Potencial prognóstico de isoformas de splicing alternativo da osteopontina na leucemia linfoblástica aguda de células T

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Isabella de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27403
Resumo: A leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T) é uma neoplasia hematológica cujo processo oncogênico se inicia em precursores de linfócitos T. Apesar do aumento da eficácia do tratamento da LLA-T, muitos pacientes ainda apresentam resistência e recaída, o que diminui as taxas de sobrevida. Nesse contexto, é de extrema importância a busca de novos biomarcadores moleculares e alvos terapêuticos relacionados à processos de malignidade desta doença, dentro os quais a osteopontina (OPN) se destaca. A OPN é uma glicofosfoproteína que possui importante papel na progressão e na manutenção de características de células tronco. Na LLA-T, em especial, seu nível sérico apresenta-se elevado e associado a características clínicas desfavoráveis. O transcrito primário da OPN apresenta splicing alternativo, gerando pelo menos 5 isoformas (OPN-SI), cujos papéis são tecido e tumor específicos. Porém seus perfis de expressão e funções na LLA-T até então não haviam sido descritos. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo caracterizar a frequência e o perfil de expressão das OPN-SI na LLA-T e associar os níveis de expressão a diversas características prognósticas. Para isso, utilizamos o banco de dados virtuais denominado TARGET (Therapeutically Applicable Research To Generate Effective Treatments) para avaliar o perfil de expressão das OPN-SI em pacientes, e associamos os níveis de expressão das distintas isoformas de splicing da OPN (OPN-SI) com características clínicas que influenciam no prognóstico desses pacientes com LLA-T da coorte avaliada. Primeiramente, caracterizamos a coorte de pacientes LLA-T estudada, e avaliamos a frequência e os níveis de expressão das OPN-SI. As OPN-SI apresentaram perfil de expressão distintos entre si, do qual destacaram-se a OPNa e a OPN4, isoformas mais frequentemente expressas dentro os pacientes com LLA-T da coorte estudada, enquanto a OPNa e a OPN5 foram as isoformas que apresentaram maiores medianas de expressão transcricional. Posteriormente, realizamos análises de associação das características clínicas dos pacientes de LLA-T com os níveis de expressão transcricional das OPN-SI. Observamos que a OPNa apresentou a maior mediana de expressão dentre todas as OPN-SI avaliadas em grupos de pacientes com imunofenótipo early T cell precursor (ETP), em grupos com recaída, que apresentaram progressão tumoral e acometimento total do sistema nervoso central (SNC), as quais são conhecidas como características de pior prognóstico. Por outro lado, a expressão transcricional da OPN5 foi a mais elevada em pacientes que apresentavam características relacionadas a um bom prognóstico, como o imunofenótipo não ETP, naqueles em que não houve ocorrência de eventos de malignidade após o tratamento, bem como nos que não apresentaram acometimento do SNC. Concluímos que as OPN-SI apresentam distintos perfis de expressão nos pacientes LLA-T da coorte estudada, e que os níveis de expressão transcricional da OPNa e da OPN5 se associam a características de pior e bom prognóstico, respectivamente. Desta forma, estas isoformas podem constituir biomarcadores adicionais no acompanhamento e evolução da LLA-T. Análises futuras deverão ser conduzidas para avaliar o papel funcional dessas OPN-SI na LLA-T
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Na LLA-T, em especial, seu nível sérico apresenta-se elevado e associado a características clínicas desfavoráveis. O transcrito primário da OPN apresenta splicing alternativo, gerando pelo menos 5 isoformas (OPN-SI), cujos papéis são tecido e tumor específicos. Porém seus perfis de expressão e funções na LLA-T até então não haviam sido descritos. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo caracterizar a frequência e o perfil de expressão das OPN-SI na LLA-T e associar os níveis de expressão a diversas características prognósticas. Para isso, utilizamos o banco de dados virtuais denominado TARGET (Therapeutically Applicable Research To Generate Effective Treatments) para avaliar o perfil de expressão das OPN-SI em pacientes, e associamos os níveis de expressão das distintas isoformas de splicing da OPN (OPN-SI) com características clínicas que influenciam no prognóstico desses pacientes com LLA-T da coorte avaliada. Primeiramente, caracterizamos a coorte de pacientes LLA-T estudada, e avaliamos a frequência e os níveis de expressão das OPN-SI. As OPN-SI apresentaram perfil de expressão distintos entre si, do qual destacaram-se a OPNa e a OPN4, isoformas mais frequentemente expressas dentro os pacientes com LLA-T da coorte estudada, enquanto a OPNa e a OPN5 foram as isoformas que apresentaram maiores medianas de expressão transcricional. Posteriormente, realizamos análises de associação das características clínicas dos pacientes de LLA-T com os níveis de expressão transcricional das OPN-SI. Observamos que a OPNa apresentou a maior mediana de expressão dentre todas as OPN-SI avaliadas em grupos de pacientes com imunofenótipo early T cell precursor (ETP), em grupos com recaída, que apresentaram progressão tumoral e acometimento total do sistema nervoso central (SNC), as quais são conhecidas como características de pior prognóstico. Por outro lado, a expressão transcricional da OPN5 foi a mais elevada em pacientes que apresentavam características relacionadas a um bom prognóstico, como o imunofenótipo não ETP, naqueles em que não houve ocorrência de eventos de malignidade após o tratamento, bem como nos que não apresentaram acometimento do SNC. Concluímos que as OPN-SI apresentam distintos perfis de expressão nos pacientes LLA-T da coorte estudada, e que os níveis de expressão transcricional da OPNa e da OPN5 se associam a características de pior e bom prognóstico, respectivamente. Desta forma, estas isoformas podem constituir biomarcadores adicionais no acompanhamento e evolução da LLA-T. Análises futuras deverão ser conduzidas para avaliar o papel funcional dessas OPN-SI na LLA-TConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoT-cell acute lymphoblastic leukemia (T-ALL) is a hematologic malignancy characterized by an oncogenic process that begins in T-lymphocyte precursors. Despite the increased efficacy of T-ALL treatment, many patients still show resistance and relapse, which is associated with decreased survival rates. In this context, it is extremely important to search for new molecular biomarkers and therapeutic targets related to T-ALL malignancy processes, in which osteopontin (OPN) stands out. OPN is a glycophosphoprotein that plays an important role in the progression and maintenance of stem cell characteristics. In T-ALL, in particular, its high serum level is associated with unfavorable clinical characteristics. OPN primary transcript presents alternative splicing, generating at least 5 isoforms (OPN-SI), whose roles are tissue and tumor specific. However, their expression profile and functions in T-ALL had not yet been described. In this context, this work aims to characterize the frequency and expression profile of OPN-SI in T-ALL and associate the expression profile with different prognostic characteristics. For this, we used the virtual database called TARGET (Therapeutically Applicable Research To Generate Effective Treatments) to evaluate the expression profile of OPN-SI in patients, and we associated the expression levels of the different splicing isoforms of OPN (OPN-SI) with clinical characteristics that influence the prognosis of these patients with T-ALL in the evaluated cohort. We firstly described our patient’s cohort and then evaluated the frequency and expression levels of OPN-SI. The OPN-SI showed different expression profiles, with emphasis on OPNa and OPN4, the most frequently expressed isoforms among patients with T-ALL in the studied cohort, while OPNa and OPN5 were the isoforms that showed the highest median expression transcriptional. We observed that OPNa had the highest median expression among all OPN-SI evaluated in groups of patients with early T cell precursor (ETP) immunophenotype, in groups with disease relapse, those displaying tumor progression and total involvement of the central nervous system (CNS), features known as related to poor prognosis. On the other hand, within the OPN-SI studied, the transcriptional expression of OPN5 was the highest in patients who had characteristics related to a good prognosis, such as the non-ETP immunophenotype, in those who haven’t no occurrence of malignancy events after treatment, as well as those who did not present CNS involvement. We concluded that the OPN-SI showed different expression profiles in the T-ALL patients of the studied cohort, and that the transcriptional expression levels of OPNa and OPN5 were associated with worse and good prognosis characteristics. Thus, these isoforms may constitute additional biomarkers in the follow-up and evolution of T-ALL. Future analyzes should be conducted to assess the functional role of these OPN-SI in T-ALL58 f.Gimba, Etel Rodrigues Pereirahttp://lattes.cnpq.br/8976892755529994Bastos, Ana Clara Santos da Fonsecahttp://lattes.cnpq.br/8342139483392438Santos, Márcia Rodrigues Amorim doshttp://lattes.cnpq.br/4751064542106755Poubel, Caroline de Aguiar Pireshttp://lattes.cnpq.br/6857179921103991Ferrer, Valéria Pereirahttp://lattes.cnpq.br/2914402213499790http://lattes.cnpq.br/9757403938983096Pereira, Isabella de Oliveira2022-12-21T19:11:31Z2022-12-21T19:11:31Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.wordprocessingml.documentPEREIRA, Isabela de Oliveira. Potencial prognóstico de isoformas de splicing alternativo da osteopontina na leucemia linfoblástica aguda de células T. 2022. 58 f. 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