Quantificação do marcador biológico ácido barbinérvico na espécie AMAZÔNICA Eugenia punicifolia (Kunth) DC (Myrtaceae).

• Autor(a) principal: Duarte, Glauce Christian Alves
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27616; http://dx.doi.org/10.22409/PPG-CAPS.2021.d.08115216720
• topic: Ácido Barbinérvico; Eugenia Punicifolia; Quimiometria; Rmnq; Triterpenos; Ácido Barbinérvico; Eugenia Punicifolia; Rmnq; Triterpenos; Produção intelectual; Barbinervic Acid; Eugenia Punicifolia; Chemometrics; Qnmr; Triterpenes

Eugenia punicifolia (Kunth) DC (Myrtaceae) (EP), conhecida popularmente como pedra-ume-caá e insulina vegetal, é uma espécie pouco explorada que, tradicionalmente, é utilizada como hipoglicemiante e vem demonstrando atividades farmacológicas importantes, como efeitos pró-colinérgicos, anti-inflamatórios e com potenciais efeitos em doenças neurodegenerativas. Estudos de nosso grupo de pesquisa identificaram em extratos das folhas desta espécie atividades citostática, anti-inflamatória e ativadora de mecanismos de remodelação do músculo esquelético associados ao ácido barbinérvico (ABa), um ácido triterpênico pentacíclico (AcTP). Baseado nestes estudos, o presente trabalho objetivou identificar e quantificar o ABa em extratos das folhas de E. punicifolia coletadas sazonalmente na região amazônica. Os extratos das folhas da espécie foram analisados qualitativamente e quantitativamente por Ressonância Magnética Nuclear (RMN), técnica recentemente incluída em monografias farmacopeicas, como as Farmacopeias Americana e Europeia. As folhas secas de E. punicifolia coletadas no verão (V) e inverno (I) amazônicos foram submetidas a três diferentes tipos de extração: maceração em diclorometano e metanol (rendimento médio: 1,70 e 6,73%, respectivamente); extração assistida por ultrassom em diclorometano e metanol (rendimento médio: 0,77 e 13,39%, respectivamente); e extração ácido-base com etanol alcalinizado (rendimento médio: 1,11%). A prospecção fitoquímica dos extratos brutos das folhas indicou a presença de triterpenos, taninos, flavonoides e esteroides. A quantificação por HPLC-DADdos extratos brutos diclorometânicos obtidos por maceração das folhas coletadas no inverno de 2016 (EPI16) e verão de 2017 (EPV17) mostraram teores de ABa iguais a 0,00517 e 0,00632%, respectivamente e ainda a presença de outros ácidos triterpênicos como ácidos rotungênico, 24-hidroxi-ursólico, ursólico e oleanólico. As análises por RMN mostraram que o metanol não foi capaz de extrair quantidades detectáveis de ABa das folhas de E. punicifolia e não foi capaz de distinguir o ABa dos demais AcTP. Os teores de AcTP medidos por RMN, incluindo amostras de inverno e verão, foram: dos extratos brutos diclorometânicos obtidos por maceração (teor médio: 0,23%), da extração assistida por ultrassom (teor médio: 0,21%) e da fração triterpênica obtida por extração ácido-base (0,22%). A separação dos extratos brutos por métodos quimiométricos baseada nos teores de ácidos triterpênicos mostrou que a estatística multivariada foi capaz de diferenciar os extratos de acordo com a estação do ano e com o método extrativo realizado a partir das folhas de E. punicifolia.