Arte e megaeventos esportivos no Rio de Janeiro: contranarrativas na cidade turística

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barone, Alexandre Luiz Frechette
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9589
http://dx.doi.org/10.22409/PPGTUR.2018.m.07948481761
Resumo: Este trabalho se fundamenta no contexto da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Procura elencar suas contradições inerentes para desenvolver as ideias de cidade-mercadoria, gentrificação e de uma cidade turística excludente para os seus cidadãos. A teoria das controvérsias de Bruno Latour é um dos métodos utilizados que procurou evidenciar as contradições fundamentais destes megaeventos no Brasil. O sentido de contrapoder em Foucault e sua ideia de resistência se aliam ao debate como forma de situar o viés político da arte e dos artistas aqui pesquisados que ofereciam uma contranarrativa à presença destes megaeventos. Para a coleta de dados foram adotadas entrevistas; recorri à memória de uma vivência com grupos ativistas e à minha própria experiência artística, a partir de 2013, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. As jornadas de junho de 2013 também foram chave, portanto, para entender a arte e as ações estético-políticas que questionavam os modelos de megaeventos esportivos na cidade e ofereciam uma espécie de resposta a estes espetáculos totalizantes. A filosofia da diferença de Deleuze e Guatarri e a noção de hostilidade em Derrida também foram importantes para o entendimento do turismo em sua forma mais abrangente e humana, como fenômeno social. Para isso, os escritos radicais de Hakim Bey foram fonte para crítica a uma ideia de turismo convencional ou hegemônico/capitalista e o estudo dos museus, dos espaços autônomos de arte contemporânea e das políticas públicas culturais serviram como plataforma vital de entendimento do contexto que unia estes dois campos do saber: o turismo e as artes. Recorri aos estudos dos autores destas áreas específicas como John Urry no turismo e Jacques Rancière nas artes para estabelecer uma relação de conhecimento, a partir dos conceitos de território, mobilidade, ocupações e insurreições urbanas cujo cenário do Rio de Janeiro em 2014 e 2016 se inseria
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Para a coleta de dados foram adotadas entrevistas; recorri à memória de uma vivência com grupos ativistas e à minha própria experiência artística, a partir de 2013, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro. As jornadas de junho de 2013 também foram chave, portanto, para entender a arte e as ações estético-políticas que questionavam os modelos de megaeventos esportivos na cidade e ofereciam uma espécie de resposta a estes espetáculos totalizantes. A filosofia da diferença de Deleuze e Guatarri e a noção de hostilidade em Derrida também foram importantes para o entendimento do turismo em sua forma mais abrangente e humana, como fenômeno social. Para isso, os escritos radicais de Hakim Bey foram fonte para crítica a uma ideia de turismo convencional ou hegemônico/capitalista e o estudo dos museus, dos espaços autônomos de arte contemporânea e das políticas públicas culturais serviram como plataforma vital de entendimento do contexto que unia estes dois campos do saber: o turismo e as artes. Recorri aos estudos dos autores destas áreas específicas como John Urry no turismo e Jacques Rancière nas artes para estabelecer uma relação de conhecimento, a partir dos conceitos de território, mobilidade, ocupações e insurreições urbanas cujo cenário do Rio de Janeiro em 2014 e 2016 se inseriaThis work is based on the context of the 2014 FIFA World Cup and the Rio 2016 Olympic Games. It seeks to highlight its inherent contradictions in order to develop the ideas of city-merchandise, gentrification and a tourist city excluding its citizens. Bruno Latour's controversy theory is one of the methods used to highlight the fundamental contradictions of these mega-events in Brazil. The sense of counter power in Foucault and his idea of resistance allied themselves with the debate as a way of situating the political bias of the art and of the artists researched here that offered a counter-narrative to the presence of these mega-events. Data were collected for interviews; I used the memory of an experience with activist groups and my own artistic experience, starting in 2013, on the streets of the city of Rio de Janeiro. The days of June 2013 were also key, therefore, to understand the art and the aesthetic-political actions that questioned the models of mega-sport events in the city and offered a kind of response to these totalizantes spectacles. The philosophy of Deleuze and Guatarri's difference and the notion of hostility in Derrida were also important for the understanding of tourism in its most comprehensive and human form as a social phenomenon. Hakim Bey's radical writings were critical for an idea of conventional or hegemonic/capitalist tourism, and the study of museums, autonomous spaces of contemporary art, and public cultural policies served as a vital platform for understanding the context that united these two fields of knowledge: tourism and the arts. I have studied the authors of these specific areas such as John Urry in tourism and Jacques Rancière in the arts to establish a relationship of knowledge, based on the concepts of territory, mobility, occupations and urban insurrections whose scenario of Rio de Janeiro in 2014 and 2016199f.Godoy, Karla EstelitaLifschitz, Javier AlejandroVasconcellos, Jorge Luiz Rocha deMachado, Marcello de Barros Toméhttp://lattes.cnpq.br/9551195992860908http://lattes.cnpq.br/7899304734293116http://lattes.cnpq.br/6321300845413648http://lattes.cnpq.br/8875730278638101http://lattes.cnpq.br/0104238421949775Barone, Alexandre Luiz Frechette2019-05-22T16:24:38Z2019-05-22T16:24:38Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfBORONE, Alexandre Luiz Frechette. Arte e megaeventos esportivos no Rio de Janeiro: contranarrativas na cidade turística. 2018. 199f. 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