O jornalismo luso-brasileiro em Londres (1808-1822)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/285 |
Resumo: | Através de seis janelas de leituras identificadas como conceitos, esta tese investigará a emergência do jornalismo e da dispersão regular e periódica de ideias políticas em língua portuguesa. Isso implica se debruçar sobre a situação específica da imprensa luso-brasileira em Londres entre 1808 e 1822, i. é, desde o pioneirismo do brasileiro Hipólito da Costa até o avanço das Cortes de Lisboa e o crescimento na demanda dos jornais. No seio da comunidade portuguesa emigrada em Londres e profundamente influenciados pelos ideais de sociabilidade londrinos, os portugueses buscaram argumentos e ideias para salvar o reino luso-brasileiro da iminente crise política, social e econômica, propondo planos de reorganização nacional ao mesmo tempo em que formas tradicionais de mito e utopia política. Os jornalistas lusófonos que se ambientaram nessa comunidade inauguraram modelos comunicativos importantes para o delineamento de sua prática profissional. Eles ajudaram a compor a vanguarda intelectual da sociedade luso-brasileira na modernidade e, por estarem livres da censura, manifestaram-se com relativa autonomia sobre temas considerados caros ao futuro do reino que ia se tornando nação. Os principais destes jornalistas são: Hipólito José da Costa, responsável pelo Correio Braziliense (1808-1822); José Liberato, pelo Investigator (1813-1819) e Campeão (1819-1821); João Bernardo da Rocha Loureiro, pelo Espelho (1813-1814) e Português (1814-1822); Joaquim Ferreira de Freitas, pelo Padre Amaro (1820-1826) e, por fim, Francisco Alpoim de Meneses, autor de O Microscópio de Verdades (1814) e José Anselmo Correias Henrique, d’O Argus (1809) e O Zurrague (1821). Para operacionalizar esta investigação, dividimos a tese em linhas de análise identificadas com conceitos considerados importantes: cidade, indivíduo, nação, utopia, comunicação e jornalismo. Trata-se de buscar lançar um ouvido mais aguçado ao passado histórico através de uma proposta de análise em que o documento histórico e o estudioso se interpenetram para melhor compreender a realidade da história. Ao fim e ao cabo, será possível perceber que, longe de uma construção ontológica que remete à Antiguidade, as práticas jornalísticas são uma dádiva do pensamento moderno, ajudando a textualiza-lo e a instrumentalizar a esfera pública |
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O jornalismo luso-brasileiro em Londres (1808-1822)Ilustração luso-brasileiraNaçãoUtopiaEpistemologia da comunicaçãoHistória do jornalismoLuso-Brazilian enlightenmentHistory of journalismNationEpistemology of communicationAtravés de seis janelas de leituras identificadas como conceitos, esta tese investigará a emergência do jornalismo e da dispersão regular e periódica de ideias políticas em língua portuguesa. Isso implica se debruçar sobre a situação específica da imprensa luso-brasileira em Londres entre 1808 e 1822, i. é, desde o pioneirismo do brasileiro Hipólito da Costa até o avanço das Cortes de Lisboa e o crescimento na demanda dos jornais. No seio da comunidade portuguesa emigrada em Londres e profundamente influenciados pelos ideais de sociabilidade londrinos, os portugueses buscaram argumentos e ideias para salvar o reino luso-brasileiro da iminente crise política, social e econômica, propondo planos de reorganização nacional ao mesmo tempo em que formas tradicionais de mito e utopia política. Os jornalistas lusófonos que se ambientaram nessa comunidade inauguraram modelos comunicativos importantes para o delineamento de sua prática profissional. Eles ajudaram a compor a vanguarda intelectual da sociedade luso-brasileira na modernidade e, por estarem livres da censura, manifestaram-se com relativa autonomia sobre temas considerados caros ao futuro do reino que ia se tornando nação. Os principais destes jornalistas são: Hipólito José da Costa, responsável pelo Correio Braziliense (1808-1822); José Liberato, pelo Investigator (1813-1819) e Campeão (1819-1821); João Bernardo da Rocha Loureiro, pelo Espelho (1813-1814) e Português (1814-1822); Joaquim Ferreira de Freitas, pelo Padre Amaro (1820-1826) e, por fim, Francisco Alpoim de Meneses, autor de O Microscópio de Verdades (1814) e José Anselmo Correias Henrique, d’O Argus (1809) e O Zurrague (1821). Para operacionalizar esta investigação, dividimos a tese em linhas de análise identificadas com conceitos considerados importantes: cidade, indivíduo, nação, utopia, comunicação e jornalismo. Trata-se de buscar lançar um ouvido mais aguçado ao passado histórico através de uma proposta de análise em que o documento histórico e o estudioso se interpenetram para melhor compreender a realidade da história. Ao fim e ao cabo, será possível perceber que, longe de uma construção ontológica que remete à Antiguidade, as práticas jornalísticas são uma dádiva do pensamento moderno, ajudando a textualiza-lo e a instrumentalizar a esfera públicaThrough six reading windows identified with concepts, this thesis will investigate the emergence of journalism and regular and periodical dispersion of political ideas in Portuguese. This implies study the specific situation of the Luso–Brazilian press in London between 1808 and 1822, from the Brazilian pioneer Hipólito da Costa to the advancement of the Cortes of Lisbon and the growth in demand for newspapers. Within the Portuguese immigrant community in London and profoundly influenced by the illustrated ideals of sociability, the Portuguese sought arguments and ideas to save the Luso-Brazilian Kingdom of impeding political, social and economic crisis, proposing plans of national reorganization and forms of traditional myth and political utopia. Portuguese-speaking journalists who acclimatedin this community inaugurated important communicative models for the design of their professional journalistic practice. They helped to form an intellectual vanguard of Luso-Brazilian society in modernity, and being free from censorship, expressed with relative autonomy over issues considered expensive to the future of the kingdom. The main journalists were: Hipólito José da Costa, accountable for Correio Braziliense (1808-1822); José Liberato, for Investigator (1813-1819) and Campeão (1819-1821); João Bernardo da Rocha Loureiro, for Espelho (1813-1814) and Português (1814-1822); Joaquim Ferreira de Freitas, for Padre Amaro (1820-1826) and, by the end, Francisco Alpoim de Meneses, author of O Microscópio de Verdades (1814) and José Anselmo Correias Henrique, of O Argus (1809) and O Zurrague (1821). To operationalize this research, we divided the thesis into lines of analysis identified with concepts considered important: city, individual, nation, utopia, communication and journalism. What we tried to do was launch a keener ear to the historical past through a proposal for a hermeneutic analysis, since the historical subject and scholar intertwine to better understand reality. After all, that far from an ontological construct that refers to the Antiquity, journalistic practices are perceived as a gift of modern thought, helping textualize it and even being crucial to the manipulation of the public sphereNeves, Guilherme Pereira dasBarata, Alexandre MansurNeves, Lúcia Maria Bastos PereiraGuimarães, Carlos GabrielFrança, Jean Marcel Carvalho eMunaro, Luis Francisco2014-05-16T19:49:49Z2014-05-16T19:49:49Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMUNARO, Luis Francisco. 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