzida quase que totalmente pura, antes de chegar ao consumidor final ela sofre etapas de adulteração/diluição. Esses processos são realizados com a finalidade de aumentar os ganhos econômicos na venda desse produto. Para isso os traficantes fazem uso de duas classes de espécies: os chamados diluentes, espécies químicas que não tem nenhuma ação farmacológica e atuam apenas na diluição do teor de cocaína no produto, e os chamados adulterantes, espécies químicas que tem a função de potencializar ou mimetizar os efeitos da cocaína, na tentativa de mascarar os efeitos de sua diluição. Nesse sentido, a composição química da cocaína constitui uma informação importante na elucidação da origem geográfica de produção e das rotas de distribuição dessa droga. O principal adulterante encontrado em todas as amostras de cocaína no Brasil é a cafeína. Neste trabalho foi proposta uma metodologia analítica para a identificação e quantificação da cafeína presente em amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Foi necessário fazer uma extração da cafeína das amostras de cocaína, e isso foi possível através da técnica de extração em fase sólida, utilizando para tal um polímero molecularmente impresso de cafeína como sorvente. Com o objetivo de atingir condições experimentais ótimas que permitissem a determinação direta e sensível da cafeína com eletrodo de carbono vítreo utilizando as técnicas voltamétricas foram realizados estudos preliminares acerca do potencial e tempo de deposição, potencial e tempo de limpeza, amplitude e velocidade de varredura. Com as melhores condições experimentais definidas foi possível estabelecer os parâmetros analíticos de mérito, onde obteve-se faixa linear de concentração de 0,8-2,4 mg.L-1, limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ) iguais a 0,2 mg.L-1 e 0,80 mg.L-1, respectivamente. A metodologia foi aplicada em amostras de cocaína, onde não foi possível a obtenção de um sinal voltamétrico condizente com o observado para a cafeína. A partir disso, realizaram-se medidas no espectrofotômetro UV-visível a fim de quantificar e verificar a presença de cafeína, obtendo-se a faixa linear de 4,0- 48,70 mg.L-1 de concentração, LD e LQ iguais a 0,057 mg.L-1 e 0,188 mg.L-1, respectivamente
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