Um ambiente chamado escola: narrativas atravessadas por afetos e encontros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/15000 |
Resumo: | A presente pesquisa se desenovela por entre os encontros e afetos que ocorrem entre o pesquisador, os funcionários e os estudantes da Escola Básica Municipal Beatriz de Souza Brito, localizada em Florianópolis (SC). Tem-se como ponto de partida as brechas numa educação ambiental de viés pastoral, que busca formar consensos e prescrever comportamentos, observando-se nas suas lacunas que outras possibilidades de educações ambientais estão a germinar e proliferar. O cenário de pesquisa escolhido é uma escola com um potente histórico de reinvindicações quanto ao seu caráter público, inclusivo e plural. Ao assinalar uma porosidade de fronteiras entre os termos “ambiente” e “escola”, propõe-se a invenção da palavra “ambiente-escola”, um ambiente escolar que existe na sua diversidade de afetos, encontros e acontecimentos, multiplicando-se numa infinidade de subjetividades, sendo elas humanas ou não. Toma-se como impulso as seguintes questões de pesquisa: quais narrativas e poéticas, sejam estas orais, escritas ou visuais, estão a povoar este ambiente-escola? De que forma estes narrares se relacionam com os sujeitos que o habitam, com suas diferenças e multiplicidades? Como dar vazão às múltiplas potências advindas dos afetos e encontros que perpassam tal ambiente? O objetivo deste trabalho consiste, portanto, em articular encontros inventivos e afetivos entre a educação ambiental, a escola e o campo de estudo das diferenças. Os afetos e os encontros foram compreendidos como os principais disparadores de criação inventiva e cartográfica da pesquisa. Nesta construção, criaram-se narrativas acerca de tal ambiente- escola a partir de alguns dispositivos, dentre eles um diário de campo do próprio pesquisador, o qual dialoga com oficinas realizadas junto aos estudantes de uma turma do 9o ano do Ensino Fundamental e dez distintos funcionários da Escola Beatriz. Ademais, os conceitos de narrativas em abismo, performance, perambulações e narrativas mínimas movimentaram experimentações diversas com os “ambientes-escolas” que nasceram dos olhares desses distintos sujeitos. Tais formas desestabilizadoras do ato de narrar criaram ranhuras nas normas e convenções de uma educação ambiental prescritiva e fazem um convite de abertura a um ambiente-escola que vibra com as diferenças que o habitam, adentrando nas intricadas tramas de afetos e encontros que o estão a envolver |
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Ao assinalar uma porosidade de fronteiras entre os termos “ambiente” e “escola”, propõe-se a invenção da palavra “ambiente-escola”, um ambiente escolar que existe na sua diversidade de afetos, encontros e acontecimentos, multiplicando-se numa infinidade de subjetividades, sendo elas humanas ou não. Toma-se como impulso as seguintes questões de pesquisa: quais narrativas e poéticas, sejam estas orais, escritas ou visuais, estão a povoar este ambiente-escola? De que forma estes narrares se relacionam com os sujeitos que o habitam, com suas diferenças e multiplicidades? Como dar vazão às múltiplas potências advindas dos afetos e encontros que perpassam tal ambiente? O objetivo deste trabalho consiste, portanto, em articular encontros inventivos e afetivos entre a educação ambiental, a escola e o campo de estudo das diferenças. Os afetos e os encontros foram compreendidos como os principais disparadores de criação inventiva e cartográfica da pesquisa. Nesta construção, criaram-se narrativas acerca de tal ambiente- escola a partir de alguns dispositivos, dentre eles um diário de campo do próprio pesquisador, o qual dialoga com oficinas realizadas junto aos estudantes de uma turma do 9o ano do Ensino Fundamental e dez distintos funcionários da Escola Beatriz. Ademais, os conceitos de narrativas em abismo, performance, perambulações e narrativas mínimas movimentaram experimentações diversas com os “ambientes-escolas” que nasceram dos olhares desses distintos sujeitos. Tais formas desestabilizadoras do ato de narrar criaram ranhuras nas normas e convenções de uma educação ambiental prescritiva e fazem um convite de abertura a um ambiente-escola que vibra com as diferenças que o habitam, adentrando nas intricadas tramas de afetos e encontros que o estão a envolverCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe present research unveils among the encounters and affects that occur between the researcher, the employees and the students of the Beatriz de Souza Brito Municipal School, located in Florianópolis, Brazil. It is examined the gaps that exist in an environmental education with a pastoral bias, which seeks to form consensus and prescribe behaviors, and it is discussed other possibilities of environmental education that are able to germinate and proliferate in the breaches. The chosen research scenario is a school with a strong historic regarding its public, inclusive and plural characters. The school environment that is presented exists in its diversity of affections and encounters, multiplying in a plurality of subjectivities, whether they be human or not. The chosen research questions are: what narratives and poetics, whether oral, written or visual, exist in this school environment? In what way do these narratives relate to the subjects that inhabit it, with their differences and multiplicities? How to release the potentialities that come from the affections and encounters that permeate this environment? The objective of this work is, therefore, to articulate inventive and affective encounters between environmental education, the school and the field of study of differences. The affections and encounters were understood as the main triggers of inventive and cartographic creation of this research. Along this construction, narratives about such school environment were created with some devices, among them a field journal of the researcher himself, which dialogues with the workshops held with the students of a class of the 9th year of the elementary school and ten different employees of the Beatriz de Souza Brito Municipal School. In addition, the concepts of mise en abyme, performance, wanderings and minimal narratives moved different experimentations with the “school environments" that were born from the perspectives of these different subjects. Such destabilizing forms of narration create leaks in the norms and conventions of a prescriptive environmental education, and they invite openness to a school environment that vibrates with the differences that inhabit it, entering into the intricate nets of affections and encounters that involve it187 f.Sampaio, Shaula Maíra Vicentini deAndrade, Everardo Paiva deGuimarães, Leandro BelinasoBarchi, RodrigoMartins, Daniel Ganzarolli2020-09-28T18:47:29Z2020-09-28T18:47:29Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMARTINS, Daniel Ganzarolli. Um ambiente chamado escola: narrativas atravessadas por afetos e encontros. 2019. 187f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.https://app.uff.br/riuff/handle/1/15000http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-15T21:30:26Zoai:app.uff.br:1/15000Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:08:37.908658Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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