A crueldade no século XXI: uma investigação sobre a atualidade de Antonin Artaud, a teatralidade e a psicanálise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24578 |
Resumo: | O interesse nesta pesquisa surge a partir da experiência de uma atriz que se encontra com a psicanálise pela via da psicologia. Neste encontro alguns fios produzem um enlace que apontam para uma ampliação da experiência da escuta, especialmente por responder à premissa de Lacan de que deve declinar da psicanálise o analista que não estiver atento à subjetividade de sua época. Unindo aspectos da experiência nesses distintos campos, tem-se como pressupostos in-vestigar a atualidade do Teatro da Crueldade de Antonin Artaud, que revolucionou o teatro no século XX, o qual prezava um teatro pautado na cura cruel, e traze-lo como suporte para a escuta da subjetividade de nossa época. Analisando cenas do cotidiano, a questão que opera nesta investigação é a necessidade de pensar sobre os diversos modos que o sujeito encontra para se reinventar na própria existência e lidar com o sofrimento, questão concernente tanto ao campo da psicanálise, quanto do teatro. Com isso, caminhamos pelas bordas do teatro enquanto linguagem artística, mas seguindo além e em uma direção que também interessava a Artaud, que é a de fazer da vida a obra de arte e vice-versa. Assim, entendemos que o princípio base do teatro e da escuta psicanalítica seria a reinvenção de si, especialmente no que concerne ao corpo sem órgãos de Artaud. A partir desses pressupostos foi possível discutir como poderia o sujeito trazer sentido para sua existência, mesmo diante de profundas violências vividas no cotidiano e os modos que encontra para trazer um olhar para si, buscando um receptor para as mensagens que envia à cena do mundo. Neste paralelo entre a cena do mundo e a cena analítica, o conceito de teatralidade (Josette Féral) vem a compor com a experiência da escuta analítica em seu sentido mais ampliado. |
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A crueldade no século XXI: uma investigação sobre a atualidade de Antonin Artaud, a teatralidade e a psicanáliseCorpo sem órgãosClínica e subjetividadeExclusão socialMal-estar na culturaViolênciaPsicanálisePsicologia clínicaExclusão socialViolênciaBody without organsClinic and subjectivitySocial exclusionCulture malaiseViolenceO interesse nesta pesquisa surge a partir da experiência de uma atriz que se encontra com a psicanálise pela via da psicologia. Neste encontro alguns fios produzem um enlace que apontam para uma ampliação da experiência da escuta, especialmente por responder à premissa de Lacan de que deve declinar da psicanálise o analista que não estiver atento à subjetividade de sua época. Unindo aspectos da experiência nesses distintos campos, tem-se como pressupostos in-vestigar a atualidade do Teatro da Crueldade de Antonin Artaud, que revolucionou o teatro no século XX, o qual prezava um teatro pautado na cura cruel, e traze-lo como suporte para a escuta da subjetividade de nossa época. Analisando cenas do cotidiano, a questão que opera nesta investigação é a necessidade de pensar sobre os diversos modos que o sujeito encontra para se reinventar na própria existência e lidar com o sofrimento, questão concernente tanto ao campo da psicanálise, quanto do teatro. Com isso, caminhamos pelas bordas do teatro enquanto linguagem artística, mas seguindo além e em uma direção que também interessava a Artaud, que é a de fazer da vida a obra de arte e vice-versa. Assim, entendemos que o princípio base do teatro e da escuta psicanalítica seria a reinvenção de si, especialmente no que concerne ao corpo sem órgãos de Artaud. A partir desses pressupostos foi possível discutir como poderia o sujeito trazer sentido para sua existência, mesmo diante de profundas violências vividas no cotidiano e os modos que encontra para trazer um olhar para si, buscando um receptor para as mensagens que envia à cena do mundo. Neste paralelo entre a cena do mundo e a cena analítica, o conceito de teatralidade (Josette Féral) vem a compor com a experiência da escuta analítica em seu sentido mais ampliado.The interest in this research arises from the experience of an actress who meets psychoanalysis through psychology. In this situation, some threads produce a link that point to an expansion of the listening experience, especially because it responds to Lacan's premise that the analyst who is not aware of the subjectivity of his or her time must decline from psychoanalysis. Bringing some aspects of experience in these different fields, the presuppositions are to investigate the actuality of Antonin Artaud's Theater of Cruelty, which revolutionized theater in the 20th cen-tury, which valued theater based on cruel healing, and to bring it as a support for listening to the subjectivity of our time. Analyzing daily scenes, the issue that operates in this investigation is the need to think about the different ways that the subject finds to reinvent himself in his own existence and deal with suffering, an issue concerning both the field of psychoanalysis and the theater. With that, we walked along the edges of theater as an artistic language, but going further and in a direction that also interested Artaud, which is to turn life into a work of art and vice versa. Thus, it understands that the basic principle of theater and psychoanalytic listening would be the reinvention of the self, especially with regard to Artaud's body without organs. Based on these assumptions, it was possible to discuss how the subject could bring meaning to his or her existence, even in the face of profound violence experienced in daily life and the ways he or her finds to bring a look at himself, seeking a receiver for the messages that her or her sends to the world scene. In this parallel between the scene of the world and the analytical scene, the concept of theatricality (Josette Féral) comes to compose with the experience of analytical lis-tening in its broadest sense.156fNiteróiVidal, Paulo Eduardo VianaBahia, Cássia FontesKosovski, Giselle FalboRivera, Tania CristinaSantos, Kátia AlexsandraMachado, Leonardo Ramos MunkBaldin, Talita2022-02-17T15:59:48Z2022-02-17T15:59:48Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfBALDIN, Talita. A crueldade no século XXI: uma investigação sobre a atualidade de Antonin Artaud, a teatralidade e a psicanálise. 2022. 156 f. 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