A teoria de acumulação socialista primitiva de Preobrazhensky como teoria de transição ao socialismo (1918-1927)
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/13416 |
Resumo: | A presente dissertação aborda a produção do economista e revolucionário russo Evgeny Preobrazhensky entre 1918 e 1927, mais especificamente sua teoria da acumulação socialista primitiva. Sua produção está diretamente relacionada ao contexto pelo qual passava a revolução bolchevique durante o período, abrangendo o comunismo de guerra e a Nova Política Econômica (NEP). A URSS então teve sua produção completamente desmantelada e precisava reconstruir sua economia ao mesmo tempo em que se consideravam alternativas para fazê-lo com vistas à construção do socialismo. Preobrazhensky foi um ativo militante do Partido Bolchevique e participou diretamente da disputa por seus rumos ocorrida ao longo da década de 1920. O combate à burocratização do partido foi pauta importante tanto da Oposição de Esquerda (1923) quanto da Oposição Unificada (1926-7), ambas das quais ele foi proeminente participante. Assim, busca-se compreender sua obra não como uma produção meramente teórica, mas com vistas à prática e tendo como objetivo responder às desmandas da construção de um projeto de transição para a classe trabalhadora russa. Preobrazhensky compreendia que haviam duas leis antagônicas em curso na URSS: a lei do valor e a lei da acumulação socialista primitiva. A ação desta lei da acumulação socialista primitiva deveria ser de apropriar-se de parte do excedente da esfera privada para desenvolvimento do âmbito estatal, bem como a transformação das relações de produção, tanto dentro da indústria estatal, como no campo – sempre de forma voluntária e gradual, com centralidade para o desenvolvimento da consciência de classe em ambas as esferas. Defende-se que sua teoria da acumulação socialista primitiva deve ser compreendida enquanto uma teoria da transição ao socialismo, a qual se relaciona diretamente com o programa político e social da oposição de esquerda de democratização do partido, bem como com a estratégia da revolução mundial. Portanto, considera-se impossível igualar as propostas contidas em tal teoria ao programa aplicado por Stálin ao longo da década de 1930 |
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A teoria de acumulação socialista primitiva de Preobrazhensky como teoria de transição ao socialismo (1918-1927)Economia soviéticaPreobrazhenskyTransição ao socialismoSocialismoUnião Soviética - aspecto econômicoPreobrazhenskii, E. A., 1886-1937A presente dissertação aborda a produção do economista e revolucionário russo Evgeny Preobrazhensky entre 1918 e 1927, mais especificamente sua teoria da acumulação socialista primitiva. Sua produção está diretamente relacionada ao contexto pelo qual passava a revolução bolchevique durante o período, abrangendo o comunismo de guerra e a Nova Política Econômica (NEP). A URSS então teve sua produção completamente desmantelada e precisava reconstruir sua economia ao mesmo tempo em que se consideravam alternativas para fazê-lo com vistas à construção do socialismo. Preobrazhensky foi um ativo militante do Partido Bolchevique e participou diretamente da disputa por seus rumos ocorrida ao longo da década de 1920. O combate à burocratização do partido foi pauta importante tanto da Oposição de Esquerda (1923) quanto da Oposição Unificada (1926-7), ambas das quais ele foi proeminente participante. Assim, busca-se compreender sua obra não como uma produção meramente teórica, mas com vistas à prática e tendo como objetivo responder às desmandas da construção de um projeto de transição para a classe trabalhadora russa. Preobrazhensky compreendia que haviam duas leis antagônicas em curso na URSS: a lei do valor e a lei da acumulação socialista primitiva. A ação desta lei da acumulação socialista primitiva deveria ser de apropriar-se de parte do excedente da esfera privada para desenvolvimento do âmbito estatal, bem como a transformação das relações de produção, tanto dentro da indústria estatal, como no campo – sempre de forma voluntária e gradual, com centralidade para o desenvolvimento da consciência de classe em ambas as esferas. Defende-se que sua teoria da acumulação socialista primitiva deve ser compreendida enquanto uma teoria da transição ao socialismo, a qual se relaciona diretamente com o programa político e social da oposição de esquerda de democratização do partido, bem como com a estratégia da revolução mundial. Portanto, considera-se impossível igualar as propostas contidas em tal teoria ao programa aplicado por Stálin ao longo da década de 1930211 f.NiteróiFigueiredo, Tatiana Silva Poggi deGonçalves, Guilherme Figueiredo LeiteVarela, RaquelKocher, BernardoFreitas, Rebecca de Oliveira2020-04-30T13:02:54Z2020-04-30T13:02:54Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/13416Aluno de MestradoopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-04-27T23:26:25Zoai:app.uff.br:1/13416Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-04-27T23:26:25Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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