O funcionamento do silêncio nas revistas Veja e IstoÉ no discurso sobre as manifestações de 2013/2014
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/3344 |
Resumo: | O presente trabalho tem por objetivo analisar, fundamentado nos pressupostos teórico-metodológicos de Análise do Discurso, proposta por Michel Pêcheux e, baseando-se também no conceito de silêncio, formulado por Eni Orlandi, como as revistas Veja e Isto É noticiaram, produzindo efeitos de sentidos, as manifestações que ocorreram em junho de 2013 e como essas publicações relataram esses eventos após um ano, em 2014, no Brasil. Considerando que a análise discursiva pressupõe levar em conta o discurso em suas condições de produção, objetiva-se discutir a respeito do papel da mídia, relacionando à produção de sentidos para as manifestações como acontecimento jornalístico (Dela-Silva, 2011). O corpus do trabalho é constituído por edições das revistas Veja e Isto É, duas publicações representantes das chamadas revistas semanais de informação brasileiras, que apresentaram como destaque em suas capas as manifestações de junho de 2013 em comparação às edições referentes às mesmas datas, publicadas em 2014. As reportagens sobre as manifestações de 2013 foram destaques nas capas em três edições consecutivas na revista Isto É e em cinco edições em Veja. Em 2014, Veja e Isto É publicaram em suas capas reportagens sobre a copa do mundo de futebol, com poucas referências às manifestações do ano anterior. Assim, as manifestações são citadas de forma indireta em reportagens variadas, sem qualquer menção ao evento histórico que havia ocorrido no país um ano antes. Apesar de não aparecerem nas capas e raramente nas principais reportagens que integram as publicações, houve manifestações populares em 2014, principalmente nas cidades que sediaram os jogos da seleção brasileira, o que nos leva a refletir acerca das causas que motivaram esse silêncio por parte das publicações. A princípio, as duas revistas parecem sustentar seus dizeres em discursos distintos, mas em relação ao apagamento no aniversário de uma das maiores manifestações da história do país, as duas revistas dialogam com o mesmo discurso: o silêncio |
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