O panorama do abandono familiar vivenciado pelas mulheres encarceradas no Brasil e seus efeitos na experiência prisional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Ana Flávia Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12848
Resumo: O presente trabalho aborda o abandono familiar vivenciado pelas mulheres encarceradas no Brasil e seus efeitos na experiência prisional. Objetiva-se analisar a estigmatização das presas e as causas que contribuem para o baixo índice de visitação destas mulheres. Busca-se compreender as consequências deste abandono familiar para as presas durante o período do cárcere. Para tal, utilizou-se metodologia de revisão bibliográfica e o estudo de dados oficiais apresentados por órgãos estatais e por organizações privadas. A hipótese central consistiu em verificar a relação intrínseca entre o andocentrismo arraigado na sociedade e a estigmatização da mulher presa como causa do abandono familiar. A partir da análise dos dados estatísticos foi traçado um perfil da mulher presa, um panorama da extensão do abandono e fatores de ordem estrutural das prisões que contribuem para o abandono familiar. O problema de pesquisa consistiu em identificar a contribuição do sistema prisional para o fomento de sentimentos de desumanização e despersonalização naqueles que à eles são submetidos, a relevância da afetividade para que a presa lide com estes sentimentos, bem como aufira assistência de ordem material. Por fim, verificou-se uma tendência da encarcerada em uma vez rompidos os laços socioafetivos extramuros, sofrer um quadro de adoecimento mental que pode levar ao suicídio. No entanto, notou-se a procura de alternativas para lidar com o abandono familiar, marcadas principalmente pelo desenvolvimento de relacionamentos homoafetivos na prisão.
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