Neurociências na formação de professores de Ciências e Biologia: limitações e possibilidades

• Autor(a) principal: Santos, Carolina Moreira dos
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29616
• topic: neuroeducação; formação de professores; mídias digitais; Neurociência, Formação de professor, Pedagogia, Mídia interativa, Processo de ensino-aprendizagem; neuroeducation; teacher training; digital media

É inegável que a formação de professores seja um elemento essencial na estruturação da educação, bem assim deve ser alvo das reformas de políticas que visam o desenvolvimento e melhoria da educação nacional. A capacitação do professor para instruir e lidar com alunos “normotípicos” ou com aqueles que apresentam qualquer dificuldade no processo de aprendizado, deveria envolver o conhecimento básico das neurociências como importante fator instrucional apto a identificação e possível (re)direcionamento pedagógico que propicie o desenvolvimento das habilidades do educando. Esse campo da ciência passou a receber maior atenção a partir da década de 1990, momento em que iniciou sua expansão e alcance em todas as esferas sociais, permeando, inclusive, a sala de aula, já proporcionando um olhar especial para a individualidade de cada aluno, seus talentos e aspirações. Dessa forma, os conhecimentos acerca desta área podem colaborar, significativamente, para o aperfeiçoamento da formação e vivência docentes, levando a reflexão, por exemplo, em como processos de aprendizado, memória e plasticidade neural impactam na sua práxis. Com isso, o objetivo deste trabalho foi discutir sobre a importância das neurociências na formação dos professores a partir da análise da oferta desses conteúdos em licenciaturas em ciências biológicas nas universidades federais do país. Foi encontrado, então, um pequeno número de disciplinas que tratam sobre esse assunto na formação de professores, o que demonstra uma lacuna importante na formação desses profissionais. Com o conhecimento acerca do funcionamento do sistema nervoso e suas particularidades o professor pode estar melhor preparado para desenvolver estilos e estratégias pedagógicas, dando um novo significado a sua prática, de acordo com as demandas de seus educandos, suas limitações e habilidades únicas. A partir disso, levando em consideração a defasagem da oferta de neurociências nessa formação e a democratização ao acesso à informação através da globalização, propomos estratégias, com a divulgação de materiais audiovisuais, que possam aproximar o educador dos conteúdos neurocientíficos voltados à prática docente e que podem contribuir com sua formação, inicial e continuada, além do seu aperfeiçoamento. A contribuição entre neurocientistas e profissionais da educação pode ser uma grande aliada para a renovação docente e desenvolvimento da educação nacional com o entendimento e valorização das individualidades de cada educando.