O perfil epidemiológico dos cuidadores de idosos com demência de uma instituição de saúde do Município de Niterói-RJ

• Autor(a) principal: Jacoud, Maria Virginia Lyra
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29091
• topic: Demência; Cuidadores; Enfermagem familiar; Saúde do idoso; Qualidade de vida; Dementia; Caregivers; Family nursing

A demência é uma síndrome essencialmente de natureza crônica e progressiva, que afetam a memória, o comportamento, assim como a capacidade de realizar atividades de vida diária. O transtorno demencial torna-se uma via de mão dupla, a qual a demência gera impactos na qualidade de vida do cuidador e podendo influenciar na prestação dos cuidados. A relevância do estudo surge por possibilitar a identificação dos níveis da sobrecarga do cuidado aos idosos com demência e sua associação com fatores relacionados ao cuidado. Esse fato permite o planejamento de cuidados, a manutenção da qualidade de vida do cuidador, além de trazer benefícios para o mesmo atuando na melhoria da qualidade dos cuidados prestados. Logo, o objetivo desse estudo é avaliar o perfil sociodemográfico e clínico dos cuidadores e sua relação com a sobrecarga proveniente do cuidado ao idoso com demência. Trata-se de um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi realizada com 92 cuidadores de idosos com demência. O cenário utilizado para a coleta de dados foi o Centro de Atenção à Saúde do Idosos e seus Cuidadores (CASIC) durante as consultas de enfermagem. A coleta de dados ocorreu de agosto a março de 2017 com os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico e Escala de Zarit. Os resultados obtidos após a análise das variáveis foram: 50% dos cuidadores apresentaram sobrecarga moderada, 38% apresentavam pouca sobrecarga e 12% apresentaram sobrecarga moderada/severa. Observou-se que: 1% não usa nenhum medicamento, 77% usam de 1 a 5 medicamentos e 22% ingerem de 6 a 11 medicamentos. Dessa forma, fica claro que a que a dependência dos idosos para a realização de suas atividades de vida diária, a falta de apoio social na divisão do cuidado e a sobrecarga do cuidado leva o indivíduo que cuida experienciar condições de vulnerabilidade biológica, psicológica e social.