Icariin reduz a perda celular induzida por peróxido de hidrogênio em culturas de célula da retina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Vinícius Rodrigues
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31146
Resumo: A medicina tradicional chinesa utiliza uma grande variedade de ervas com propriedades benéficas. Dentre elas está a Herba Epimedium, rica em Icariin (ICA), um flavonóide com diferentes ações em órgãos e sistemas. Modelos animais e estudos in silico já revelaram a ICA como um potencial agente contra a apoptose, mediando a redução do estresse oxidativo e aumentando o fluxo autofágico. Ainda não se sabe o principal alvo molecular da ICA, mas estudos emergentes indicam que a ação da ICA e moléculas semelhantes (como kaempferol) passam pela ativação da sirtuína-1(SIRT-1), Estudos com células da retina, uma estrutura que também pertence ao SNC, ainda são escassos. A produção celular de espécies reativas de oxigênio (ROS) é algo inerente ao metabolismo. Caso as defesas antioxidantes não consigam equilibrar esta produção, a célula sai da homeostase e entra em desbalanço oxidativo, o qual pode gerar danos celulares e apoptose. Diversas doenças que acometem a retina possuem como uma de suas patogenias o estresse oxidativo. Dessa maneira, a busca de novos fármacos para o tratamento e/ou prevenção dessas doenças se torna urgente. Com isso, o atual trabalho se propôs avaliar o efeito protetor da ICA em culturas de células da retina expostas ao estresse oxidativo induzido por H2O2, Para isso, culturas mistas de células da retina preparadas a partir de embriões de galinha de 8 dias (E8) foram submetidas ao tratamento com diferentes concentrações de H2O2 (100, 300 e 500 μM e 1 e 2mM) na presença ou ausência de ICA (1, 2,5, 5, 10, 20 e 40μM). A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de MTT. Os dados revelaram que o tratamento com ICA por 24 horas não afetou a viabilidade celular. Por sua vez, culturas submetidas por 2 horas a concentrações crescentes de H2O2 apresentaram uma redução na viabilidade celular. De maneira interessante, quando as culturas foram pré-tratadas com as concentrações de ICA e submetidas ao insulto com 100 μM de H2O2, a morte celular foi reduzida, com as concentrações de 2,5 μM e 5 μM inibindo completamente esta morte. Entretanto, o tratamento com ICA nas concentrações estudados foi incapaz de reverter a morte celular induzida por 1 mM de H2O2,. Os resultados em conjunto revelam que ICA possui uma ação neuroprotetora nas concentrações estudadas contra o insulto com 100 μM de H2O2, embora os mecanismos moleculares ainda permaneçam indefinidos
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Caso as defesas antioxidantes não consigam equilibrar esta produção, a célula sai da homeostase e entra em desbalanço oxidativo, o qual pode gerar danos celulares e apoptose. Diversas doenças que acometem a retina possuem como uma de suas patogenias o estresse oxidativo. Dessa maneira, a busca de novos fármacos para o tratamento e/ou prevenção dessas doenças se torna urgente. Com isso, o atual trabalho se propôs avaliar o efeito protetor da ICA em culturas de células da retina expostas ao estresse oxidativo induzido por H2O2, Para isso, culturas mistas de células da retina preparadas a partir de embriões de galinha de 8 dias (E8) foram submetidas ao tratamento com diferentes concentrações de H2O2 (100, 300 e 500 μM e 1 e 2mM) na presença ou ausência de ICA (1, 2,5, 5, 10, 20 e 40μM). A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de MTT. Os dados revelaram que o tratamento com ICA por 24 horas não afetou a viabilidade celular. Por sua vez, culturas submetidas por 2 horas a concentrações crescentes de H2O2 apresentaram uma redução na viabilidade celular. De maneira interessante, quando as culturas foram pré-tratadas com as concentrações de ICA e submetidas ao insulto com 100 μM de H2O2, a morte celular foi reduzida, com as concentrações de 2,5 μM e 5 μM inibindo completamente esta morte. Entretanto, o tratamento com ICA nas concentrações estudados foi incapaz de reverter a morte celular induzida por 1 mM de H2O2,. Os resultados em conjunto revelam que ICA possui uma ação neuroprotetora nas concentrações estudadas contra o insulto com 100 μM de H2O2, embora os mecanismos moleculares ainda permaneçam indefinidosTraditional Chinese medicine utilizes a variety of medicinal herbs, including Herba Epimedium, which is rich in Icariin (ICA), a flavonol with diverse effects on organs and systems. Animal models and in silico studies have indicated that ICA has potential as an agent against apoptosis, reducing oxidative stress and enhancing autophagic flux. The primary molecular target of ICA is not yet known, but emerging studies suggest that ICA and similar molecules (such as kaempferol) may activate SIRT- 1. However, research on retinal cells, which are part of the central nervous system, is scarce. Cellular production of reactive oxygen species (ROS) is inherent to metabolism, and if antioxidant defenses fail to balance this production, cells experience oxidative imbalance, leading to cellular damage and apoptosis. Oxidative stress is involved in various retinal diseases, highlighting the urgent need for new drugs for treatment and prevention. Hence, this study aimed to evaluate the protective effect of ICA in retinal cell cultures exposed to oxidative stress induced by H2O2. Mixed retinal cell cultures derived from 8-day-old chicken embryos (E8) were treated with different concentrations of H2O2 (100, 300 and 500 μM, 1, 2 mM) in the presence or absence of ICA (1, 2,5, 5, 10, 20, and 40 μM). Cell viability was assessed using the MTT assay. The results showed that 24- hour treatment with ICA did not affect cell viability. However, cultures exposed to increasing concentrations of H2O2 for 2 hours exhibited reduced cell viability. Interestingly, pre-treating the cultures with ICA concentrations and subjecting them to 100 μM H2O2 insult reduced the loss of cell viabillity, yet the concentrations of 2,5 μM and 5 μM completely inhibiting this loss. However, the studied concentrations of ICA were unable to reverse cell death induced by 1 mM H2O2, These results collectively reveal that ICA exhibits neuroprotective action at the studied concentrations against 100 μM H2O2 insult, although the molecular mechanisms remain undefined35 f.Silva, Rafael Brito dahttp://lattes.cnpq.br/5279568988466735Calaza, Karin da Costahttp://lattes.cnpq.br/5859948736421528Souza, Thayane Martins SilvaOliveira, Isabelle dehttp://lattes.cnpq.br/9581753177777697Soares, Vinícius Rodrigues2023-11-16T20:01:59Z2023-11-16T20:01:59Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/31146CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-11-16T20:02:03Zoai:app.uff.br:1/31146Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:56:25.554062Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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