Avaliação in vivo do reparo óssea após implantação de microsferas de hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada contendo flúor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral Júnior, Marlon Ribeiro do
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22429
Resumo: O tratamento dos defeitos ósseos ainda hoje é um desafio enfrentado pela clínica diária. A busca por um material ideal vem sendo alvo das pesquisas a fim de suprir a necessidade dos pacientes, como uma alternativa ao enxerto autógeno, evitando a morbidade de novos sítios cirúrgicos. Métodos alternativos para uma regeneração óssea têm sido apresentados através de materiais biomiméticos que possam ser biocompatíveis e osteocondutores. Dentre esses materiais, a hidroxiapatita apresenta características físico-químicas que permitem substituições iônicas a fim de alcançar os aspectos ideais para mimetizar a apatita biológica. O objetivo deste estudo foi avaliar in vivo a biocompatibilidade, os efeitos osteocondutores e de bioabsorção de microesferas de hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada contendo flúor. As microesferas foram caracterizadas previamente a sua instalação nos defeitos ósseos através de, Difração de Raios X (DRX), Espectroscopia Vibracional no Infra Vermelho por Transformada de Fourier (EVIVTF) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os defeitos ósseos mediam 2 mm de diâmetro e, foram realizados em tíbias de ratos Wistar (n=40), os quais foram divididos aleatoriamente em 4 grupos experimentais: Grupo I, controle, contendo coágulo, Grupo II, hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada 37 ºC (cHA), grupo III, hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada contendo flúor 2% (cHAF 2%), e grupo IV hidroxiapatita carbonatada nanoestruturada contendo flúor 5% (cHAF 5%). Após os períodos experimentais de 7 e 21 dias os animais foram eutanasiados (n= 5/grupo/período experimental). As amostras obtidas foram processadas histologicamente para análise descritiva e histomorfométrica. A análise estatística, com médias e intervalos de confiança (p<0,05), foi baseada no teste paramétrico Two-Way ANOVA e pós teste de Tukey para avaliação entre os grupos e, o teste T de Student para avaliação das diferenças entre os mesmos grupos nos diferentes períodos experimentais. Os resultados dos testes foram relacionados aos parâmetros de osso neoformado, que demonstrou maior formação no grupo coágulo seguido da cHA, biomaterial remanescente que apresentou maior remanescente no grupo cHAF 2% e, tecido conjuntivo que evidenciou maior quantidade no grupo cHA. Conclui-se que a adição de flúor altera as características físico-químicas dos biomateriais aumentando a cristalinidade, a neoformação óssea ocorre em todos os grupos e, a taxa de absorção foi menor nos grupos contendo flúor ao final de 21 dias. Sendo assim os biomateriais contendo flúor são biocompatíveis e osteocondutores, porém não apresentaram melhores resultados no reparo ósseo quando comparados com os grupos coágulo e cHA.
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