Análise hematológica de pacientes infectados pelo vírus dengue e novas perspectivas de prognóstico e terapêutica através da sinalização purinérgica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/14281 |
Resumo: | A dengue é a arbovirose de mais rápida disseminação mundial. Estima-se que atualmente ocorram 50-100 milhões de novos casos por ano em todo o mundo. A doença é prevalente nas regiões entre os trópicos e tem maior incidência em áreas pobres, sendo o Brasil o país mais afetado. A maioria dos casos se manifestam assintomáticos ou como uma doença febril com manifestações similares a gripe apresentando, nesses casos, sintomas clássicos como trombocitopenia, mialgia e dor retro-orbital. Os casos graves, porém, apresentam risco de extravasamento plasmático e sanguíneo, choque e morte. Sem medidas terapêuticas eficientes, se torna imprescindível que novas formas de prognóstico sejam criadas, para a monitoração de sua evolução, pincipalmente, em grupos de risco. Como já é bem consolidado na literatura, moléculas sinalizadoras – como citocinas e quimiocinas – são as principais responsáveis pela disseminação da resposta inflamatória no organismo. A produção de tais moléculas depende de mediadores celulares específicos. Dentre eles destaca-se o receptor de membrana plasmática P2X7 - que atua orquestrando a resposta inflamatória - já sendo citado na literatura como possível alvo terapêutico em outras enfermidades. O aumento da expressão deste receptor implica na intensificação da resposta inflamatória e, muitas vezes, culminando na tempestade de citocinas. O principal objetivo deste trabalho é a análise de amostras sanguíneas de pacientes acometidos pela dengue, onde a sinalização purinérgica, através do receptor P2X7, para a avaliação de seu potencial enquanto prognóstico da doença. Além de verificar a validade de utilização deste receptor em estudos futuros tencionando um alvo terapêutico. A confirmação de infecção pelo Dengue foi através de ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) e/ou RT-PCR (reverse transcription polymerase chain reaction). Foi avaliada a ativação do receptor P2X7 e citocinas associadas desde a fase febril (1º - 3º dias) até a fase convalescente (7º - 10º dias) e seu emprego no prognóstico da doença. Na avaliação das citocinas foi empregado a técnica ELISA. E a avaliação da expressão do P2X7R e ativação celular foi por citometria de fluxo multiparamétrica. Os resultados obtidos sugerem que ATP extracelular, IL-18 e AST/ALT são candidatos fortes a marcadores prognósticos. A marcação de ativação do P2X7R precisa ser melhor estudada. O potencial de utilização deste receptor como alvo terapêutico e medida de prognóstico ainda precisa de maior avaliação |
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Análise hematológica de pacientes infectados pelo vírus dengue e novas perspectivas de prognóstico e terapêutica através da sinalização purinérgicaImunologiaDengueSinalização purinérgicaP2X7RDengueReceptores purinérgicos P2X7ImmunologyDenguePurinergic signalingP2X7RA dengue é a arbovirose de mais rápida disseminação mundial. Estima-se que atualmente ocorram 50-100 milhões de novos casos por ano em todo o mundo. A doença é prevalente nas regiões entre os trópicos e tem maior incidência em áreas pobres, sendo o Brasil o país mais afetado. A maioria dos casos se manifestam assintomáticos ou como uma doença febril com manifestações similares a gripe apresentando, nesses casos, sintomas clássicos como trombocitopenia, mialgia e dor retro-orbital. Os casos graves, porém, apresentam risco de extravasamento plasmático e sanguíneo, choque e morte. Sem medidas terapêuticas eficientes, se torna imprescindível que novas formas de prognóstico sejam criadas, para a monitoração de sua evolução, pincipalmente, em grupos de risco. Como já é bem consolidado na literatura, moléculas sinalizadoras – como citocinas e quimiocinas – são as principais responsáveis pela disseminação da resposta inflamatória no organismo. A produção de tais moléculas depende de mediadores celulares específicos. Dentre eles destaca-se o receptor de membrana plasmática P2X7 - que atua orquestrando a resposta inflamatória - já sendo citado na literatura como possível alvo terapêutico em outras enfermidades. O aumento da expressão deste receptor implica na intensificação da resposta inflamatória e, muitas vezes, culminando na tempestade de citocinas. O principal objetivo deste trabalho é a análise de amostras sanguíneas de pacientes acometidos pela dengue, onde a sinalização purinérgica, através do receptor P2X7, para a avaliação de seu potencial enquanto prognóstico da doença. Além de verificar a validade de utilização deste receptor em estudos futuros tencionando um alvo terapêutico. A confirmação de infecção pelo Dengue foi através de ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) e/ou RT-PCR (reverse transcription polymerase chain reaction). Foi avaliada a ativação do receptor P2X7 e citocinas associadas desde a fase febril (1º - 3º dias) até a fase convalescente (7º - 10º dias) e seu emprego no prognóstico da doença. Na avaliação das citocinas foi empregado a técnica ELISA. E a avaliação da expressão do P2X7R e ativação celular foi por citometria de fluxo multiparamétrica. Os resultados obtidos sugerem que ATP extracelular, IL-18 e AST/ALT são candidatos fortes a marcadores prognósticos. A marcação de ativação do P2X7R precisa ser melhor estudada. O potencial de utilização deste receptor como alvo terapêutico e medida de prognóstico ainda precisa de maior avaliaçãoDengue is the arbovirus faster worldwide dissemination. It is estimated that currently 50 million to 100 million new cases occur per year in the world. The disease is prevalent in the regions between the tropics and has a higher incidence in poor areas, with Brazil being the most affected country. Most cases are asymptomatic or manifested as a febrile illness with events similar influenza presenting these cases classic symptoms such as thrombocytopenia, myalgia and retro-orbital pain. Severe cases, however, are at risk of plasma and blood leakage, shock and death. With no effective therapeutic measures, it is essential that new forms of prognosis are created for the monitoring of its evolution, mainly in risk groups. As is already well established in the literature, signaling molecules - such as cytokines and chemokines - are primarily responsible for the spread of the inflammatory response in the body. The production of such molecules is dependent on specific cellular mediators. Among them stands out the plasma membrane receptor P2X7 - which acts orchestrating the inflammatory response - already reported in the literature as a possible therapeutic target for other diseases. Increased expression of this receptor constitutes an increase in the inflammatory response and often culminating in cytokine storm. The objective of this work is the analysis of blood samples of patients suffering from dengue, where the purinergic signaling through the P2X7 receptor may be used in assessing the prognosis of the disease. In addition to checking the validity of using this receiver in future studies intending a therapeutic target. Confirmation of infection by Dengue will be given by ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) and / or RT-PCR (reverse transcription polymerase chain reaction). Activation of P2X7 receptor and associated cytokines from the febrile phase will be evaluated (1 - 3 days) to the recovery days (7 - 10 days) and its use in the prognosis of the disease. In the assessment of cytokines will be used the ELISA technique. And the evaluation of P2X7R expression and cellular activation multiparameter flow cytometry. The results suggest that extracellular ATP, IL-18 and AST / ALT are strong candidates for prognostic markers. The P2X7R activation needs to be better studied. The potential use of this receptor as a therapeutic target and measure prognosis still needs further evaluationSilva, Gladys Corrêa daGandini, MarianaXavier, Analucia RampazzoSantos, Caroline Fernandes dos2020-07-10T14:26:17Z2020-07-10T14:26:17Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/14281Aluno de GraduaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-25T17:26:59Zoai:app.uff.br:1/14281Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:57:31.279339Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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A dengue é a arbovirose de mais rápida disseminação mundial. Estima-se que atualmente ocorram 50-100 milhões de novos casos por ano em todo o mundo. A doença é prevalente nas regiões entre os trópicos e tem maior incidência em áreas pobres, sendo o Brasil o país mais afetado. A maioria dos casos se manifestam assintomáticos ou como uma doença febril com manifestações similares a gripe apresentando, nesses casos, sintomas clássicos como trombocitopenia, mialgia e dor retro-orbital. Os casos graves, porém, apresentam risco de extravasamento plasmático e sanguíneo, choque e morte. Sem medidas terapêuticas eficientes, se torna imprescindível que novas formas de prognóstico sejam criadas, para a monitoração de sua evolução, pincipalmente, em grupos de risco. Como já é bem consolidado na literatura, moléculas sinalizadoras – como citocinas e quimiocinas – são as principais responsáveis pela disseminação da resposta inflamatória no organismo. A produção de tais moléculas depende de mediadores celulares específicos. Dentre eles destaca-se o receptor de membrana plasmática P2X7 - que atua orquestrando a resposta inflamatória - já sendo citado na literatura como possível alvo terapêutico em outras enfermidades. O aumento da expressão deste receptor implica na intensificação da resposta inflamatória e, muitas vezes, culminando na tempestade de citocinas. O principal objetivo deste trabalho é a análise de amostras sanguíneas de pacientes acometidos pela dengue, onde a sinalização purinérgica, através do receptor P2X7, para a avaliação de seu potencial enquanto prognóstico da doença. Além de verificar a validade de utilização deste receptor em estudos futuros tencionando um alvo terapêutico. A confirmação de infecção pelo Dengue foi através de ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay) e/ou RT-PCR (reverse transcription polymerase chain reaction). Foi avaliada a ativação do receptor P2X7 e citocinas associadas desde a fase febril (1º - 3º dias) até a fase convalescente (7º - 10º dias) e seu emprego no prognóstico da doença. Na avaliação das citocinas foi empregado a técnica ELISA. E a avaliação da expressão do P2X7R e ativação celular foi por citometria de fluxo multiparamétrica. Os resultados obtidos sugerem que ATP extracelular, IL-18 e AST/ALT são candidatos fortes a marcadores prognósticos. A marcação de ativação do P2X7R precisa ser melhor estudada. O potencial de utilização deste receptor como alvo terapêutico e medida de prognóstico ainda precisa de maior avaliação |
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