Estudo do potencial neuroprotetor de inibidor do TRPA1 em retinas em modelo de glaucoma

• Autor(a) principal: Teixeira, Guilherme Ribeiro
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29486
• topic: Glaucoma, TRPA1, dipirona, neuroproteção; Retina, Sistema nervoso central, Glaucoma; Glaucoma, TRPA1, dipyrone, neuroprotection

A visão é um de nossos sentidos mais importantes, exercendo grande dominância nas experiências sensoriais que vivenciamos. Uma das estruturas essenciais para nossa visão é a retina, um tecido laminado que se localiza nos dois terços posteriores do globo ocular. Suas células fotorreceptoras geram impulso eletrotônicos através da fototransdução que desencadeiam as sinalizações iniciais para posterior formação das imagens no córtex visual. Doenças como o glaucoma, maior causador de cegueira irreversível no mundo, podem diminuir e até mesmo impedir nossa capacidade de enxergar. Ele é uma doença neurodegenerativa que engloba um conjunto de neuropatias ópticas progressivas e irreversíveis responsáveis pela degeneração das células ganglionares da retina, provocando alterações estruturais no nervo óptico. Parte considerável das retinopatias glaucomatosas que conhecemos possuem aumento de pressão intraocular como uma de suas características e inibição de receptores como o TRPA1 apontam para um possível efeito neuroprotetor dentro do contexto de isquemia e reperfusão. Nesse contexto, fármacos que possam vir a inibir o TRPA1, como possivelmente é o caso da dipirona, precisam ser investigados. Foi feita avaliação do impacto da isquemia e tratamento com dipirona para fotorreceptores. Na retina central, foi vista uma diminuição significativa no número de fotorreceptores do grupo que sofreu aumento de pressão intraocular em relação ao grupo controle, o grupo que recebeu dipirona 10 mM não apresentou diminuição significativa do número de fotorreceptores e o grupo que sofreu aumento de pressão intraocular e foi tratado com dipirona 10 mM demonstrou uma tendência de diminuição na morte de fotorreceptores. Na retina periférica não se teve uma diferença significativa na morte de fotorreceptores da mesma forma que a encontrada na retina central, mas as tendências observadas no centro valem para a periferia. Dados preliminares também demonstraram a viabilidade da utilização de hipromelose como veículo para administração de colírio contendo dipirona.