Deserto excessivo: convivência de múltiplos em António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira e Luís Miguel Nava
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/3775 |
Resumo: | Na literatura portuguesa produzida a partir da metade do século 20, uma paisagem chama a atenção pela frequência com que aparece e, principalmente, pelas questões que movimenta: o deserto. Projetando-a sobre o pano histórico e cultural de Portugal, deparamos com seu papel de refutação contrastante em relação ao mar. Guiados pelos poetas Carlos de Oliveira, Luís Miguel Nava e António Ramos Rosa, verificamos que o deserto constitui uma “obsessão” imagética e mesmo conceitual na poesia portuguesa moderna, pois não pode ser entendido apenas em seu sentido referencial, mas sim passível de leitura mesmo quando tal vocábulo não se imprime no papel. Por isso, mais do que apenas persegui-lo enquanto significante, importa observar imagens e processos que escrevem esvaziamentos ou deserções do conhecido, atentando para o fato de que esses desertos poéticos não funcionam apenas com sinal de negativo: eles representam a potência de multiplicidade; canais de trocas e passagens; abertura para outros (sujeitos, configurações de mundo e linguagens); e reclamação por liberdade. Neste trabalho, propomos a expressão função deserto para conceituar e sintetizar estes desertos poéticos que, na modernidade portuguesa, são potência, muito mais do que exclusão |
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Deserto excessivo: convivência de múltiplos em António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira e Luís Miguel NavaDesertoCarlos de OliveiraLuís Miguel NavaAntónio Ramos RosaLiteratura portuguesaPoesia portuguesa -- crítica e interpretação -- século XXOliveira, Carlos de, 1921-1981- crítica e interpretaçãoNava, Luís Miguel 1957-1995 - crítica e interpretaçãoRosa, António Ramos 1924- crítica e interpretaçãoDesertNa literatura portuguesa produzida a partir da metade do século 20, uma paisagem chama a atenção pela frequência com que aparece e, principalmente, pelas questões que movimenta: o deserto. Projetando-a sobre o pano histórico e cultural de Portugal, deparamos com seu papel de refutação contrastante em relação ao mar. Guiados pelos poetas Carlos de Oliveira, Luís Miguel Nava e António Ramos Rosa, verificamos que o deserto constitui uma “obsessão” imagética e mesmo conceitual na poesia portuguesa moderna, pois não pode ser entendido apenas em seu sentido referencial, mas sim passível de leitura mesmo quando tal vocábulo não se imprime no papel. Por isso, mais do que apenas persegui-lo enquanto significante, importa observar imagens e processos que escrevem esvaziamentos ou deserções do conhecido, atentando para o fato de que esses desertos poéticos não funcionam apenas com sinal de negativo: eles representam a potência de multiplicidade; canais de trocas e passagens; abertura para outros (sujeitos, configurações de mundo e linguagens); e reclamação por liberdade. Neste trabalho, propomos a expressão função deserto para conceituar e sintetizar estes desertos poéticos que, na modernidade portuguesa, são potência, muito mais do que exclusãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorIn Portuguese literature produced from the mid-20th century onwards, a landscape calls attention because of the frequency with which it appears, and especially because of the issues that it moves: the desert. Projecting it onto the historical and cultural background of Portugal, we see it’s role of contrasting refutation in relation with the sea. Guided by poets Carlos de Oliveira, Luís Miguel Nava and António Ramos Rosa, we found that the desert constitutes an imagetic and even conceptual “obsession” in modern Portugese poetry, because it can not be understood only in its referential sense, but readable even when this word is not printed on paper. So, more than just chase it while signifier, it’s important to observe images and writing processes of dissections or defections from the known, attempting to the fact that these poetic deserts do not work only with negative sign: they represent the power of multiplicity; trade channels and passages; openness to others (subjects and world and language settings); and a claiming for freedom. In this paper, we propose the expression função deserto (desert function) to conceptualize and synthesize these poetic deserts that, in Portuguese modernity, become power, much more than exclusionAlves, Ida Maria Santos FerreiraSilveira, Jorge Fernandes daYokozawa, Solange Fiuza CardosoSilva, Sofia Maria de SousaGandolfi, Leonardo Garcia SantosErhtal, Aline Duque2017-06-01T17:45:43Z2017-06-01T17:45:43Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/3775CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-12-14T20:27:51Zoai:app.uff.br:1/3775Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:14:22.075911Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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