Migrantes da descolonização: portugueses e luso-angolanos no Brasil (1974-1977)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/14692 |
Resumo: | Em 11 de novembro de 1975, Angola tornava-se um país independente. Entre o final de 1974 e 1977, o Brasil recebeu dezenas de milhares de migrantes da descolonização vindos, majoritariamente, de Angola e de Portugal. O ápice da migração se deu entre 1975 e 1976. Como motivação para esse êxodo, tem-se diferentes questões: o princípio da guerra civil em Angola, a má recepção pela sociedade portuguesa e a profunda crise econômica em Portugal. Devido ao grande fluxo migratório, o governo do ex-presidente Ernesto Geisel cria uma força-tarefa para conceder documentação de permanência e trabalho para esses migrantes. Entre estes, havia um contingente de mão-de-obra qualificada, mas houve também migrantes de baixa qualificação profissional. A negociação para a recepção dessas dezenas de milhares de migrantes foi lenta. Envolveu os governos brasileiro e português, além de organizações internacionais e a comunidade ou “colônia” portuguesa no Brasil. A migração não foi permanente. Cerca de oitenta por cento dos migrantes deixou o país com destino a Portugal na década de 1980. O estudo foi ancorado em depoimentos de alguns desses migrantes, documentação diplomática e na imprensa da época. Buscou-se, no estudo, compreender a construção da memória coletiva desse processo |
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Em 11 de novembro de 1975, Angola tornava-se um país independente. Entre o final de 1974 e 1977, o Brasil recebeu dezenas de milhares de migrantes da descolonização vindos, majoritariamente, de Angola e de Portugal. O ápice da migração se deu entre 1975 e 1976. Como motivação para esse êxodo, tem-se diferentes questões: o princípio da guerra civil em Angola, a má recepção pela sociedade portuguesa e a profunda crise econômica em Portugal. Devido ao grande fluxo migratório, o governo do ex-presidente Ernesto Geisel cria uma força-tarefa para conceder documentação de permanência e trabalho para esses migrantes. Entre estes, havia um contingente de mão-de-obra qualificada, mas houve também migrantes de baixa qualificação profissional. A negociação para a recepção dessas dezenas de milhares de migrantes foi lenta. Envolveu os governos brasileiro e português, além de organizações internacionais e a comunidade ou “colônia” portuguesa no Brasil. A migração não foi permanente. Cerca de oitenta por cento dos migrantes deixou o país com destino a Portugal na década de 1980. O estudo foi ancorado em depoimentos de alguns desses migrantes, documentação diplomática e na imprensa da época. Buscou-se, no estudo, compreender a construção da memória coletiva desse processo |
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