A construção jesuítica do levante e expulsão da Companhia de Jesus do Maranhão (1661 e 1684)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Roberta Lobão de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/103
Resumo: Este artigo centra-se na análise da representação dos conflitos de 1661 e 1684, ocorridos no Maranhão, que se encontram na Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698) escrita pelo padre jesuíta João Felipe Bettendorff. Os dois motins tiveram como mote a utilização do indígena como mão de obra escrava pelos moradores do Maranhão. Estes conflitos foram emblemáticos para a Companhia de Jesus, pois resultaram, ambos, em expulsões da Ordem das terras maranhenses. No relato desses conflitos, encontramos o discurso retórico do gênero deliberativo, já que o padre Bettendorff tece discursos que visam mostrar e ressaltar os erros dos líderes dos movimentos e como seus atos, supostamente, não possuíam utilidade para a salvação de suas almas, ou mesmo para sua vida civil. O padre ainda trata da justiça e da injustiça dos colonos em relação aos indígenas e aos inacianos, ressaltando que, no seu entendimento, os atos não foram guiados “pela razão e pela piedade”, mas sim “pela ganância”, especialmente quando afirma que “os moradores estavam cegos pela sua cobiça e não discerniam a veleidade de seus atos”
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