Direito fundamental à saúde e reserva do possível: uma análise dos limites da alegação de escassez orçamentária na judicialização da saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24289 |
Resumo: | A presente pesquisa tem por tema o conflito entre o direito fundamental à saúde e a reserva do possível no âmbito da judicialização da saúde. Com o crescente número de ações judiciais demandando prestações positivas do Estado na área da saúde, é frequente que o Poder Público invoque a necessidade de respeito à reserva do possível para justificar a impossibilidade de atender todas as demandas. Nesse sentido, o objetivo do trabalho consistiu em analisar os limites da alegação da reserva do possível nos processos judiciais que versam sobre o direito à saúde. Para isso, foi utilizado o método da pesquisa bibliográfica, através da análise de doutrina e artigos científicos, bem como o método da análise jurisprudencial, buscando entender como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro vem se posicionando acerca do tema. Constatou-se que a reserva do possível não pode ser alegada de forma genérica nas demandas de saúde, sendo necessária a comprovação objetiva de ausência de recursos pelo Estado. Concluiu-se também que o mínimo existencial atua como parâmetro nas demandas judiciais de saúde, limitando o campo de alegação da reserva do possível na medida em que busca proteger as condições mínimas de uma vida humana digna. |
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Direito fundamental à saúde e reserva do possível: uma análise dos limites da alegação de escassez orçamentária na judicialização da saúdeDireito à saúdeJudicialização da saúdeReserva do possívelDireito à saúdePrincípio da reserva do possívelPolítica de saúdeJudicialização da políticaNecessidades básicasRight to healthReserve of the possibleJudicialization of healthA presente pesquisa tem por tema o conflito entre o direito fundamental à saúde e a reserva do possível no âmbito da judicialização da saúde. Com o crescente número de ações judiciais demandando prestações positivas do Estado na área da saúde, é frequente que o Poder Público invoque a necessidade de respeito à reserva do possível para justificar a impossibilidade de atender todas as demandas. Nesse sentido, o objetivo do trabalho consistiu em analisar os limites da alegação da reserva do possível nos processos judiciais que versam sobre o direito à saúde. Para isso, foi utilizado o método da pesquisa bibliográfica, através da análise de doutrina e artigos científicos, bem como o método da análise jurisprudencial, buscando entender como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro vem se posicionando acerca do tema. Constatou-se que a reserva do possível não pode ser alegada de forma genérica nas demandas de saúde, sendo necessária a comprovação objetiva de ausência de recursos pelo Estado. Concluiu-se também que o mínimo existencial atua como parâmetro nas demandas judiciais de saúde, limitando o campo de alegação da reserva do possível na medida em que busca proteger as condições mínimas de uma vida humana digna.This study aims to analyze the conflict between the fundamental right to health and a principle called the “reserve of the possible”. With the growing number of legal actions demanding material positive provisions from the State in the health area, it is common that the government argue the reserve of the possible to justify the impossibility of satisfy all demands. From this perspective, the objective of this study was to analyze the limits of the reserve of the possible in legal actions in the health area. The method chosen was the bibliographic research and the study of la cases, trying to understand how the Brazilian Supreme Court and the Court of Justice of the State of Rio de Janeiro has been applying the reserve of the possible and the right to health. It was verified that the reserve of the possible cannot be argued by the government in a generic way in the legal actions of health area. State must prove objectively the absence of public money. Furthermore, it was concluded that the existential minimum act as a parameter in judicial health claims, limiting the allegation of the reserve of the possible, as it seeks to protect the minimum conditions for a dignified human life.Universidade Federal FluminenseNiteróiCardoso, Raquel NeryPatrão, Benedicto de Vasconcellos Luna GonçalvesAlves, Natalia SilveiraGonçalves, Juliana Costa2022-01-24T04:59:43Z2022-01-24T04:59:43Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfGONÇALVES, Juliana Costa. Direito fundamental à saúde e reserva do possível: uma análise dos limites da alegação de escassez orçamentária na judicialização da saúde. Orientadora: Raquel Nery Cardozo. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.http://app.uff.br/riuff/handle/1/24289Aluno de GraduaçãoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-05-11T15:36:54Zoai:app.uff.br:1/24289Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-05-11T15:36:54Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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A presente pesquisa tem por tema o conflito entre o direito fundamental à saúde e a reserva do possível no âmbito da judicialização da saúde. Com o crescente número de ações judiciais demandando prestações positivas do Estado na área da saúde, é frequente que o Poder Público invoque a necessidade de respeito à reserva do possível para justificar a impossibilidade de atender todas as demandas. Nesse sentido, o objetivo do trabalho consistiu em analisar os limites da alegação da reserva do possível nos processos judiciais que versam sobre o direito à saúde. Para isso, foi utilizado o método da pesquisa bibliográfica, através da análise de doutrina e artigos científicos, bem como o método da análise jurisprudencial, buscando entender como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro vem se posicionando acerca do tema. Constatou-se que a reserva do possível não pode ser alegada de forma genérica nas demandas de saúde, sendo necessária a comprovação objetiva de ausência de recursos pelo Estado. Concluiu-se também que o mínimo existencial atua como parâmetro nas demandas judiciais de saúde, limitando o campo de alegação da reserva do possível na medida em que busca proteger as condições mínimas de uma vida humana digna. |
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