Avaliação da perda de marcas metálicas em tartarugas-verdes (Chelonia mydas LINNAEUS, 1758) na Reserva Extrativista Marinha de Itaipu, Niterói, RJ - Brasil

• Autor(a) principal: Almeida, Gabrielle Cidreira de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29803
• topic: Marcação; Captura; Marcação e recaptura; Anilhas; Marcas de identificação; Inconel Style 681; Agregados de alimentação; Tartarugas marinhas; Projeto; Reserva extrativista Marinha de Itaipu (Niterói, RJ); Tartaruga-verde; Identificação de vertebrado marinho; Répteis; Monitoramento ambiental; Tagging; Capture; Marking-recapture; Tag loss; Inconel Style 681; Sea turtles; Feeding area

As tartarugas marinhas são répteis marinhos de casco hidrodinâmico com membros locomotores adaptados em nadadeiras. No Brasil, ocorrem cinco das sete espécies existentes no mundo. Possuem um ciclo de vida complexo, passando por diferentes habitats e realizando migrações transoceânicas. Apesar de viverem sua vida inteira no mar, constroem seus ninhos em praias continentais ou ilhas oceânicas. No entanto, todas as espécies estão ameaçadas devido à degradação dos ambientes marinhos, poluição, mudanças climáticas e atividades humanas, exigindo esforços contínuos para sua conservação. Uma forma de se realizar o monitoramento desses animais, com o objetivo de acompanhar e reconhecer cada indivíduo, é através da metodologia de captura, marcação e recaptura, como foi feito neste trabalho. Alguns projetos que visam a conservação desses animais, como o Projeto Aruanã já aplicam essa metodologia com indivíduos de tartaruga-verde. Esta espécie é conhecida por seus hábitos costeiros devido às suas preferências alimentares, sendo muito avistada em praias e mergulhos. Neste estudo, foram analisados os indivíduos capturados e marcados em cada nadadeira dianteira com a Inconel Style 681 na praia de Itaipu, Niterói – Rio de Janeiro, Brasil entre dezembro de 2012 e abril de 2022. Das 142 tartarugas marcadas, 50 indivíduos foram contabilizados com perda de marca, totalizando 92 marcas perdidas. Algumas tartarugas perderam apenas uma das marcas recebidas enquanto outras perderam as duas ao mesmo tempo. Estas foram reconhecidas através da fotoidentificação. Os resultados mostraram que a taxa de perda de marcas é maior entre indivíduos com tamanho de 50cm 79cm de comprimento curvilíneo da carapaça (CCC). A média do CCC dos indivíduos que ocorrem em Itaipu (57,2cm ±12,2cm) se aproxima daquela encontrada por um estudo anterior feito no Brasil, em que as taxas de perda de marcas também são correspondentes. Por fim, o que mais interferiu na permanência das marcas metálicas foi o tamanho do indivíduo, chegando à conclusão de que animais juvenis são mais suscetíveis às perdas do que animais adultos e justificando a elevada taxa de perda encontrada quando comparada a estudos feitos em áreas de nidificação.