Estudo antropométrico do joelho em população brasileira e sua correlação com o tamanho de três implantes disponíveis para artroplastia

• Autor(a) principal: Loures, Fabrício Bolpato
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9313
• topic: Artrosplastia; Fêmur; Osteoartrose; Joelho; Tíbia; Artroplastia do joelho; Osteoartropatia; Osteoartrite; Arthroplasty; Femur; Osteoartritis; Knee; Tibia

A osteoartrose primária do joelho é um problema de saúde pública mundial, cuja incidência está aumentando, devido ao envelhecimento da população e ao crescimento da obesidade. A artroplastia total do joelho é um procedimento que permite o alívio da dor e restaura a função, porém é uma cirurgia de precisão e a adequada combinação entre o implante e o osso ressecado é fundamental para o bom resultado clínico. Entre agosto de 2012 e dezembro de 2013 foram submetidos à artroplastia do joelho 117 pacientes, sendo 118 joelhos. Analisaram-se prospectivamente 33 pacientes masculinos e 84 femininos. Durante o ato cirúrgico, foram coletados dados antropométricos da tíbia proximal e do fêmur distal. Esses dados foram comparados com as dimensões de três implantes disponíveis para artroplastia total do joelho e suas compatibilidades avaliadas. Os pacientes masculinos apresentaram dimensões absolutas maiores, porém a razão da largura total do fêmur pela altura do côndilo lateral revelou-se similar para ambos os gêneros, estando a média em 111%. As mulheres mostraram uma maior variação da largura total do fêmur, dada a mesma altura do côndilo. A relação dos ossos com as medidas dos implantes revelou uma concordância significativa, porém de grau moderado. Entre o total de pacientes, 29,7% que usaram Scorpio®, 28,8% dos que usaram Nex Gen® e 27,9% dos que usaram Natural Knee® apresentaram alguma incompatibilidade maior que o aceitável. Mais de um quarto da amostra apresentou sobras ou déficit de cobertura maiores que três milímetros, podendo comprometer o resultado clínico e a durabilidade da cirurgia. O estudo revela que ajustes são necessários para que os implantes possam atender de forma mais adequada à população brasileira