O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6498 |
Resumo: | A morte é o inimigo que os vivos passam a vida tentando superar e derrotar para sempre sem ideia da consequência disso. Falar de morte não é um hábito entre as pessoas, muitas se sentem atemorizadas até mesmo em pronunciar a palavra morte. O profissional de saúde está sempre exposto à situação de enfrentamento da finitude humana que o remete a uma vulnerabilidade intrínseca diante da morte, embora o processo de morte faça parte do seu dia-a-dia. Diante dessa problemática o objetivo é descrever e compreender os sentimentos dos profissionais de saúde frente à possibilidade de morte de seus familiares. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, sobre a reação de profissionais de saúde ante a morte ou possibilidade de morte de seus familiares ou entes queridos, com uma abordagem fenomenológica. Os dados foram coletados através da entrevista aberta seguindo um roteiro, com enfermeiros e médicos de uma unidade de pronto Atendimento - UPA 24 horas, na cidade de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, seguindo as normas da resolução 196/96, após aprovação do comitê de ética da FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/ FM/ UFF/ HU no dia 01 de fevereiro de 2013, sob o parecer nº 194.363, CAAE: 09152513.4.0000.5243. A análise foi realizada por categorização dos dados mediante as unidades de significado apreendidas do fenômeno em questão e interpretadas à luz do referencial de Martin Heidegger. O enfrentamento da morte é difícil e angustiante para quem a vivencia. A situação de vida/morte gera sofrimento nos profissionais de saúde, principalmente pelo caráter humano desse trabalho, em que o envolvimento afetivo com as pessoas assistidas é inevitável. É evidente a relutância em aceitar a morte como parte do processo vital, como verdade conhecida e irrefutável e não decorrente de falha do tratamento. Os enfermeiros e médicos apresentam comportamentos semelhantes quando se trata de uma pessoa querida com risco iminente de morte, alguns conseguem agir e prestar os primeiros socorros e outros não, devido ao estado emocional. Apresentam sentimentos de ansiedade, medo, angústia e impotência. Os profissionais necessitam ser cuidados por vivenciarem conflitos existenciais e dilemas morais com grande frequência em seu fazer, podendo comprometer sua saúde mental e física. As dificuldades individuais e coletivas, os sentimentos e as circunstâncias organizacionais e de aprendizagem que favorecem a ansiedade não devem ser ignoradas. É importante que se crie estratégias para a promoção da saúde psicoemocional no ambiente de trabalho desses enfermeiros e médicos, assim como dos demais profissionais da saúde que vivenciam a morte, oferecendo-lhes um momento para que possam discutir e expor seus sentimentos diante desse acontecimento irrefutável |
id |
UFF-2_d4f55fa237cd6cb2ca786fa187fcd754 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:app.uff.br:1/6498 |
network_acronym_str |
UFF-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
repository_id_str |
2120 |
spelling |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vidaEnfermagemMorteProfissionais de saúdeHeideggerEnfermagemMorteProfissionais de saúdeAtitude frente à morteNursingDeathHealth professionalsHeideggerA morte é o inimigo que os vivos passam a vida tentando superar e derrotar para sempre sem ideia da consequência disso. Falar de morte não é um hábito entre as pessoas, muitas se sentem atemorizadas até mesmo em pronunciar a palavra morte. O profissional de saúde está sempre exposto à situação de enfrentamento da finitude humana que o remete a uma vulnerabilidade intrínseca diante da morte, embora o processo de morte faça parte do seu dia-a-dia. Diante dessa problemática o objetivo é descrever e compreender os sentimentos dos profissionais de saúde frente à possibilidade de morte de seus familiares. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, sobre a reação de profissionais de saúde ante a morte ou possibilidade de morte de seus familiares ou entes queridos, com uma abordagem fenomenológica. Os dados foram coletados através da entrevista aberta seguindo um roteiro, com enfermeiros e médicos de uma unidade de pronto Atendimento - UPA 24 horas, na cidade de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, seguindo as normas da resolução 196/96, após aprovação do comitê de ética da FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/ FM/ UFF/ HU no dia 01 de fevereiro de 2013, sob o parecer nº 194.363, CAAE: 09152513.4.0000.5243. A análise foi realizada por categorização dos dados mediante as unidades de significado apreendidas do fenômeno em questão e interpretadas à luz do referencial de Martin Heidegger. O enfrentamento da morte é difícil e angustiante para quem a vivencia. A situação de vida/morte gera sofrimento nos profissionais de saúde, principalmente pelo caráter humano desse trabalho, em que o envolvimento afetivo com as pessoas assistidas é inevitável. É evidente a relutância em aceitar a morte como parte do processo vital, como verdade conhecida e irrefutável e não decorrente de falha do tratamento. Os enfermeiros e médicos apresentam comportamentos semelhantes quando se trata de uma pessoa querida com risco iminente de morte, alguns conseguem agir e prestar os primeiros socorros e outros não, devido ao estado emocional. Apresentam sentimentos de ansiedade, medo, angústia e impotência. Os profissionais necessitam ser cuidados por vivenciarem conflitos existenciais e dilemas morais com grande frequência em seu fazer, podendo comprometer sua saúde mental e física. As dificuldades individuais e coletivas, os sentimentos e as circunstâncias organizacionais e de aprendizagem que favorecem a ansiedade não devem ser ignoradas. É importante que se crie estratégias para a promoção da saúde psicoemocional no ambiente de trabalho desses enfermeiros e médicos, assim como dos demais profissionais da saúde que vivenciam a morte, oferecendo-lhes um momento para que possam discutir e expor seus sentimentos diante desse acontecimento irrefutávelDeath is the enemy that the living beings spend their lives trying to overcome and defeat forever with no idea of the consequences. Talk about death is not a habit among people, many feel frightened even to pronounce the word death. The healthcare professional is always exposed to the confront situation of human finitude, that refers to an intrinsic vulnerability of facing death, although the death process be part of his day by day. Facing this problem the goal is to describe and understand the health professional’s feelings facing the death probability of their relatives. This is a qualitative, descriptive, about the reaction of health professionals before the death possibility or the family members or loved ones with a phenomenological approach. The data were collected through open interviews following a script, with nurses and doctors in a Unit Ready Attendance - UPA 24 hours of Nova Iguaçu's city in the Rio de Janeiro State, following the guidelines of 196/96 Resolution, after the ethics committee approval of the FEDERAL FLUMINENSE UNIVERSITY MEDICINE COLLEGE / FM / UFF / HU on February 1, 2013, under the opinion No. 194 363, CAAE: 09152513.4.0000.5243. The analysis was performed by data categorization upon the meaning units seized by the phenomenon in question and interpreted in light of the Martin Heidegger. The death confrontation is difficult and distressing for those who experience it. The situation of life / death causes suffering in health professionals, mainly by human character of this work, in which the emotional involvement with people assisted is inevitable. It's evident reluctance to accept death as part of life, as known and irrefutable fact and not due to treatment failure. The nurses and doctors have similar behavior when it comes to a loved one at risk of imminent death, some can act and provide first aid and some do not, due to the emotional state. Have feelings of anxiety, fear, anguish and helplessness. Professionals need to be cared when experiencing existential conflicts and moral dilemmas frequently in their doing that can compromise their mental and physical health. The individual difficulties and collective feelings and circumstances and organizational learning that foster anxiety should not be ignored. It is important to create strategies for mental health promotion in the workplace these nurses and doctors, as well as other health professionals who experience death, offering them a moment so that they can discuss and express their feelings on this irrefutable eventSilva, Rose Mary Costa Rosa AndradeSilva, Marcos AndradePereira, Eliane RamosFreitas, Margareth Caetano da Silva2018-05-18T14:21:59Z2018-05-18T14:21:59Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfFreitas, Margareth Caetano da Silva. O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida. 2013. 66 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, 2013.https://app.uff.br/riuff/handle/1/6498http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-09-21T18:24:06Zoai:app.uff.br:1/6498Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:11:44.408506Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
title |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
spellingShingle |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida Freitas, Margareth Caetano da Silva Enfermagem Morte Profissionais de saúde Heidegger Enfermagem Morte Profissionais de saúde Atitude frente à morte Nursing Death Health professionals Heidegger |
title_short |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
title_full |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
title_fullStr |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
title_full_unstemmed |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
title_sort |
O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida |
author |
Freitas, Margareth Caetano da Silva |
author_facet |
Freitas, Margareth Caetano da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Silva, Rose Mary Costa Rosa Andrade Silva, Marcos Andrade Pereira, Eliane Ramos |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Freitas, Margareth Caetano da Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Enfermagem Morte Profissionais de saúde Heidegger Enfermagem Morte Profissionais de saúde Atitude frente à morte Nursing Death Health professionals Heidegger |
topic |
Enfermagem Morte Profissionais de saúde Heidegger Enfermagem Morte Profissionais de saúde Atitude frente à morte Nursing Death Health professionals Heidegger |
description |
A morte é o inimigo que os vivos passam a vida tentando superar e derrotar para sempre sem ideia da consequência disso. Falar de morte não é um hábito entre as pessoas, muitas se sentem atemorizadas até mesmo em pronunciar a palavra morte. O profissional de saúde está sempre exposto à situação de enfrentamento da finitude humana que o remete a uma vulnerabilidade intrínseca diante da morte, embora o processo de morte faça parte do seu dia-a-dia. Diante dessa problemática o objetivo é descrever e compreender os sentimentos dos profissionais de saúde frente à possibilidade de morte de seus familiares. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, sobre a reação de profissionais de saúde ante a morte ou possibilidade de morte de seus familiares ou entes queridos, com uma abordagem fenomenológica. Os dados foram coletados através da entrevista aberta seguindo um roteiro, com enfermeiros e médicos de uma unidade de pronto Atendimento - UPA 24 horas, na cidade de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, seguindo as normas da resolução 196/96, após aprovação do comitê de ética da FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE/ FM/ UFF/ HU no dia 01 de fevereiro de 2013, sob o parecer nº 194.363, CAAE: 09152513.4.0000.5243. A análise foi realizada por categorização dos dados mediante as unidades de significado apreendidas do fenômeno em questão e interpretadas à luz do referencial de Martin Heidegger. O enfrentamento da morte é difícil e angustiante para quem a vivencia. A situação de vida/morte gera sofrimento nos profissionais de saúde, principalmente pelo caráter humano desse trabalho, em que o envolvimento afetivo com as pessoas assistidas é inevitável. É evidente a relutância em aceitar a morte como parte do processo vital, como verdade conhecida e irrefutável e não decorrente de falha do tratamento. Os enfermeiros e médicos apresentam comportamentos semelhantes quando se trata de uma pessoa querida com risco iminente de morte, alguns conseguem agir e prestar os primeiros socorros e outros não, devido ao estado emocional. Apresentam sentimentos de ansiedade, medo, angústia e impotência. Os profissionais necessitam ser cuidados por vivenciarem conflitos existenciais e dilemas morais com grande frequência em seu fazer, podendo comprometer sua saúde mental e física. As dificuldades individuais e coletivas, os sentimentos e as circunstâncias organizacionais e de aprendizagem que favorecem a ansiedade não devem ser ignoradas. É importante que se crie estratégias para a promoção da saúde psicoemocional no ambiente de trabalho desses enfermeiros e médicos, assim como dos demais profissionais da saúde que vivenciam a morte, oferecendo-lhes um momento para que possam discutir e expor seus sentimentos diante desse acontecimento irrefutável |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013 2018-05-18T14:21:59Z 2018-05-18T14:21:59Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
Freitas, Margareth Caetano da Silva. O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida. 2013. 66 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, 2013. https://app.uff.br/riuff/handle/1/6498 |
identifier_str_mv |
Freitas, Margareth Caetano da Silva. O profissional de saúde diante de um ente querido em risco de vida. 2013. 66 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, 2013. |
url |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/6498 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ CC-BY-SA info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ CC-BY-SA |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) instname:Universidade Federal Fluminense (UFF) instacron:UFF |
instname_str |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
instacron_str |
UFF |
institution |
UFF |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF) |
repository.mail.fl_str_mv |
riuff@id.uff.br |
_version_ |
1811823686242533376 |